Por Ellen White
CPB
Durante o longo período da supremacia papal, houve testemunhas de Deus que acariciavam a fé em Cristo como o único mediador entre Deus e o homem. Mantinham a Bíblia como a única regra de vida, e santificavam o verdadeiro sábado. Foram estigmatizados como hereges, e seus escritos suprimidos, difamados ou mutilados. Ainda assim permaneceram firmes.
Pouco espaço ocupam nos registros humanos, exceto nas acusações de seus perseguidores. Roma procurou destruir tudo que fosse “herético”, quer pessoas, quer escritos. O poder romano esforçou-se também por destruir todo registro de sua crueldade para com os que discordavam dele. Antes da invenção da imprensa, os livros eram poucos em número; portanto, pouco havia a impedir que os romanistas levassem a efeito o seu desígnio. Mal o papado obteve o poder, estendeu os braços para esmagar todos os que se recusassem a reconhecer-lhe o domínio.
Na Grã-Bretanha o primitivo cristianismo criou raízes muito cedo, não corrompido pela apostasia romana. A perseguição de imperadores pagãos foi a única dádiva que as primeiras igrejas da Bretanha receberam de Roma. Muitos cristãos, fugindo da perseguição na Inglaterra, encontraram refúgio na Escócia. Daí a verdade foi levada à Irlanda, e nestes países foi recebida com alegria.
Quando os saxões invadiram a Bretanha, o paganismo conseguiu o predomínio, e os cristãos foram obrigados a retirar-se para as montanhas. Na Escócia, um século mais tarde, brilhou a luz com um fulgor que se estendeu a terras mui longínquas. Da Irlanda vieram Columba e seus colaboradores, que tornaram a solitária ilha de Iona o centro de seus labores missionários. Entre esses evangelistas encontrava-se um observador do sábado bíblico, e assim esta verdade foi introduzida entre o povo. Estabeleceu-se uma escola em Iona, da qual saíram missionários para a Escócia, Inglaterra, Alemanha, Suíça e mesmo para a Itália.
Roma se defronta com a religião bíblica — Roma, porém, resolveu colocar a Bretanha sob sua supremacia. No sexto século seus missionários empreenderam a conversão dos pagãos saxões. Conforme o trabalho progredia, os dirigentes papais encontraram os primitivos cristãos — simples, humildes, e de caráter, doutrina e maneiras segundo as Escrituras. Os primeiros manifestavam a superstição, a pompa e a arrogância do papado. Roma demandava que essas igrejas cristãs reconhecessem a supremacia do soberano pontífice. Os bretões responderam que o papa não tinha direito à supremacia na igreja, e que eles poderiam prestar-lhe somente a submissão devida a todo seguidor de Cristo. Não conheciam outro mestre a não ser Cristo.
Revelou-se então o verdadeiro espírito do papado. Disse o chefe romano: “Se não receberdes irmãos que vos trazem paz, recebereis inimigos que vos trarão guerra.”1. H. Merle D’Aubigné, History of the Reformation of the Sixteenth Century, livro 17, cap. 2. Guerra e engano foram empregados contra as testemunhas da fé bíblica, até que as igrejas da Bretanha foram destruídas ou obrigadas a submeter-se à autoridade do papa.
Em terras que ficavam além da jurisdição de Roma, durante muitos séculos corporações de cristãos permaneceram quase inteiramente livres da corrupção papal. Continuaram a considerar a Bíblia como a única regra de fé. Estes cristãos acreditavam na perpetuidade da lei de Deus e observavam o sábado do quarto mandamento. Igrejas que se mantiveram fiéis nesta fé e prática, existiram na África Central e entre os armênios, na Ásia.
Dentre os que resistiram ao poder papal, os valdenses ocuparam posição proeminente. Na própria terra em que o papa fixara a sede, as igrejas do Piemonte mantiveram-se independentes. Chegou, porém, o tempo em que Roma insistiu na submissão dessas igrejas. Houve alguns, entretanto, que se recusaram a ceder à autoridade do papa ou do prelado, decididos a manter a pureza e simplicidade de sua fé. Houve separação. Os que se apegaram à antiga fé, retiraram-se. Alguns, abandonando os Alpes, alçaram a bandeira da verdade em terras estrangeiras. Outros se retiraram para as fortalezas das montanhas e ali preservaram a liberdade de culto a Deus.
Sua crença religiosa baseava-se na Palavra escrita de Deus. Aqueles humildes camponeses, excluídos do mundo, não haviam por si sós chegado à verdade em oposição aos dogmas da igreja apóstata. Sua fé religiosa era a herança de seus pais. Lutavam pela fé da igreja apostólica. “A igreja no deserto”, e não a orgulhosa hierarquia entronizada na grande capital do mundo, era a verdadeira igreja de Cristo, a depositária dos tesouros da verdade que Deus confiara a Seu povo para ser dada ao mundo.
Entre as principais causas que levaram a igreja verdadeira a separar-se da de Roma, estava o ódio desta ao sábado bíblico. Conforme predito pela profecia, o poder papal lançou a lei de Deus ao pó. As igrejas que estavam sob o governo papal foram compelidas a honrar o domingo. No meio do erro prevalecente, muitos dentre o verdadeiro povo de Deus ficaram tão desorientados que, ao mesmo tempo em que observavam o sábado, abstinham-se também do trabalho no domingo. Isto, porém, não satisfazia aos líderes papais. Estes exigiam que o sábado fosse profanado, e denunciavam os que ousassem honrá-lo.
