Esta história encontra-se em Gênesis 28 a 31; 32 -33
A palavra “alvorada” é mencionada na Bíblia pela segunda vez no relato da história de Jacó. Neste relato nos é dito que Jacó entrou em luta com um mensageiro do Eterno como podemos ler em Gênesis 32:24-31.
Quando o mensageiro viu que o dia despontava e que não poderia dominá-lo, tocou na articulação da coxa de Jacó, de forma que lhe deslocou a coxa, enquanto lutavam. Disse o mensageiro: “Seu nome não será mais Jacó [Yaakov יַעֲקֹב, mas sim Israel [יִשְׂרָאֵל ], porque você lutou com Deus e com homens e venceu”.
A Bíblia apresenta essa cultura de mudança de nome em consequência de uma experiência pessoal. A mudança do nome de Abraão, por exemplo, tem um detalhe muito interessante. O que mudou? Houve a inclusão do הָ. O ה significa vida. Abraham passou a ser gerador de vida. Deus o abençoou e ele teve uma grande descendência.
Antes Abram אַבְרָם depois Abraham אַבְרָהָם.
No ato de mudança do nome de Jacó veio a certeza para ele do perdão divino. O amanhã que surgia dava nascimento também a um novo homem. Ao nascer do sol não era mais Jacó, o enganador, que estava ali. Ele não foi privado das dores da experiência que gerou seu crescimento espiritual e como ser. Sua desonestidade para com seu pai lhe trouxe muitas dores. Nunca mais viu sua mãe e durante muitos anos foi privado da companhia do pai e do irmão. Em terras estrangeiras sofreu a experiência de ser enganado, assim como também temia constantemente por sua vida. Agora ele estava mancando por causa da coxa, caminhando com dificuldades, é certo, mas trazia na mente a certeza e o sentimento de um coração leve, perdoado. A batalha de uma noite de angústia findara. Ali, agora se encontrava Israel, o vencedor.
“Por isso, até o dia de hoje, os judeus não comem o músculo ligado à articulação do quadril, porque nesse músculo Yaakov foi ferido.” (fonte: https://www.facebook.com/HebraicoBiblico)
Apesar de gêmeos Jacó e Esaú apresentavam um grande contraste, tanto na personalidade como no estilo de vida adotado. O anjo de Deus antes de seus nascimentos declarou que seria dada a cada um a liderança de poderosas nações. Esaú amava a satisfação própria. Deleitava-se na liberdade selvagem da caça e cedo escolhera a vida de caçador. Era o favorito do pai Isaque.
Jacó gostava de cuidar dos rebanhos e do cultivo do solo. Para sua mãe Rebeca, Jacó era o filho mais querido. Ele soubera por sua mãe da indicação divina de que a primogenitura lhe recairia, e encheu-se de um indescritível desejo de obter os privilégios que a mesma conferia.
A primogenitura pertencia a Esaú, pois era o mais velho. Era a herança das riquezas terrestres e espirituais. Aquele que a recebia tinha muitas obrigações, inclusive de sustento em caso de necessidade, dos irmãos mais novos. Ele devia ser o sacerdote da família e na linhagem de sua posteridade viria o Redentor do mundo. Aquele que herdasse suas bênçãos deveria dedicar a vida ao serviço de Deus.
A Bíblia conta que um dia quando Esaú voltava da caça, cansado pediu o alimento que Jacó estava preparando. Jacó aproveitou-se da situação, e ofereceu-se para matar a fome de seu irmão pelo preço de sua primogenitura.
“Eis que estou a ponto de morrer e para que me servirá logo a primogenitura?” (Gênesis 25:32) disse Esaú. Por um prato de guisado, numa atitude de total desdém, Esaú desfez-se de sua primogenitura, confirmando a transação por meio de um juramento. Em seu gesto permutara as bênçãos de Deus que lhe estavam reservadas por um prato de comida. Esaú também tomou duas mulheres das filhas de Hete. Eram adoradoras de ídolos e sua idolatria trazia muita dor para seus pais. Esaú tinha violado uma das condições do concerto, que proibia o casamento misto entre o povo escolhido e os gentios. “Assim desprezou Esaú a sua primogenitura.” (Gênesis 25:34).
