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“Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: “Eis o noivo! Saiam ao encontro dele!” Mateus 25:6
Era natural que Miller e seus seguidores fossem atraídos pelo grande sermão de Jesus sobre o advento, encontrado em Mateus 24 e 25. No entanto, a parábola das dez virgens, em Mateus 25:1-13, lhes chamava a atenção de maneira especial. Eles viam o próprio movimento e sua mensagem nessa passagem.
Eles interpretavam as dez virgens como a humanidade em geral, no tempo da graça. As cinco virgens prudentes representavam os que creem em Deus, ao passo que as néscias representavam os incrédulos. As lâmpadas eram a Palavra de Deus e o óleo simbolizava a fé.
Para eles, o casamento era o ponto principal da parábola. Era o momento em que Cristo, o noivo, apareceria nas nuvens do céu. As bodas eram o grande evento para o qual toda a história convergia. A chegada do noivo era a esperança que os motivava ao sacrifício dos próprios recursos para custear a pregação.
Para os mileritas, a sonolência das virgens apontava para a apatia e a ignorância tanto de cristãos quanto de descrentes acerca da proximidade e do momento do advento.
Miller escreveu: “O ‘clamor da meia-noite’ é o atalaia […], que, mediante a Palavra de Deus, descobre o tempo revelado e imediatamente proclama a mensagem de advertência: ‘Eis o noivo! Saí ao seu encontro!’” Em outras palavras, o clamor da meia-noite era o último chamado ao despertamento, a fim de que as pessoas ficassem prontas para a chegada do Noivo divino.
Entretanto, nem todos responderiam. Segundo a perspectiva de Miller, a reação à proclamação do clamor da meia-noite produziria uma divisão entre prudentes e néscios, entre aqueles que aceitariam a mensagem e se preparariam para o Noivo que se aproximava e aqueles que continuariam a dormir.
No segundo momento, os prudentes entrariam no reino com o Noivo. Para o restante, porém, a porta seria fechada. Miller entendeu o fechamento da porta como o fim do tempo da graça para os seres humanos.
Por isso, sua mensagem era tão urgente. As pessoas precisavam receber a advertência para que pudessem se preparar para o maior de todos os acontecimentos.
Essa mensagem continua a ser importante em nossos dias. Miller pode ter se equivocado em relação ao momento do segundo advento, mas esse evento continua a ser a grande esperança da humanidade. E a função do povo de Deus ainda é acordar os pecadores adormecidos para a realidade final de que nosso mundo não durará para sempre.