O capítulo 9 abre com a declaração de que, no primeiro ano de Dario o Medo, Daniel chegou a conclusão de que a profecia de Jeremias referente aos 70 anos da desolação de Jerusalém devia em breve cumprir-se.
Apercebido disto Daniel oferece a prece intercessória a favor de Jerusalém e do Santuário registrada nos vv. 4-19. É digno de nota como nesta prece o pecado de Israel pesava sobre o coração so profeta. Juntamente com o profeta Ezequiel, seu contemporâneo, Daniel reconhecia que perdão e purificação do pecado deviam preceder a restauração da comunidade judaica (conferir Ez.37:26-28). Em vista disto esta prece pode ser descrita como uma prece de confissão de pecado tanto como uma prece de intercessão por uma nação culpada.
Notar como a preocupação com o pecado caracteriza esta oração: “Temos pecado e cometido iniquidade, procedemos perversamente, e fomos rebeldes…” (v.5). Esta confissão cobre todo o gama no aspecto do pecado. Israel sofreu no exílio por causa de sua infidelidade contra DEUS (v.8), e rebelião contra Ele (v.9). Israel tinha transgredido a Lei de DEUS e pecado contra Ele (v.11). No v.15 Daniel identifica-se com o povo pelo qual intercede: “Temos pecado e procedido perversamente”. A cólera divina foi derramada sobre Jerusalém por causa dos pecados do povo e suas iniquidades (v.16). O profeta mesmo resume sua prece quando a seguir escreve: “Falava eu ainda e orava, e confessava o meu pecado e o pecado de meu povo Israel…” (v.20).
A mensagem trazida a Daniel pelo anjo Gabriel deve ser vista tanto como uma resposta à sua prece de intercessão como uma resposta à sua preocupação como o elemento de tempo na visão do cap. 8 que fora deixado sem explicação. Daniel encerrou o cap. 8 com a admissão de que não havia entendido a visão (v.27), ou ao menos aquela parte da mesma relacionada com o tempo. Por iniciativa própria procurou entendimento estudando as profecias de Jeremias relacionadas com o tempo que as desolações de Jerusalém deviam durar (9:2).
Em comum com outros profetas, Daniel deve ter imaginado que a era messiânica iria raiar ao término do cativeiro em Babilônia. Isaías e outros profetas tinham descrito o retorno do exílio em termos tão exaltados que devia parecer a muitos que o fim do cativeiro introduziria um novo Céu e uma nova Terra, uma ordem de cousas totalmente novas (Isa.65:17). Seria quase impossível ler uma profecia como esta: “Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou ruína nos teus termos; mas aos teus muros chamarás salvação, e as tuas portas louvor. Nunca mais te servirá o sol para a luz do dia nem com seu resplendor a lua te alumiará; mas o Senhor será a tua luz perpétua e os dias do teu luto findarão” (Isa.60:19 e 20),e não supor que o fim do exílio inauguraria a era messiânica.
Esta expectativa do estabelecimento imediato do reino messiânico precisava ser corrigida. Numa visão profética os atos sucessivos no trama da redenção parecem ocorrer simultaneamente. Como os sonhos carecem da perspectiva de tempo, assim aparentemente as visões. Permitam-me uma ilustração. Dirigir o seu carro sobre uma planície rumo à cadeia de montanhas no horizonte distante, o motorista não tem ideia de quantas serras se escondem uma atrás da outra. Tudo o que vê é uma montanha maciça à distância. Somente quando ele começa de fato a atravessar a montanha é que se apercebe de quantos vales e cadeias precisa atravessar antes de atingir a planície desobstruída além.
Assim os profetas e seus leitores viam apenas um grande acontecimento no futuro: O fim do exílio e o raiar da era Messiânica. A possibilidade não lhes ocorria de que séculos poderiam intervir entre os picos sucessivos na história da redenção. Através de Daniel DEUS deliberou corrigir este mal entendido, e assim poupar aos crentes futuros desapontamentos. É aqui que se faz ver o valor prático de profecias com o tempo marcado. Seu propósito era de introduzir um senso de perspectivas na delineação profética do futuro que de outro modo podia ser comprimido num grande evento final.
A relação íntima entre os cap. 8 e 9 torna-se evidente pelo seguinte fato: É o mesmo anjo Gabriel que é encarregado de fazer Daniel entender a visão (Dan. 8:16 e 9:21). Como não há visão na primeira parte de Dan. 9 a visão à qual Gabriel se refere em 9:23 deve ser a do cap. 8, a qual Daniel confessa não ter compreendido (8:27). Podemos ser mais específicos: a Parte da visão do cap. 8 não explicada por Gabriel foi a referente às 2.300 tardes e manhãs de Dan. 8:14. Em vista disto torna-se claro porque Gabriel começa sua explicação com referência a um período de tempo que evidentemente é ligado ao de 8:14.
