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“Então foi-lhe dito:
— Saia daí e fique diante do Senhor no monte. Eis que o Senhor estava passando. E um grande e forte vento fendia os montes e quebrava as rochas diante do Senhor. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento, houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E, depois do fogo, veio o som de um suave sussurro.” 1 Reis 19: 11 – 12
Com frequência, Deus usa as coisas comuns da vida. E isso é bom, pois quase todos nós somos comuns. Assim era Guilherme Miller.
A experiência de Timothy Cole, pastor da congregação Conexão Cristã, em Lowell, Massachusetts, ilustra este fato. No fim da década de 1830, ouviu falar sobre o sucesso notável de Miller como reavivador da igreja e o convidou para fazer uma série de reuniões em sua igreja. Ele foi receber o evangelista de sucesso na estação de trem, esperando um cavalheiro vestido com roupas da moda, cujo porte se equiparasse à sua reputação. Cole observou atentamente os passageiros desembarcarem, mas não viu ninguém que correspondesse a isso. Até que um senhor simples, tremendo de paralisia, desceu do vagão de passageiros. Para o espanto de Cole, o “velhinho” era Miller. Ele logo se arrependeu de tê-lo convidado. Concluiu que alguém com aquela aparência não poderia saber muito sobre a Bíblia.
Visivelmente constrangido, Cole conduziu Miller pela porta dos fundos de sua igreja e, depois de lhe mostrar o púlpito, assentou-se em meio à congregação. Miller não gostou, mas deu continuidade ao culto. No entanto, Cole se impressionou com a pregação. Depois de quinze minutos, ele se levantou da congregação e assentou-se atrás do pregador. Miller pregou durante uma semana e voltou no mês seguinte para uma segunda série. O reavivamento foi um sucesso, e até o próprio Cole se converteu ao ponto de vista milerita.
A realidade pura é que Deus é capaz de fazer coisas extraordinárias com pessoas comuns. O Maine Wesleyan Journal caracterizou Miller como um “fazendeiro comum”, porém capaz de “cativar a atenção do auditório por uma hora e meia a duas”. Não era o homem, mas a mensagem. A fala de Miller era sincera, lógica e bíblica. E ele também tinha uma veia humorística. Em certa ocasião, quando criticado por suas crenças, ele disse ao público: “Alegaram que sou louco e que fiquei sete anos em um hospício; caso houvessem dito que eu fiquei em um mundo louco por 57 anos, eu seria obrigado a admitir minha culpa.”
Um homem comum com uma mensagem poderosa. Deus o usou. Ele pode usá-lo também, caso você permita.