Leitura Bíblica: Mateus 5: 34 – 36
“Eu, porém, lhes digo: não jurem de modo nenhum; nem pelo céu, por ser o trono de Deus; nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser a cidade do grande Rei. Não jure pela sua cabeça, porque você não pode fazer com que um só cabelo fique branco ou preto. Que a palavra de vocês seja: Sim, sim; não, não. O que passar disto vem do Maligno.”
O Livro de Mateus
Por George Knight – Caminhando com Jesus no Monte das Bem Aventuranças
Não jurem de jeito nenhum” (BLH). Isso é o que Jesus disse. Mas como conciliar isso com o Antigo Testamento? Não parece claro, à primeira vista. Na realidade, Jesus parece contradizer Moisés. “O Senhor, teu Deus, temerás, a Ele servirás, e, pelo Seu nome, jurarás”, é o que lemos em Deuteronômio 6:13. Em Salmo 50:14, lemos ainda: “Oferece a Deus sacrifício de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altíssimo.” Obviamente, o salmista havia feito votos a Deus com juramento.
Como podemos resolver essas aparentes contradições entre Jesus e o Antigo Testamento? Em Levítico 19:12 encontramos uma dica: “Nem jurareis falso pelo Meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus. Eu sou o Senhor.”
Desde o princípio da história de Israel como nação, um problema duplo foi enfrentado. Por um lado, a ordem positiva de Deus por meio de Moisés para jurar pelo Seu nome, intentava, indubitavelmente, abordar o problema da tentação de ser desonesto. Por outro lado, como vimos ontem, sem falar a verdade coerentemente é impossível existir uma vida social de confiança mútua. Por isso, a ordem de jurar pelo nome de Deus tinha a intenção de refrear a tendência de não ser totalmente verdadeiro, especialmente em questões sérias.
O pecado, porém, perverte todas as coisas. Consequentemente, quando algumas pessoas descobriram que podiam conseguir que a própria vontade prevalecesse ao jurar falsamente usando o nome de Deus, elas começaram a utilizar isso como instrumento de chantagem. Por isso a condenação levítica dessa prática.
Por volta do tempo de Jesus, essa questão se tomara bastante delicada, como perceberemos amanhã. Como resultado, Ele questiona até mesmo a permissão do Antigo Testamento ao explorar o significado da lei de Deus.
Podemos aprender muito de Seus ensinos sobre o assunto. Especialmente se colocarmos em prática Seu ideal positivo.