Quando Isaque estava velho e já cego resolveu então proferir a benção da primogenitura. Deu, então, a ordem a Esaú: “Sai ao campo, e apanha para mim alguma caça, e faze-me um guisado saboroso, […] para que minha alma te abençoe, antes que morra.” (Gênesis 27:3 e 4). Aproveitando a ausência de Esaú, Rebeca e Jacó realizam a solene cerimônia. O velho pai confere então a Jacó as bênçãos pensando estar fazendo a Esaú. Jacó conseguiu enganar seu velho pai fazendo-se passar pelo irmão com a ajuda da mãe, mas isto trouxe para suas vidas grandes tristezas. Rebeca arrependera-se amargamente do mau conselho que dera a seu filho, pois para fugir da ira do irmão Jacó teve que partir e nunca mais sua mãe lhe viu o rosto. Desde a hora em que recebeu a primogenitura, Jacó sentiu sobre si o peso da condenação própria. Tinha pecado contra o pai, o irmão e contra Deus.
Ellen White em seu livro Patriarcas e Profetas, páginas 183-203 escreve: “[…] Jacó saiu da casa de seu pai como fugitivo; mas levava consigo a bênção paterna; Isaque lhe havia renovado a promessa do concerto, e mandara-lhe como herdeiro da mesma, procurar uma esposa na família de sua mãe, na Mesopotâmia. Foi, todavia, com coração profundamente perturbado que Jacó partiu em sua viagem solitária. Apenas com um bastão na mão, teve de viajar centenas de quilômetros através de território habitado por tribos selvagens e errantes. Em seu remorso e timidez, procurou evitar os homens, com receio de que a pista lhe fosse descoberta pelo irado irmão. Temia que houvesse perdido para sempre a bênção que fora o propósito de Deus proporcionar-lhe; e Satanás estava a postos a fim de oprimi-lo com tentações.
[…] Sentia-se como um rejeitado; e sabia que toda esta inquietação fora trazida sobre ele pelo seu próprio procedimento errado. As trevas do desespero oprimiam-lhe a alma, e atrevia-se dificilmente a orar. Mas achava-se tão completamente só que sentiu necessidade da proteção de Deus, como nunca antes a sentira. Com pranto e profunda humilhação confessou seu pecado, e rogou uma prova de que ele não estava inteiramente abandonado. O coração sobrecarregado não encontrou ainda alívio. Havia perdido toda a confiança em si, e receava que o Deus de seus pais o houvesse rejeitado.
Mas Deus não abandonou Jacó. […] Cansado da jornada, o viajante deitou-se no chão, tendo uma pedra como travesseiro. Dormindo, viu uma escada, brilhante e resplendente, cuja base repousava na terra, enquanto o cimo alcançava o Céu. Por esta escada, anjos estavam a subir e a descer; por sobre ela estava o Senhor da glória, e dos Céus foi ouvida a Sua voz: “Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque. Em ti e na tua semente serão benditas todas as famílias da Terra. Eis que Eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque te não deixarei, até que te haja feito o que te tenho dito.” (Gênesis 28:13-15).
[…] A escada mística que lhe fora revelada no sonho era a mesma a que Cristo Se referiu em Sua conversa com Natanael. Disse Ele: “Vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do homem.” (João 1:51).
[…] A escada representa Jesus, o meio designado para a comunicação. Não houvesse Ele com Seus próprios méritos estabelecido uma passagem através do abismo que o pecado efetuou, e os anjos ministradores não podiam ter comunhão com o homem decaído. Cristo liga o homem em sua fraqueza e desamparo, à fonte do poder infinito. […] Com uma fé nova e permanente nas promessas divinas e certo da presença e guarda dos anjos celestiais, Jacó prosseguiu em sua jornada para “a terra dos filhos do Oriente”. (Gênesis 29:1). […] Jacó era um viajante solitário, […].
Durante vinte anos Jacó permaneceu na Mesopotâmia, […] Se bem que Jacó houvesse saído de Padã-Arã em obediência à instrução divina, não foi sem muitos pressentimentos que repassou a estrada que havia palmilhado como fugitivo vinte anos antes. Seu pecado por ter enganado seu pai estava sempre diante dele. Sabia que seu longo exílio era o resultado direto daquele pecado, e ponderava nestas coisas dia e noite, tornando muito triste a sua jornada as exprobrações de uma consciência acusadora. Ao aparecerem as colinas de sua terra natal diante dele, à distância, o coração do patriarca moveu-se profundamente. Todo o passado surgiu vividamente diante dele. Com a lembrança de seu pecado veio também o pensamento do favor de Deus para com ele, e as promessas de auxílio e guia divinos.
Aproximando-se mais do fim de sua viagem, a lembrança de Esaú trouxe muitos sinais perturbadores. Depois da fuga de Jacó, Esaú considerou-se como único herdeiro das posses de seu pai. A notícia da volta de Jacó despertaria o temor de que ele viesse para reclamar a herança. Esaú era agora capaz de fazer grande mal a seu irmão, se estivesse disposto a tal, e poderia ser levado à violência contra ele, não somente pelo desejo de vingança, mas a fim de, tranquilamente, obter a posse da riqueza que durante tanto tempo havia considerado como sua.
