Leitura Bíblica: Mateus 13:26, 28-30
26”E, quando as plantas cresceram e produziram fruto, apareceu também o joio. […] 28Ele, porém, lhes respondeu: “Um inimigo fez isso.” Mas os servos lhe perguntaram: “O senhor quer que a gente vá e arranque o joio?” 29O dono da casa respondeu: “Não! Porque, ao separar o joio, vocês poderão arrancar também com ele o trigo. 30Deixem que cresçam juntos até a colheita. E, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ‘Ajuntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; mas recolham o trigo no meu celeiro.’”
O livro de Mateus
Por George Knight – Caminhando com Jesus no Monte das Bem Aventuranças
Alguns membros de igreja são como os servos da parábola proferida por Cristo. São ciosos da honra e da pureza da igreja. Por isso, querem livrar-se rapidamente dos membros que, na sua opinião, não estão “vivendo a verdade”. Querem que apenas o bom grão permaneça no jardim do Senhor. Naturalmente, eles acham que fazem parte do trigo.
Em muitos casos, esse amor pela igreja é louvável. Em casos de pecado aberto e confirmado, a extirpação das ervas daninhas pode e deve acontecer. A maior parte dos pecados, porém, não são abertos nem confirmados. Nesses casos, os elementos do julgamento humano costumam sobressair-se. Em nosso zelo, é provável pensarmos que todas as normas de Deus estabeleçam critérios exatamente iguais aos nossos. A solução, portanto, é simples: excluir os patifes.
Mas Jesus chama a nossa atenção para um perigo aqui existente. Devido ao nosso conhecimento incompleto dos motivos e das circunstâncias, a extirpação precipitada das ervas daninhas acaba também forçosamente arrancando o trigo.
Que jardineiro ainda não parou de limpar o canteiro apenas para constatar que, se houvesse manifestado maturidade, teria poupado uma planta útil? A única maneira legítima de limpar um canteiro sem prejudicar as boas plantas é esperar até que todas amadureçam.
A história da igreja está pontilhada de destroços de vidas que foram prematuramente “extirpadas”. O problema é que os seres humanos são incapazes de fazer julgamentos corretos. Em geral, não compreendemos plenamente os fatores envolvidos, nem somos capazes de discernir as intenções. É por isso que Jesus nos adverte para não julgar, porque, diferentemente de Deus, somos incapazes de proferir sentenças justas.”