A Marca de Deus e a da “Besta”: O debate continua.

Livres do Pecado pela Graça de Cristo, Misericórdia do Pai e obra do Espírito Santo

Olhem que árvores diferentes! Antigamente essas árvores tinham uso medicinal e por sua seiva ser vermelha também era usada como tintura. Por isso, essas árvores são conhecidas popularmente como “dragon’s blood trees” (árvore sangue de dragão). Seu aspecto exótico e escultural lembra um enorme guarda-chuva e pode alcançar até 5 metros de altura.

Não, elas não foram podadas! Elas nascem naturalmente assim. A sua espécie tem o nome de Dracaena cinnabari, podem viver até 300 anos e fazem parte da flora do arquipélago de Socotra. Próximo à Somália na África, o arquipélago reúne 825 espécie de plantas que não são encontradas em nenhum outro lugar. Socotra está localizada num pequeno arquipélago de 4 ilhas e ilhotas no Oceano Índico, que pertencem à República do Iêmen.

Na ilha se fala um idioma semítico próprio, o soqotri, que está relacionado com outros idiomas da península arábica como o Mahri e o Dhofari ou Jibali.
Você pode conhecer um pouco mais sobre essa ilha com plantas tão exóticas através desses vídeos:

A Bíblia usa muito a figura da árvore para referir-se a alguém pleno da graça, virtude e fortaleza. Enfim, para exemplificar alguém firme, sustentado e que, portanto, dá frutos e descanso. As árvores de Socotra talvez não incorporem todas essas virtudes, mas mesmo assim são árvores especiais, donas de uma rara beleza. E de uma característica que lhes dá um perfil muito especial, são únicas.

Aos olhos de Deus somos cada um de nós diferentes, especiais… únicos. Nossas diferenças não nos afastam do Seu cuidado e amor. Esse é um atributo especial do Grande Eu Sou. Ele é um Deus Pessoal.

Um dos versos da Bíblia que falam das árvores está registrado em Salmo 1:1-4. Gosto muito deste verso. Ele encerra a síntese perfeita da essência do cristianismo. Nele encontramos o elemento água (Espírito Santo), as duas opções que temos para exercer o nosso livre arbítrio (o bem e o mal), a vontade do Senhor (a Sua lei), o viver cristão (dia e noite), os frutos (resultantes do viver cristão), a vitória (suas folhas não murcham, pois sua respiração está atrelada a algo além do comum, ela está plantada “junto a corrente de águas”. É um verso que fala também do destino do homem que decide viver sem comunhão com o Criador.

“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa.”

Jesus falou a respeito dessas alternativas da vida em Mateus 7:14-20. 

Os homens se dividem em duas classes. O comportamento de qualquer homem deve, pois seguir uma de duas direções e aproximar-se de um dos dois padrões. A divergência do seu caráter e do seu destino é declarada em termos de uma edificação constante ou de uma ruína completa. O caminho do homem piedoso é um reconhecimento das diferenças progressivas entre ele e o ímpio: não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”. Isto é, não adota os seus princípios e não toma o propósito de escolhê-los como seus associados. Concentram-se na Lei como a vontade de Deus revelada. A sua qualidade da vida vem do elemento oculto, mesmo quando o vento quente resseca tudo.

“Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto.” (Jeremias 17: 7-8)

Segundo Leslie M’Caw “a vida que não tem raiz, e que não tem absorvido energia dos recursos de Deus, não é mais do que moinha, tão leve e sem valor que o vento do Espírito Santo rapidamente espalha e dispersa.” (Leslie S. M’Caw, M.A., Reitor do All Nations Bible College, Taplow, Maidenhead. Salmos.)

Neste instante, veio à minha mente Romanos 6:4: “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.”

Este verso é de uma riqueza complementar excepcional às reflexões que podemos fazer do Salmo 1. Uma planta para crescer, se firmar e produzir frutos tem que germinar primeiro. Mas, para germinar a semente tem que morrer! Precisamos estar conscientes da necessidade que temos desse elemento oculto que nutre a raiz e produz fruto. Esse elemento que nos convence da necessidade de fincarmos raízes profundas a fim de que sejamos fortes. Este elemento que nos atrai porque é a fonte da vida. É a seiva a nos nutrir, mesmo quando tudo é sequidão.