De novo o Senhor concedeu a Jacó um sinal do cuidado divino. Enquanto ele viajava do Monte Gileade, em direção ao sul, dois exércitos de anjos celestiais pareciam cercá-lo, atrás e adiante, avançando com o seu grupo, como que para protegê-los. Jacó lembrou-se da visão em Betel tanto tempo antes, e o coração sobrecarregado se lhe tornou mais leve com esta prova de que os mensageiros divinos que lhe haviam trazido esperança e coragem em sua fuga de Canaã deveriam ser os guardas de sua volta. E ele disse: “Este é o exército de Deus. E chamou o nome daquele lugar Maanaim” – “dois exércitos ou bandos.” (Gênesis 32:2).”
Jacó enviou, então, “mensageiros com uma saudação conciliatória a seu irmão. Instruiu-os nas próprias palavras pelas quais deveriam dirigir-se a Esaú. Tinha sido predito antes do nascimento dos irmãos que o mais velho serviria ao mais moço; e, para que a lembrança disto não fosse causa de amargura, Jacó disse aos servos que eles eram enviados a “meu senhor Esaú”; quando se encontrassem diante dele, deveriam referir-se a seu senhor como “Jacó, teu servo”; e para afastar o receio de que estivesse a voltar como um errante destituído de bens, a fim de exigir a herança paternal, Jacó teve o cuidado de declarar em sua mensagem: “Tenho bois e jumentos, ovelhas, e servos, e servas; e enviei para o anunciar a meu senhor, para que ache graça em teus olhos.” (Gênesis 32:5).
Mas os servos voltaram com as novas de que Esaú se aproximava com quatrocentos homens, e resposta alguma se enviava à amigável mensagem. Parecia certo que ele vinha para tirar desforra. O terror invadiu o acampamento. “Jacó temeu muito, e angustiou-se.” (Gênesis 32:7). Não podia voltar, e receava avançar. Seu grupo, desarmado e indefeso, estava inteiramente despreparado para um encontro hostil. Em conformidade com isto dividiu-os em dois bandos, de modo que se um fosse atacado o outro poderia ter oportunidade de escapar. Enviou de seus vastos rebanhos presentes generosos a Esaú, com uma mensagem amigável. Fez tudo ao seu alcance para expiar a falta para com seu irmão, e afastar o perigo ameaçado; e então, com humilhação e arrependimento, rogou a proteção divina: “Tu me disseste: Torna à tua terra, e à tua parentela, e far-te-ei bem; menor sou eu que todas as beneficências, e que toda a fidelidade que tiveste com teu servo; porque com meu cajado passei este Jordão, e agora me tornei em dois bandos: Livra-me, peço-Te, da mão de meu irmão, da mão de Esaú; porque o temo, que porventura não venha, e me fira, e a mãe com os filhos”. (Gênesis 31:9-11). Tinham agora chegado até o rio Jaboque, e, ao sobrevir a noite, Jacó enviou sua família através do vau do rio, enquanto ele ficou só, atrás. Decidira-se a passar a noite em oração, e desejou estar a sós com Deus. Deus poderia abrandar o coração de Esaú. […]
Isto foi em uma região solitária, montanhosa, retiro de animais selvagens, e esconderijo de ladrões e assassinos. Sozinho e desprotegido, Jacó prostrou-se em terra com profunda angústia. Era meia-noite. Tudo que lhe tornava cara a vida estava à distância, exposto ao perigo e à morte. Mais amargo do que tudo era o pensamento de que fora o seu próprio pecado o que acarretara este perigo sobre os inocentes. Com ansiosos clamores e lágrimas fez sua oração perante Deus. Subitamente uma mão forte foi posta sobre ele. Julgou que um inimigo estivesse a procurar sua vida, e esforçou-se por desvencilhar-se dos punhos do assaltante. Nas trevas os dois lutaram pelo predomínio. Nenhuma palavra se falou, porém Jacó empregou toda a força, e não afrouxou seus esforços nem por um momento. Enquanto estava assim a batalhar em defesa de sua vida, a intuição de sua falta lhe oprimia a alma; seus pecados levantavam-se diante dele para o separarem de Deus. Mas, em sua terrível situação, lembrou-se das promessas de Deus, e todo o coração se lhe externou em petições pela Sua misericórdia. A luta continuou até perto do romper do dia, quando o estranho colocou o dedo à coxa de Jacó, e este ficou manco instantaneamente. O patriarca discerniu então o caráter de seu antagonista. Soube que estivera em conflito com um mensageiro celestial, e por isto foi que seu esforço quase sobre-humano não ganhara a vitória. Era Cristo, o “Anjo do concerto”, que Se havia revelado a Jacó. O patriarca estava agora inválido, e sofria a mais cruciante dor, mas não O quis largar. Todo arrependido e quebrantado, apegou-se ao Anjo; “chorou, e Lhe suplicou” (Oséias 12:4), invocando uma bênção. Tinha de ter a certeza de que seu pecado estava perdoado. A dor física não era suficiente para lhe desviar o espírito deste objetivo. Sua decisão se tornou mais forte, sua fé mais fervorosa e perseverante, até mesmo ao fim. O Anjo experimentou livrar-Se; insistiu: “Deixa-Me ir, porque já a alva subiu”; mas Jacó respondeu: “Não Te deixarei ir, se me não abençoares.” (Gênesis 32:26).
