Leitura Bíblica: Mateus 6: 2
“— Quando, pois, você der esmola, não fique tocando trombeta nas sinagogas e nas ruas, como fazem os hipócritas, para serem elogiados pelos outros. Em verdade lhes digo que eles já receberam a sua recompensa.”
O Livro de Mateus
Por George Knight – Caminhando com Jesus no Monte das Bem Aventuranças
Três vezes no capítulo 6 Jesus utiliza o mesmo padrão para atingir Seu objetivo. Ele sabia que a mente humana enfraquecida pelo pecado precisa ouvir as coisas mais de uma vez para assimilar uma lição. E Jesus é o mestre por excelência.
Repare no Seu estilo. Primeiro, Ele delineia o princípio geral no versículo inicial: Não pratique atos piedosos para ser visto pelos outros. Os que assim procedem não receberão outra recompensa a não ser sua própria atitude egocêntrica. Depois, Ele passa a ilustrar essa lição principal a respeito da esmola (versos 2 a 4), da oração (versos 5 e 6) e do jejum (versos 16 a 18).
Todas as três ilustrações seguem o mesmo padrão. Primeiro, vem a descrição da falsa forma de piedade, que se concentra na exibição pública da “santidade do adorador”. Por causa de sua falsa motivação (pois adoram a si mesmos ou chamam a atenção para si mesmos, embora afirmem estar adorando a Deus e chamando a atenção para Ele), Jesus os chama de “hipócritas” em todas as três ilustrações.
A palavra “hipócrita”, no grego, era usada para designar um ator no palco. Ora, há um aspecto positivo em ser ator. Afinal de contas, uma pessoa honesta pode representar o papel de outra com sentimento e exatidão. Mas o que Jesus tem em mente é o sentido negativo da palavra. No sentido negativo, o palco é um mundo de farsa e os atores são os que enganam. Naqueles dias os atores usavam máscaras no rosto; as máscaras escondiam megafones para que os atores pudessem ser ouvidos. Assim, o hipócrita é alguém que usa um rosto falso. Ele finge honrar a Deus, embora esteja realmente honrando a si mesmo. Essas pessoas já receberam a sua recompensa.
A segunda metade de cada ilustração sugere a maneira apropriada de cumprir a obrigação. Em cada caso, a ideia central é a de que a motivação para a devoção deve fundamentar-se mais no relacionamento da pessoa com o Pai do que no desejo de aparentar bondade. As três ilustrações terminam com a afirmação de que Deus recompensará os fiéis.
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