Não foi por acaso que Jesus disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.” (João 14: 15-18)

Note que Jesus ressalta que a obediência dos Seus discípulos é a prova de seu amor por Ele. Este“Consolador”, do grego parakletos e que significa “advogado”, traz o significado literal de “aquele que é chamado ao lado de outrem”, ou “aquele chamado para ajudar perante o tribunal”. O “Consolador”viria, então, para convencer, dar testemunho e ensinar. Ele viria tanto para oferecer-nos o Seu conforto como para revelar a pessoa e obra de Jesus Cristo. Estes versículos nos oferecem a confirmação da distinta personalidade do Espírito Santo: Ele é o novo consolador.

“Jesus trata Seu Pai como igual e solicita um dom para Seus seguidores. No grego, a palavra traduzida aqui como “outro” é allos. Significa “outro do mesmo tipo”, ao contrário de heteros, que significa “outro de outro tipo”. Jesus tinha a intenção de enviar alguém para os discípulos, e para as gerações sucessivas de Seus seguidores, que fosse semelhante a Ele mesmo, isto é – divino. Anteriormente, Jesus Se relacionara com o Pai. Agora, Ele Se relacionou com o Espírito. Em conclusão, as três Pessoas da Divindade são todas semelhantes.”1

Deus, o Espírito Santo desde a eternidade desempenhou uma parte ativa com o Pai e o Filho na Criação, Encarnação e Redenção, como o Seu terceiro membro. Os três são co-existentes e a intenção divina para nós é que sejamos lugares de habitação para o Espírito Santo: “Não sabeis vós que sóis o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Coríntios 3:16)

Durante Seu ministério os discípulos de Jesus não viam a necessidade do Espírito, afinal Jesus estava perto deles. Mas, Jesus não estaria perto para sempre, pelo menos em carne. O plano de salvação pedia que Ele partisse, a fim de ministrar os méritos de Sua expiação no Santuário do alto, antes de voltar e buscar os que comprou com Seu sangue. Por isso, Jesus prometeu enviar o Espírito. Ele seria o guia e consolador. O companheiro constante dos discípulos. Ele os sustentou e confortou em suas perdas, além de compensar a partida do seu Amigo, visto que eles ainda não podiam acompanhá-Lo para onde Ele foi.

Essa promessa do Espírito não foi só para eles, mas para nós também. A partida de Cristo foi necessária, pois “andando entre nós, Jesus estava limitado geograficamente a um lugar específico de cada vez. Enquanto estava com os três discípulos no alto, não podia estar com o outros no sopé da montanha. Ele estava limitado em espaço, como nós. Mas o Espírito Santo não seria limitado nem pela humanidade nem pelo espaço. Sendo onipresente, o Espírito não está limitado com o corpo humano. Ele está acessível igualmente a todos, em todos os lugares. Pela presença do Espírito Santo, Jesus está conosco, até o fim do mundo. […] Até aquele tempo, Jesus tinha estado com os discípulos e tinha sido seu ajudador em toda emergência. Mas agora, outra pessoa viria para tomar Seu lugar.”1

Ninguém continua o mesmo quando O recebe em seu coração:

Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto.” Frutos estes resultantes de Sua ação em nós ao nos ensinar e convencer de nossas necessidades e fraquezas.  (Tito 3:5-6; João 16:13)

O Espírito Santo nos transforma a imagem de Deus, e prossegue Sua obra através do novo nascimento que não é um processo de reencarnação ou de intervenções após a morte física, mas de mudança de caráter e de atitudes. 