[…] Pela humilhação, arrependimento e entrega de si mesmo, este pecaminoso e falível mortal prevaleceu com a Majestade do Céu. Firmara suas mãos trêmulas nas promessas de Deus, e o coração do Amor infinito não podia desviar o rogo do pecador.
O erro que determinara o pecado de Jacó ao obter pela fraude a primogenitura, achava-se agora apresentado claramente diante dele. Não havia confiado nas promessas de Deus, mas procurara pelos seus próprios esforços efetuar aquilo que Deus teria cumprido no tempo e modo que Lhe aprouvessem. Como prova de que fora perdoado, seu nome foi mudado de um nome que lembrava seu pecado para outro que comemorava sua vitória. “Não se chamará mais o teu nome Jacó” [suplantador], disse o Anjo, “mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.” (Gênesis 32:28).
[…] Seu pecado como suplantador e enganador foi perdoado. Era passada a crise de sua vida. A dúvida, a perplexidade e o remorso lhe tinham amargurado a existência, mas agora tudo estava transformado; e doce era a paz de reconciliação com Deus. Jacó não mais receava encontrar seu irmão. Deus, que lhe perdoara o pecado, poderia mover o coração de Esaú também para aceitar sua humilhação e arrependimento.
[…] Em sua noite de angústia, ao lado do Jaboque, quando a destruição parecia estar precisamente diante dele, ensinara-se a Jacó quão vão é o auxílio do homem, quão destituída de fundamento é toda a confiança na força humana. Viu que seu único auxílio devia vir dAquele contra quem tão ofensivamente pecara. Desamparado e indigno, rogou a promessa de misericórdia de Deus, ao pecador arrependido. Aquela promessa foi a sua certeza de que Deus lhe perdoaria e o aceitaria.
[…] A experiência de Jacó durante aquela noite de luta e angústia, representa a prova pela qual o povo de Deus deverá passar precisamente antes da segunda vinda de Cristo. O profeta Jeremias, em santa visão, olhando para este tempo, disse: “Ouvimos uma voz de tremor, de temor mas não de paz… Por que se têm tornado macilentos todos os rostos? Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! e é tempo de angústia para Jacó; ele porém será livrado dela.” (Jeremias 30:5-7).
Quando Cristo cessar a Sua obra como mediador em prol do homem, então começará este tempo de angústia. Ter-se-á então decidido o caso de toda alma, e não haverá sangue expiatório para purificar do pecado. Ao deixar Jesus Sua posição como intercessor do homem junto a Deus, faz-se o solene anúncio: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.” (Apocalipse 22:11).
[…] Satanás acusara Jacó diante dos anjos de Deus, pretendendo o direito de destruí-lo por causa de seu pecado; […] esforçou-se por impor-lhe a intuição de sua culpa, a fim de o desanimar, e romper o seu apego com Deus. […] Mas Jacó não quis demover-se. Aprendera que Deus é misericordioso, e lançou-se à Sua misericórdia. Fez referência ao arrependimento de seu pecado, e implorou livramento. Ao rever a sua vida, foi impelido quase ao desespero; mas segurou firmemente o Anjo, e com brados ardorosos, aflitivos, insistiu em sua petição, até que prevaleceu.
