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“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,” Lucas 4:18
O milerismo foi um movimento que predominou entre os brancos do norte dos Estados Unidos, numa época em que a maioria dos negros ainda morava no sul. Contudo, encontramos evidências consistentes de que afro-americanos frequentaram cultos e reuniões campais adventistas. Por volta da metade de 1843, a responsabilidade de realizar um trabalho ativo em meio à população negra se tornou mais evidente para os líderes mileritas. Como resultado, Charles Fitch fez a proposta bem-sucedida de “fazer uma campanha de fundos para um obreiro trabalhar com nossos irmãos de cor”. No dia seguinte, os participantes recolheram recursos para que John W. Lewis, “um pregador negro muito estimado”, trabalhasse em tempo integral “com essa classe tão negligenciada de irmãos nossos, com os quais ele tem uma ligação íntima”.
Em fevereiro de 1844, Himes pôde relatar que “a maioria dos negros havia recebido a doutrina” em Filadélfia. “Um de seus pastores mais eficientes aceitou toda a doutrina e se dedicará por completo a proclamá-la.”
Outro pregador negro que anunciou a mensagem adventista foi William E. Foy, que teve várias visões a partir de 18 de janeiro de 1842. Elas o levaram a crer no breve retorno de Jesus, muito embora, conforme ele mesmo disse, “era contrário à doutrina da breve vinda de Jesus” até receber as visões. Além de acreditar na volta de Cristo, Foy escreveu: “O dever de declarar a meus irmãos as coisas que me foram reveladas e de adverti-los a fugir da ira vindoura pesava grandemente sobre mim.”
Foy resistiu a essa convicção por um tempo, em parte porque a mensagem do advento era “tão diferente” do que o povo esperava e em parte por causa do “preconceito das pessoas contra [aqueles de] minha cor”. No entanto, em meio a uma oração em aflição profunda, ele recebeu a impressão definitiva de que Deus estaria com ele se partilhasse a mensagem. Em resultado, começou a pregar sua nova fé.
A mensagem da esperança adventista sempre encontrou corações receptivos em meio aos oprimidos do mundo, qualquer que seja sua etnia ou cultura. Aqueles que se endurecem a essa verdade são os que constroem seu reino nesta Terra. Precisamos nos lembrar de que todos os habitantes da Terra estão sob a escravidão do pecado e necessitam ser libertos por Aquele que veio livrar os cativos. A esperança do advento é o sonho de liberdade eterna para todas as pessoas.
. Conhecendo a história dos adventistas do sétimo dia afro-americanos