“Realmente não poderíamos ser cristãos sem Ele e Sua obra em nossa vida. […] Quando aceitamos Jesus Cristo como nosso Salvador, e clamamos por Sua justiça em lugar dos nossos trapos de imundícia; ou quando, pela graça de Deus, decidimos abandonar o pecado e viver em obediência à lei de Deus – estamos respondendo ao Espírito Santo, e nada mais. A Bíblia menciona o Espírito Santo mais de trezentas vezes: mais de cem vezes no Antigo testamento e mais de duzentas vezes no Novo testamento. (…) Alguns questionam Sua personalidade ou divindade. Outros enfatizam a obra do Espírito Santo e Seus dons (ou o que afirmam serem seus dons), enquanto prestam pouca atenção à obediência e à santificação, que são o fruto inegável da obra do Espírito em nossa vida. Não cremos só na morte de Cristo pelos nossos pecados, mas também em Sua contínua intercessão por nós no santuário celestial. E é só o Espírito Santo quem pode aplicar os resultados dessa intercessão à nossa vida enquanto aguardamos a volta de Jesus Cristo em glória.

O Espírito Santo não é apenas uma força impessoal que emana de Deus. […] Ele é Deus, uma das três Pessoas que compõem a Divindade da fé cristã. […] a Bíblia é clara em afirmar que o Espírito Santo é divino; isto é, o Espírito Santo, assim como o Pai e o Filho, é um dos personagens da Divindade. Entre os atributos do Espírito Santo estão verdade, vida e onipotência – todos atributos associados à Divindade. Jesus, em Mateus 12:31-32, diz que a blasfêmia pronunciada contra o Ele pode ser perdoada, mas não a blasfêmia contra o Espírito Santo, um conceito que não faria muito sentido se o Espírito Santo fosse alguma coisa menor que Deus. Mateus 1:20, que faz referência à concepção de Jesus no ventre de Maria por obra do Espírito Santo, também é um texto difícil de ser entendido se o Espírito Santo não fosse verdadeiramente Deus.”1

“Então perguntou Pedro: Ananias, como você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, ao ponto de você mentir ao Espírito Santo e guardar para si uma parte do dinheiro que recebeu pela propriedade? Ela não lhe pertencia? E, depois de vendida, o dinheiro não estava em seu poder? O que o levou a pensar em fazer tal coisa? Você não mentiu aos homens, mas sim a Deus.” (Atos 5:3-4)

A Bíblia apresenta o Espírito Santo como personalidade distinta, que tem:1

Inteligência

“mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (João 14:26)

Vontade: 

“defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu.” (Atos 16:7)

Emoções:

“E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.” (Efésios 4:30)

No texto VII um leitor que se identificou apenas como Anônimo disse: “A quebra do sábado não é aceitar a marca da besta senão DEUS estaria contra sua própria palavra, Colossenses 2:15-16. Esse sábado é semanal!!!!!!!!” Vcs adventistas conhecem a letra, todavia falta-lhes o ESPÍRITO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”

Provavelmente esta pessoa não conhece a complexidade do que crêem os adventistas. Certamente que a quebra do sábado não é aceitar a marca da besta, pois os Mandamentos não são 1, assim como não são 10-1 ! A marca da Besta será a negação de Deus como o único merecedor de nossa adoração, o único digno de toda a honra e glória. Negamos este princípio quando deixamos de lado a vontade de Deus e aplicamos a dos homens ou a nossa própria como principio no viver. A quebra do sábado é, pois, uma ação consequente a algo mais grave. É a execução de algo que se passa já no interior do pensamento. Por isso, Jesus disse que é o que sai do interior que contamina o homem.

Loron Wade é um grande teólogo adventista e são dele essas palavras: “Seria possível guardar os três primeiros mandamentos em nosso íntimo, observá-los de alguma forma que não fosse imediatamente visível a outras pessoas. Poderíamos decidir de coração honrar a Deus e torná-Lo o primeiro. É bem possível que ninguém notasse que não nos inclinamos diante de imagens. Mas isso não seria verdade com respeito à observância do sábado. Por ser óbvia, ela é um anúncio público. Essa pode ser a razão pela qual a Escritura diz que o sábado é um “sinal” do concerto entre Deus e Seu povo (Ezequiel 20:12 e 16-20).”

“Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o SENHOR que os santifica. […]

“Porque rejeitaram os meus juízos, e não andaram nos meus estatutos, e profanaram os meus sábados, pois o seu coração andava após os seus ídolos. Não obstante, os meus olhos lhes perdoaram, e eu não os destruí, nem os consumi de todo no deserto. Mas disse eu a seus filhos no deserto: Não andeis nos estatutos de vossos pais, nem guardeis os seus juízos, nem vos contamineis com os seus ídolos. Eu sou o SENHOR, vosso Deus; andai nos meus estatutos, e guardai os meus juízos, e praticai-os; santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o SENHOR, vosso Deus. Mas também os filhos se rebelaram contra mim e não andaram nos meus estatutos, nem guardaram os meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles; antes, profanaram os meus sábados.”

E Loron Wade continua: “O sábado é uma parábola da vida, porque ensina que chegaremos ao fim dos nossos dias e daremos nosso último suspiro ainda pensando em coisas que gostaríamos de fazer – se tivéssemos tempo. Ele nos ensina a fazer o que podemos no tempo disponível, e depois descansar.Com o sábado, aprendemos a medir nossas realizações não pela norma de nossa própria perfeição, mas pelo padrão do amor de Deus. Aquele que nos criou sabe que nossa ambição egoísta (ou mesmo nosso desejo sincero de fazer o melhor) pode levar-nos à intemperança e ao excesso. Consequentemente, Ele nos deu o quarto preceito do Decálogo como um mandamento de misericórdia. “Seis dias trabalharás”, diz Ele, “mas no sétimo dia não farás nenhum trabalho”.”

Não se trata, portanto, de conhecer a letra, mas de reconhecer a essência ou o “espírito” da vontade divina. Não se trata de ser legalista ou de viver sob a lei, mas de ter sido liberto da escravidão do pecado (egoísmo, arrogância, e rebeldia) e se tornado servo da obediência e amor. Se isto é um paradoxo, nós os adventistas vivemos este paradoxo do cristianismo: livres do pecado da rebeldia e escravos do amor.

“A Bíblia é perfeitamente clara sobre o tipo de vida que os seguidores do Senhor devem ter. Mas também é clara, afirmando que podemos ser o que Deus deseja que sejamos unicamente mediante um poder de cima, operando em nosso coração. Por nós mesmos, simplesmente estamos muito longe de nos reformar à vista de Deus. Só o poder depurador, regenerador e santificador do Espírito é que pode nos habilitar a refletir a pureza e o caráter de Jesus. Este é o alvo de todo o que professa seguir a Cristo.”1

Fé e obras são necessárias no processo de adoração. Por isso, os 10 Mandamentos estarão sempre em nossas mensagens como um povo que aguarda o retorno do seu Senhor.

É interessante, os judeus acusavam Paulo de completo desrespeito para com a Lei ao Paulo lhes ensinar sobre a Graça (heresia do antinomianismo). A esta acusação Paulo rebateu dizendo que embora seja verdade que o crente não esteja sob a Lei, mas sob a graça, isto não significa que ele esteja sem lei. Ao contrário, por ter sido agraciado por Deus, deve-Lhe lealdade.

Paulo usou a ilustração da lei da escravatura vigente em seus dias. “Um escravo podia comprar a sua liberdade, pagando seu preço no templo, isto é, dava o dinheiro do seu resgate a algum deus ou deusa, e por essa forma reivindicava sua liberdade; mas o dinheiro ia de fato parar, por via do templo, às mãos do senhor. Assim a divindade resgatava o escravo do poder de seu senhor, e ele ia embora liberto, se bem que ainda escravo do deus. De semelhante modo, o crente é livre no sentido de se haver tornado escravo de Deus. Não é um irresponsável sem senhor, porque Jesus é o Senhor de toda a vida. O apóstolo reconhece a insuficiência da analogia, lembrando, porém aos leitores que ele fala como homem e, devido à fraqueza de vossa carne, isto é, a imaturidade deles.” (G. T. Thomson M.A., D.D., Professor Emérito do Dogmática Cristã na University of Edinburgh. e Francis Davidson M.A., D.D., ex-Professor do Antigo Testamento e da Linguagem e Literatura no Novo Testamento, United Original Secession Church of Scotland e reitor deo Bible Training Institute, Glasgow, Romanos)

“Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne? Terá sido em vão que tantas coisas sofrestes? Se, na verdade, foram em vão. Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé? É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão. Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos. De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão. Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las. E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.Irmãos, falo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa.” (Gálatas 3:1-15)

E Paulo diz ainda em Romanos 6: 16-23 : “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum! Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação. Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte. Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna; porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

E em Romanos 6:4 diz ainda: “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.”