Daniel não estava preocupado em compreender a profecia de Jeremias referente aos 70 anos do exílio como alguns estudiosos. O v.2 declara expressamente que os 70 anos estavam chegando ao seu término. O verbo binoti “compreendi” vem da mesma raiz de bin que é usada no v.23. Por conseguinte quando o anjo lhe diz que compreenda a visão, só pode ser a visão do capítulo anterior a qual Daniel afirma taxativamente que não tinha compreendido e particularmente o período profético dos 2.300 dias.
Com efeito os 70 anos do exílio profetizados por Jeremias estavam chegando ao seu término. Mas outras “70 semanas” (de anos) deviam passar antes do ponto culminante na estrada da redenção – o Calvário – ser atingido. Outro meio milênio de graça seria concedido a Israel, durante o qual poderia crescer em compreensão espiritual e preparar o mundo para a recepção do Messias, mas mesmo assim a primeira vinda de Cristo não seria o fim da História. Este meio milênio deveria ser “cortado” – este é o sentido primário do verbo hatak – de um período mais longo, do mesmo modo que um pedaço de pano é corta do de uma peça. Esta período mais longo só pode ser o tempo mencionado em Dan.8:14, do qual Daniel não tinha obtido entendimento pleno.
Com estas observações preliminares em mente, estamos prontos para considerar a resposta de Gabriel à prece de Daniel, como relatada nos vv. 24-27. Sendo esta uma profecia messiânica, seria natural esperar que refletiria em certa medida a linguagem do canto do “Servo Sofredor” de Isa.52:13 a 53:12. Do mesmo modo que Daniel estava familiarizado com a profecia de Jeremias referente à duração do exílio ele devia estar a par do texto de Isaías que melhor descreve o sofrimento e morte do servo do Senhor. Um homem que encarava o pecado tão a sério como é evidente de sua oração intercessória, devia certamente conhecer a profecia que descreve de modo tão comovente como o problema do pecado seria atacado.
Dan.9:24-27 e Isa.52:13 a 53:12 destacam-se como as duas maiores profecias messiânicas: A de Daniel indicando o tempo do aparecimento do Messias e a de Isaías, a maneira e o propósito de Seu sofrimento.
Daniel 9:24 contém seis declarações, das quais as primeiras quatro focalizam o problema do pecado e como seria resolvido. Sua terminologia assemelha-se bastante a do canto do “Servo sofredor”. Assim a primeira frase “para fazer cessar a transgressão” encontra seu paralelo em Isa.53:5, “foi transpassado pelas nossas transgressões”. A frase “para dar fim aos pecado”, ecoa Isa. 53:10 e 12, “quando der Ele Sua alma como oferta pelo pecado”, e “levou sobre Si o pecado de muitos”. A terceira expressão, “para expiar a iniquidade”, tem seu paralelo em Isa.56:5-6: “o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados… mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos”. A quarta frase de Dan. 9:24, “para trazer a justiça eterna”, tem sua correspondente em Isa. 53:11, “o Meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos”. A importância desta última declaração é sublinhada por Paulo em Rom. 3:26: “Tendo em vista a manifestação da Sua justiça no tempo presente para Ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus”. A “justiça” de Dan. 9:24 refere-se, então, tanto à justiça de DEUS demonstrada no Calvário diante de todo o universo, como à justiça que DEUS comunica aquele que tem fé em Cristo.
Paralelos tão evidentes não parecem ser fortuitos, mas sugerem o pensamento de que foram escolhidos deliberadamente para descrever a missão do Messias vindouro em termos já consagrados pela inspiração divina.
A declaração geral, “para selar a visão profética”, é um exemplo de hendiadys, e significa “para selar a visão e a profecia”, não no sentido de dar-lhe fim, mas no sentido de confirmá-la. O cumprimento literal da primeira parte da visão referente à vinda do Messias confirmaria o resto da visão, isto é, garantiria seu cumprimento também.
A última frase do v.24, “e para ungir o Santo dos Santos”, é neutra no hebraico, uma vez que poderia designar um lugar, ou cousa, ou uma pessoa. Mas neste contexto deve designar o Messias. Com efeito o v.25 fala da vinda do Messias, do Príncipe. Uma vez que o v.24 fala da obra redentora a ser realizada no fim das 70 semanas, ou 490 anos, seria mais natural esperar que o verso terminasse por uma referência ao Messias, o “ungido”.