Tal será a experiência do povo de Deus em sua luta final com os poderes do mal. Deus lhes provará a fé, a perseverança, a confiança em Seu poder para os livrar. Satanás esforçar-se-á por aterrorizá-los com o pensamento de que seus casos são sem esperança; que seus pecados foram demasiado grandes para receberem perdão. Terão uma intuição profunda de seus fracassos; e, ao reverem a vida, perder-lhes-ão as esperanças. Lembrando-se, porém, da grandeza da misericórdia de Deus, e de seu próprio arrependimento sincero, alegarão Suas promessas feitas por meio de Cristo aos pecadores desamparados e arrependidos. Sua fé não faltará por não serem suas orações respondidas imediatamente. Apoderar-se-ão da força de Deus, assim como Jacó lançou mão do Anjo; e a expressão de sua alma será: “Não Te deixarei ir, se me não abençoares.” (Gênesis 32:26).
[…] Satanás leva muitos a crer que Deus não tomará em consideração a sua infidelidade nas menores coisas da vida; mas o Senhor mostra em Seu trato com Jacó que Ele não pode de maneira alguma sancionar ou tolerar o mal. Todos os que se esforçam por desculpar ou esconder seus pecados, e permitem que eles permaneçam nos livros do Céu, sem serem confessados ou perdoados, serão vencidos por Satanás. […] a história de Jacó é uma segurança de que Deus não repelirá aqueles que foram atraídos ao pecado, mas que voltaram a Ele com verdadeiro arrependimento. Foi pela entrega de si mesmo e por uma fé tranquilizadora que Jacó alcançou o que não conseguira ganhar com o conflito em sua própria força. Deus assim ensinou a Seu servo que o poder e a graça divina unicamente lhe poderiam dar a bênção que ele desejava com ardor. De modo semelhante será com aqueles que vivem nos últimos dias. Ao rodearem-nos os perigos, e ao apoderar-se da alma o desespero, devem confiar unicamente nos méritos da obra expiatória. Nada podemos fazer de nós mesmos. Em toda a nossa desajudada indignidade, devemos confiar nos méritos do Salvador crucificado e ressuscitado. Ninguém jamais perecerá enquanto fizer isto. A lista longa e negra de nossos delitos está diante dos olhos do Ser infinito. O registro é completo; nenhuma de nossas ofensas é esquecida. Aquele, porém, que ouviu os clamores de Seus servos na antiguidade, ouvirá a oração da fé, e perdoará as nossas transgressões. Ele o prometeu, e cumprirá a Sua palavra.
Jacó prevaleceu porque foi perseverante e resoluto. Sua experiência testifica do poder da oração importuna. É agora que devemos aprender esta lição de oração que prevalece, de uma fé que não cede. As maiores vitórias da igreja de Cristo, ou do cristão em particular, não são as que são ganhas pelo talento ou educação, pela riqueza ou favor dos homens. São as vitórias ganhas na sala de audiência de Deus, quando uma fé cheia de ardor e agonia lança mão do braço forte do Todo-poderoso.
Aqueles que não estiverem dispostos a abandonar todo o pecado e buscar fervorosamente a bênção de Deus, não a obterão. Mas todos os que lançarem mão das promessas de Deus, como fez Jacó, e forem tão fervorosos e perseverantes como ele o foi, serão bem-sucedidos como ele. “E Deus não fará justiça a Seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça.” (Lucas 18:7 e 8).
Continuaremos…
Ruth Alencar
Olá irmãs.
Gostei muito do texto. Poderia republicá-lo na integra em meu blog?
O pastor Rodrigo Silva (UNASP c2) prega um serão lindo sobre o assunto. Vocês já o ouviram?
Se desejarem, repasso!
Abraços e feliz Sábado!
Por 'serão' leiam "SERMÃO"!
Oi Evanildo, td bem?
Claro que sim … só pedimos para vc registrar a fonte, tá?
Não, eu ainda não ouvi este sermão. Gostaria muito que vc o enviasse para o meu e-mail, vc o tem.
abraço fraterno.
Oi, irmã, poderia mandar esse sermão para o meu e-mail também? Obrigado.
Feliz sábado!!!
Oi, Rafael. Assim que o Evanildo me enviar encaminho para vc, tá?
Feliz Sábado para vc também.
Evanildo, ficamos felizes por de alguma forma este texto ter alcançado seu coração.
Isto me diz que o texto alcançou sua missão… que Deus abençoe vc e seu ministério.
Este texto foi escrito em especial para minha amiguinha e irmã na fé, Isabella.
A reflexão continuará… vc terá a resposta para a sua pergunta na parte 2.
Viu? Eu não havia esquecido seu pedido…
um grande abraço
Li o post. Muito obrigada por ele, realmente diz coisas que eu precisava saber. A luta espiritual continua, mas não vou desistir. Muito obrigada. 🙂 To esperando pela parte dois. Que Deus nos abençoe. abraço.