Paulo ilustra o ritual do batismo por imersão como os três movimentos simbólicos:

1- Morrer = para dentro da água

2- Sepultamento = para debaixo d’água

3- Ressurreição = para fora d’água

Precisamos morrer para o pecado. Jesus com Sua morte conquistou essa vitória em sua forma perfeita. Em Sua morte encontramos vida. Aquilo que nos é impossível foi NEle conquistado. Sua ressurreição nos revela a necessidade do nascer de novo. Pois isso, o apóstolo Paulo disse: “transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeitavontade de Deus.” (Romanos 12:2)

É nisto o que crêem os adventistas, leitor Anônimo. Cremos que somente assim experimentamos a verdadeira moralidade. Aquela que só um coração renovado pela graça de Deus pode proporcionar. A Lei de Deus é a representação de Sua vontade. Nela encontramos a direção a seguir, o que decidir para o bem ou para o mal. Este é o seu papel: mostrar-nos que princípios seguir e quais não seguir. Cremos que a Lei não opera mudanças em nós. Mas, o Espírito sim. Se quisermos a obediência agradável a Deus, devemos primeiro buscar Sua presença, a presença do Espírito Santo. Assim, nutrindo-nos do Senhor produziremos o bom fruto. O agradável culto racional ao Eterno Deus e Senhor.

Como disse sabiamente Loron Wade: “Experimentar a vontade de Deus significa mais do que conseguir dar a resposta certa para questões morais. Envolve mais do que simplesmente possuir informações. […] A adoração, assim como o amor, é uma atitude do coração. È uma disposição e uma decisão de tornar Deus o primeiro, de colocá-LO no trono da vida e de dar-LHE o lugar como soberano, fazendo Dele o rei da nossa vida. […] Fazer Deus o primeiro significa deixar de lado idéias, interesses e pensamentos que entrem em competição com Ele ou diminuam Sua soberania sobre nossa vida. Esse conceito é a base, o princípio fundamental da verdadeira moralidade e do viver espiritual. É um princípio abrangente que nos permitirá avaliar as infindáveis decisões e alternativas que enfrentamos no dia-a-dia.

Em cada caso, perguntaremos: Como este vídeo, este jogo, esta amizade, este emprego ou esta propriedade vai afetar meu relacionamento com Deus? Quando realmente começarmos a viver dessa maneira, a ordem e a moralidade tomarão conta de nossa vida, a paz, substituirá a angústia, e a esperança afastará a depressão e o desespero. Somente então começaremos a compreender a obediência profundamente espiritual que Jesus descreveu no Sermão do Monte. Muitas pessoas que instintivamente crêem na existência de Deus não chegam ao ponto de torná-LO o primeiro em sua vida. Mas este é o único lugar que Ele pode ocupar se de fato for Deus. […] Se não dermos a Deus o Seu lugar, se não tivermos feito Dele o Senhor de nossa vida, todos os outros mandamentos serão apenas regras morais que não têm o poder maior do que milhares de outras boas idéias.”

O resultado da justificação é a vida de santificação. E a vida de santificação é o constante morrer do eu e o constante conviver com o Espírito. O Espírito Santo é uma Pessoa Divina e precisamos dEle para ser reavivados espiritualmente e reformados em nosso estilo de vida. Por isso, Jesus ao partir prometeu enviar o Consolador. Não existe alternativa, a santificação só é rea l mediante a união com Cristo operada pela fé. (Deuteronômio 10:12-13; Filipenses 1:27; Colossenses 1:10)

O esforço moral é necessário na justiça progressiva do crente. Daí a importância da Lei. Não podemos apresentar um culto agradável a Deus enquanto temos em nós pecados habituais. Entretanto, Nele podemos alcançar a santificação, apesar de uma vida não continuamente isenta de pecado. Nisto consiste a justiça progressiva de Deus.

