Leitura Bíblica: Mateus 10: 34 – 39
34Não pensem que eu vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. 35Pois vim causar divisão entre o homem e o seu pai; entre a filha e a sua mãe e entre a nora e a sua sogra. 36Assim, os inimigos de uma pessoa serão os da sua própria casa.
37 — Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama o seu filho ou a sua filha mais do que a mim não é digno de mim; 38e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. 39Quem acha a sua vida a perderá; e quem perde a vida por minha causa, esse a achará.”
Conhecendo o Livro de Mateus
Por George Knight – Caminhando com Jesus no Monte das Bem-Aventuranças
Um dos grandes paradoxos da vida de Cristo é que mesmo sendo Ele o “Príncipe da Paz” (Isa. 9:6), o fato de aceitá-Lo traz uma espada tão cortante que os conversos frequentemente descobrem que seus mais íntimos relacionamentos são rompidos.
Esse paradoxo está baseado no fato de que os princípios do reino de Cristo são diametralmente opostos aos dos reinos deste mundo.
Por isso, quando alguns membros de uma família ou comunidade trabalham de acordo com uma série de princípios, enquanto os outros de acordo com outra série, a hostilidade é o resultado inevitável. Jesus argumenta que, em tais casos, a maior lealdade do cristão deve ser prestada a Ele e Seus princípios, mesmo que essa posição cause problema.
Conquanto os cristãos frequentemente desfrutem paz de espírito nesta vida, para eles a plenitude da paz exterior não será alcançada senão na segunda vinda de Cristo. Até então os filhos de Deus são obrigados a existir nos reinos deste mundo, enquanto procuram viver de acordo com os princípios do reino do Céu.
Sua dupla cidadania tem suas próprias ansiedades. Mas na força de Jesus, os cristãos não desistem de seus princípios. Afinal, a bênção é para os pacificadores, não para os que amam a paz.
O caminho para a paz suprema está em firmar-se nos princípios de Deus. Se a pessoa ama a paz da maneira errada, ela pode causar problemas em vez de paz. Tal pessoa, por exemplo, pode permitir que se desenvolva uma situação ameaçadora ou perigosa sem dizer coisa alguma. William Barclay menciona que “a paz que a Bíblia diz ser abençoada não provém da evasão das situações; vem de enfrentá-las, lidar com elas e vencê-las”.