O v.25 provê um ponto de partida para o período profético das 70 semanas, e ipso facto, para o período das 2300 tardes e manhãs, do qual o período mais curto foi cortado. Deve-se ter em mente que a última parte do cap. 9, vv.24-27, é uma visão suplementar da visão do cap.8. O propósito da vinda de Gabriel foi de fazer Daniel entender a visão, que não pode ser outra que a do cap.8. O ponto de partida das 70 semanas é o decreto para a restauração de Jerusalém. Segundo Esdras 6:14 houve 3 decretos visando a mesma finalidade, e que culminaram com o decreto de Artaxerxes I em 457 a.C. Sendo o último, de algum modo coroou e completou os,precedentes. O decreto de Artaxerxes pode ser lido no cap. 7 de Esdras. Ele permitia que qualquer dos exilados que quisesse subir a Jerusalém o fizesse, e conferia certos poderes a Esdras para reorganizar a comunidade judaica segundo a lei do seu DEUS (vv.25 e 26). O cap. 8 descreve a viagem a Jerusalém de Esdras acompanhado de centenas de exilados, a entrega das ofertas de ouro e prata aos sacerdotes e levitas em Jerusalém, e conclui com a declaração de que os governadores persas, em vista das instruções do rei, “ajudaram o povo na construção da casa de DEUS (v.36). O escopo do decreto de Artaxerxes I é esclarecido por Esdras 9:9. Incluía a restauração do templo, reparo de ruínas, e a ereção de um muro de proteção para Judá e Jerusalém. A carta dada por Artaxerxes a Neemias no 20º ano de seu reinado, 444 a.C., não é de natureza de um decreto. Neemias não reconstruiu o muro de Jerusalém, mas só reparou as brechas e os portões. O alcance limitado de seu trabalho é demonstrado pelo fato que foi completado em 52 dias (Nee.6:15). Não resta dúvida de que é o decreto de Artaxerxes de 457 a.C. que deve ser tomado como ponto de partida das 70 semanas, que deviam levar até “ao Ungido, o Príncipe”.
“Sete semanas e sessenta e duas semanas”. A versão de Almeida segue fielmente o texto hebraico, no qual erradamente uma marca de pontuação, o ethnach, a qual indica o meio do verso, onde o leitor devia fazer uma pausa, foi inserida entre “sete semanas” e “sessenta e duas semanas”. Deve-se observar que o texto hebraico original não tinha pontuação de espécie alguma. Embora os massoretas fizessem um bom trabalho quando pontuaram o texto hebraico no começo da Idade Média, erros foram cometidos, como qualquer estudioso do texto hebraico sabe. Na maior parte dos casos, os erros foram acidentais, um deslize da pena, mas neste caso a hipótese de um erro deliberado devido a preconceitos dogmáticos não deve ser excluída. Como Dan. 9:25 era um verso caro à comunidade cristã, porque era o único que permitia mostrar aos de fora que Cristo veio no tempo designado pela profecia, é fácil ver porque os massoretas tenham pintado o texto de modo a torná-lo confuso. Corrigindo este verso, o verso reza: “Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas”. O texto assim corrigido mostra que Cristo deveria ser ungido no final de 69 semanas, ou sejam, 483 anos.
Os vv.25 a 27 foram estruturados de tal maneira que a primeira parte de cada um refere ao Messias, e a segunda a Jerusalém. Assim a primeira parte do v.25 refere à vinda do Ungido no final de um período de 483 anos. Contando do decreto de Artaxerxes I em 457 a.C., isto leva ao batismo de Jesus em 27 a.C., quando foi ungido pelo Espírito Santo (Mat.3: 16 e 17; Luc. 3:22), e tornou-se o Cristo, que significa exatamente “ungido”. A divisão do período em duas partes, uma de sete semanas seguida de outra de sessenta e duas semanas pode indicar que a reconstrução de Jerusalém sob Esdras e Neemias duraria 49 anos, embora se deva admitir que as fontes históricas não lançam luz sobre o assunto.
A primeira parte do v.26 refere ao fato de que o Messias, “o Ungido”, seria morto. A ausência do artigo antes de “Ungido” no hebraico concorda com o fato de que Daniel os tempos que referem á divindade são como regra anartros, isto é, sem artigo. (Ver Daniel 7:9,13; 8:16; 9:24,25 e 26; 10:5). Podia ser sua maneira de expressar transcendência divina. Deve-se observar que a expressão, “foi morto”, da Versão de Almeida, corresponde ao hebraico, “foi cortado”. Esta expressão encontra seu paralelo em Isa.53:8, “foi cortado da terra dos viventes”. Acima expressamos a opinião que a linguagem do cap. 9 deve muito ao canto do “Servo Sofredor”, que deve ter ocupado os pensamentos de Daniel nesta ocasião.
A expressão, “e já não estará”, corresponde ao hebraico, “e não havia nada para ele”. Expressa o total abandono de Cristo quando suportou os pecados do mundo, e encontra seu paralelo em Isa.53:4, “era desprezado, e dele não fizemos caso”. Seu sentido mais profundo é sugerido em Sal.22:1a: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?”