Romanos 6: 12-15 “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade  mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!”

“Tanto no Antigo como no Novo Testamento, o Espírito é mencionado freqüentemente pelo uso de uma variedade de símbolos. Unicamente pelo conhecimento dos símbolos, emblemas ou ilustrações utilizados para o Espírito podem Sua obra e ministério na vida do crente ser entendidos adequadamente. Em nós como Luz para iluminar; em nós como Amigo para aconselhar; em nós como Água para refrescar; em nós como Consolador para alegrar; em nós como Mestre para ensinar; em nós como Guia para dirigir; em nós como Óleo para nos fazer brilhar; em nós como Fogo para purificar; em nós como Pomba para simpatizar; em nós como Selo para certificar; em nós como Testemunha para confirmar; em nós como Força para manter; em nós como Poderpara orar; em nós como Fonte de produção de frutos; em nós como Seiva para nos fazer crescer; em nós como memorizador para nos lembrar que todas as preciosas promessas de Deus são o sim e o amém em Cristo; e em nós como a intensa afirmação da glória por vir.” – Emblems of the Holy Spirit (Grand Rapids, Mich.: Kregel Publications, 1971), pág. 246.

“E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do Céu como pomba e pousar sobre Ele”. (João 1:32)

“No último dia, o grande dia da festa, levantou-Se Jesus e exclamou: se alguém tem sede, venha a Mim e beba. Quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto Ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nEle cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.” (João 7:37-39)

“Aqui, Jesus compara o Espírito à água. A água é essencial à vida. Não pode haver vida sem água. Então, não pode haver vida espiritual sem a presença do Espírito. Da mesma forma, a água não é algo que podemos fazer por nós mesmos. Para isso, somos totalmente dependentes de Deus. O mesmo se dá com o Espírito. Note, também, a idéia da água que flui do coração daqueles que crêem em Jesus. Aqui o Senhor revela uma verdade fundamental sobre os que nEle crêem: aquilo que eles receberam pela vontade do Espírito, por sua vez, flui deles para os outros.”1

É unicamente pela unção e pelo poder renovador do Espírito Santo no coração que podemos desenvolver a atitude correta para com a divina luz e a verdade. É unicamente pelo Espírito, e não pelo poder humano, que podemos ser canais de misericórdia e graça a um mundo pecaminoso e moribundo. Os cristãos devem se tornar canais pelos quais a instrumentalidade divina comunica ao mundo a torrente do amor de Deus.

“Outro exemplo usado para descrever a obra do Espírito Santo foi apresentado pelo próprio Jesus, quando comparou com o vento a obra do Espírito. O vento não é visível; não sabemos de onde vem nem para onde vai. Mas, mesmo sendo invisível, seus efeitos são claramente vistos. Jesus comparou o Espírito ao vento. Ele não pode ser visto, mas os Seus efeitos nas vidas humanas transformadas são claramente evidentes. Mas o próprio Espírito é um mistério. Das três pessoas da Divindade, Ele é menos conhecido da humanidade. Jesus veio revelar o Pai, ou torná-Lo conhecido, e a humanidade viu Jesus em forma humana. Mas ninguém viu o Espírito, e ninguém O revelou a nós.”1 

(Leia: João 3:8) Não é, portanto, uma fé dissociada da obra que nos selará como filhos de Deus. “[Ele] também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração” (II Coríntios 1:22)

“A certeza de que Paulo fala aqui, selada pelo Espírito Santo, vem-nos por causa do que Jesus fez por nós na cruz. É unicamente por causa da cruz que nos foi dado o Espírito Santo, o selo da nossa redenção. O dom do Espírito concedido ao crente é a garantia por parte de Deus de que Ele finalmente trará o pleno dom da salvação, tirando o crente deste mundo de pecado e dando-lhe herança em Seu reino eterno. Mesmo nos negócios humanos, a entrada, ou sinal, é a certeza do comprador de que determinada transação se cumprirá. O Espírito é o sinal de Deus a respeito da salvação prometida, que foi completamente paga na cruz. Mas estes textos não ensinam “uma vez salvo, salvo para sempre”. Podemos resistir ao Espírito; podemos cair da graça. A soberania de Deus não interfere no livre-arbítrio humano. Quando decidimos segui-Lo, vivendo pela fé – reivindicando Seu poder para vencer quando tentados, reivindicando Seu perdão quando caímos – podemos estar certos de que Ele fará tudo o que nos prometeu. Que garantia maior precisamos?”1

Sugerimos a leitura do texto: O que é Mundano?
Referências
1-Arnold V. Wallenkampf, Ph.D., diretor associado do instituto de pesquisas Bíblicas da IASD, O Espírito Santo, lição da Escola Sabatina , 2º trimestre, abril-junho 2006, p. 2
Imagens:
Christian Besnier (França)


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Uma resposta para A Marca de Deus e a da “Besta”: O debate continua.

  1. Um leitor por e-mail comentou:

    "Muito linda a mensagem, muito bem detalhada.

    Eu penso assim na questão do batismo do Espírito Santo: no capitulo 12 mostra todo o conflito que se originou no céu, este conflito vem pra terra e envolve todos que aqui nascem, e no verso 18 o dragão para na areia do mar, como se estivesse esperando algo.

    Porem no capitulo 14 vc ja ve os salvos, os remidos com Cristo Jesus, salvos, puros, porem para chegar ao capitulo 14, ou seja pra vc estar no céu com o s salvos vc tem que passar pelo capitulo 13 ( que é onde o bicho pega)

    E na sequencia aparece o capitulo 13 com a besta que sobe do mar e depois a que sobe da terra, e se vc pegar este capitulo é o coração do conflito que envolveu todos os seres humanos pq aqui satanas esta usando seus agentes e tudo o que esta a sua disposição para forçar a adoração, e serão muitos que irão aceitar suas idéias. Era isso que ele esperava, algo que iria capturar muitos dos filhos de Deus fazendo com que eles caminhassem para a perdição.

    Então se vc quiser estar no céu vc tem antes que batalhar, lutar, pq estas forças não irão sossegar até que vc esteja perdido, e pra isso ele vai usar de tudo que tiver a sua mão, pq tudo tem a ver com o carater, personalidade, e aqui entra a marca da besta, que é o carater de Deus ou de satanas sendo reproduzida na vida das pessoas pelo que assitem, ouvem, falam, pensam, leem.

    Não é facil vc deixar um programa que te chama a atenção pra orar, não é facil vc dizer não a amigos pra ir louvar a Deus, não é facil deixar a novela pra ir ao culto adorar, e muitas outras coisas mais, por isso é uma guerra, uma batalha, e o lado que vai vencer é o lado que mais falar a nossa mente e passarmos a viver de acordo com o que nos falam.

    Então, satanas esta na espera pra ver o que seus agentes estão fazendo, e a postos pra enganar os filhos de Deus, so que os menos informados, os desprepardos irão ser enganados mesmo, veja em apocalipse 20:8 que mais uma vez cita a areia do mar, agora como mostrando que os perdidos são em um numero incontavel.

    E quantos que estarão com ele que nem sequer deram atenção a batalha co capitulo 13, foram omissos, quiseram deixar seu orgulho falar mais alto, não aceitaram a correção do Senhor, não se envolveram na salvação de almas, pq quem não trabalha dá trabalho.

    Pra mim o batismo do Espírito é nos policiarmos e guardarmos as avenidas da alma dia a dia, e a marca da besta é claramente não fazermos nada, não tomarmos nenhuma decisão, ou seja, ficarmos como estamos, vivermos como sempre vivemos, levarmos as coisas de Deus como algo normal, não procurarmos a reforma e o reavivamento pra nossa vida, mesmo que os amigos digam que não é bem assim e que muitos nos virem as costas.

    Mesmo que todos nos virem as costas ainda assim estaremos em vantagem, pq o nosso Deus é por nós.

    Abraços"

    (CH)

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