A segunda parte do v.26 trata da destruição de Jerusalém e do Templo. A destruição seria levada a efeito pelo “povo de um príncipe que há de vir”. Trata-se do mesmo poder pelo qual se refere Dan.8:25. Jerusalém e o Templo foram destruídos pelos exércitos romanos em 70 A.C. comando por Tito que assumiu a chefia quando seu pai Vespasiano foi eleito imperador. Diga-se de passagem que Antíoco Epifânio não destruiu o Templo. A última parte do v.26 sugere que a Igreja passaria por tempos de tribulação até ao fim. Cristo fez referência a esta tribulação prolongada em Mat.24:21. Mas aqueles dias seriam abreviados por amor dos escolhidos (24:22).
O pronome “Ele” na primeira parte do v.27 deve referir-se ao Messias, em harmonia com a estrutura dos versos precedentes, onde em cada caso a primeira parte do verso faz uma declaração concernente ao Messias, e a segunda uma declaração concernente à cidade e ao santuário. Cristo firmaria aliança com muitos durante Seu ministério terrestre. Esta aliança foi ratificada, “feita firme” pelo sangue de Cristo(Mat.26:27,28). O sentido primário do verbo hebraico higbir é “fazer prevalecer”. O sentido seria que Cristo fez prevalecer, em face de todos os obstáculos, Seu concerto de graça com a humanidade. Havia muita razão para desânimo e derrota. Mas Cristo prevaleceu sendo obediente até a morte. A expressão “com muitos” devia ser compreendida à luz de Isa.53:12, “levou sobre si o pecado de muitos”, e encontra eco nas próprias palavras de Cristo, “porque isto é o meu sangue, o sangue da aliança, derramado em favor de muitos”.
Foi demonstrado por J. Doukhan que “quando o termo hetsi está em status contructus com um período de tempo (aqui semanas), significa sempre “meio” e não “metade” (Ex.12:29; Jos.10:13; Juízes 16:3; Jer.17:11; Sal.102 v.25; Rute 3:8)”.1 O verso 27b devia então ser traduzido do seguinte modo, “é no meio da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares”. O meio da septuagésima semana corresponde a 31 A.D., quando Cristo oferecendo-SE como um sacrifício perfeito sobre a cruz “fez cessar o sacrifício”. Quando o véu do Templo rasgou-se de alto a baixo tornou-se patente que o sacrifício de animais tinha encontrado seu antítipo e devia cessar. Sua repetição até à destruição do Templo alguns anos mais tarde tornou-se uma cerimônia sem sentido, porque de jure os sacrifícios deviam ter cessado por ocasião da morte de Cristo sobre a cruz.
Mas mesmo a cruz e a ressurreição não paralisariam a marcha do tempo. A última parte do v.27 dá-nos a entender que a história continuaria a se desenrolar. As potências do mal embora vencidas por Cristo continuariam sua obra nefanda de encher a terra de abominações de desolações. Mas tão certo como a manhã segue à noite, à vitória de Cristo sobre o pecado e a morte no Calvário seguir-se-ão a destruição inevitável do anticristo e a vitória final de Cristo.
Se a explicação dada pelo anjo Gabriel no cap.9 é um complemento à explicação dada no cap.8, então é razoável esperar que não somente os dois períodos de tempo são relacionados, mas que as atividades do anticristo num tem seu paralelo no culto. Neste caso a segunda parte dos versos 26 e 27 devia ser interpretada à luz de Dan.8:23-25, onde as atividades nefárias de Roma imperial e papal são descritas. Assim compreendido Dan.9:26b se refere as atividades de Roma que lavaram à destruição de Jerusalém e do templo em 70 A.D., que prefigurava o obscurecimento na teologia católica da obra sacerdotal de Cristo no santuário celestial.
Em Mat. 24:15 Cristo fala da presença do “abominável da desolação” no lugar santo como um sinal para os crentes fugiram da Judéia para as montanhas para escapar aos horrores da guerra. Lucas se refere ao mesmo sinal nas palavras, “Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, … então os que estiverem na Judéia fujam para os montes”. (Lucas 24:20,21). Em vista destes dois textos seria razoável interpretar “a asa das abominações” de Daniel 9:27b como uma referência aos exércitos romanos vindo para assolar a Judeia e Jerusalém. O fato das legiões romanas levaram em seus estandartes uma águia de bronze como emblema de seu poder torna esta interpretação ainda mais convincente.
À luz do acima exposto, podemos parafrasear Dan.9:27b como segue: e com um exército que marcha sob estandartes pagãos vem um que causa tanto a desolação física como espiritual; suas atividades se estenderão sobre os séculos, até que o assolador mesmo seja destruído no tempo determinado por Deus.
Notas
1. The Sanctuary and the Atonement, p.262.
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