Centenas de anos antes da Reforma, os valdenses possuíam a Bíblia em sua língua materna. Isto os tornava objeto especial de perseguição. Declaravam ser Roma a Babilônia apóstata do Apocalipse. Sob perigo da própria vida ergueram-se para resistir às suas corrupções. Durante séculos de apostasia, houve alguns dentre os valdenses que negaram a supremacia de Roma, rejeitaram o culto às imagens como sendo idolatria e guardaram o verdadeiro sábado.
Por trás dos elevados baluartes das montanhas, os valdenses encontraram esconderijo. Aqueles fiéis exilados apontavam a seus filhos as alturas sobranceiras, em sua imutável majestade, e falavam-lhes dAquele cuja palavra é tão perdurável como os montes eternos. Deus estabelecera firmemente as montanhas; braço algum, senão o do Poder Infinito, poderia movê-las do lugar. De igual maneira estabelecera Ele a Sua lei. O braço humano seria tão impotente para desarraigar as montanhas e lançá-las no mar, quanto para modificar um só preceito da lei de Deus. Esses peregrinos não condescendiam com murmurações por causa das agruras da sorte; nunca se sentiam abandonados na solidão das montanhas. Regozijavam-se na liberdade de prestar culto. De muitos rochedos elevados entoavam eles louvores a Deus, e os exércitos de Roma não eram capazes de fazer silenciar seus cânticos de ações de graças.
Valorizados os princípios da verdade — Os valdenses avaliavam os princípios da verdade acima de casas e terras, amigos, parentes e mesmo da própria vida. Desde a mais tenra infância eram ensinados a considerar os santos requisitos da lei de Deus. Eram raros os exemplares da Bíblia; portanto, suas preciosas palavras eram confiadas à memória. Muitos eram capazes de repetir longas porções tanto do Antigo quanto do Novo Testamento.
Eram educados desde a infância a suportar rudezas e a pensar e agir por si mesmos. Eram ensinados a suportar responsabilidades, a serem precavidos no falar e a compreenderem a sabedoria do silêncio. Uma palavra indiscreta que deixassem cair no ouvido de seus inimigos, poderia pôr em perigo a vida de centenas de irmãos, pois, semelhantes a lobos à caça da presa, os inimigos da verdade perseguiam os que ousavam reclamar liberdade para a fé religiosa.
Os valdenses labutavam com perseverante paciência para ganhar o pão. Cada recanto de terra cultivável entre as montanhas era cuidadosamente aproveitado. Economia e abnegação formavam parte da educação que os filhos recebiam. O processo era laborioso mas salutar, precisamente o que o homem necessita em seu estado decaído. Aos jovens era ensinado que todas as suas capacidades pertenciam a Deus, devendo estas ser desenvolvidas para o Seu serviço.
As igrejas valdenses se assemelhavam à igreja dos tempos apostólicos. Rejeitando a supremacia do papa e prelados, mantinham a Bíblia como a única autoridade infalível. Seus pastores, diferentes dos altivos sacerdotes de Roma, alimentavam o rebanho de Deus, guiando-o às verdes pastagens e fontes vivas de Sua santa Palavra. O povo congregava-se, não em igrejas suntuosas ou grandes catedrais, mas nos vales alpinos ou, em tempos de perigo, em alguma fortaleza rochosa, a fim de escutar as palavras da verdade proferidas pelos servos de Cristo. Os pastores não apenas pregavam o evangelho; visitavam os enfermos e labutavam para promover harmonia e amor fraternal. Como Paulo, o fabricante de tendas, cada qual aprendia um ofício ou profissão, mediante a qual, sendo necessário, proveria o sustento próprio.
Os jovens recebiam instruções de seus pastores. A Bíblia era objeto do estudo principal. Os evangelhos de Mateus e João eram confiados à memória, juntamente com muitas das epístolas.
Mediante incansáveis labores, por vezes nas profundezas e escuridão das cavernas da Terra, à luz de tochas, eram copiadas as Sagradas Escrituras, versículo por versículo. Anjos celestiais circundavam esses fiéis obreiros.
Satanás incitara sacerdotes e prelados a enterrarem a Palavra da verdade sob a escória do erro e superstição. Mas de um modo maravilhoso ela foi conservada incontaminada através de todos os séculos de trevas. Tal como a arca sobre as profundas águas encapeladas, a Palavra de Deus leva de vencida os temporais que a ameaçam de destruição. Assim como a mina tem ricos veios de ouro e prata ocultos sob a superfície, as Sagradas Escrituras têm tesouros de verdade que são revelados unicamente ao humilde e devoto pesquisador. Deus designou que a Bíblia fosse um compêndio para toda a humanidade, uma revelação de Si mesmo. Cada nova verdade divisada é uma nova revelação do caráter de seu Autor.
De suas escolas nas montanhas alguns dos jovens foram enviados a instituições de ensino na França ou Itália, onde havia campo mais vasto para o estudo do que nos Alpes. Os jovens assim enviados estavam expostos à tentação. Defrontavam-se com agentes satânicos, que queriam impor-lhes as mais sutis heresias e os mais perigosos enganos. Mas sua educação desde a meninice preparara-os para tudo isso.
Nas escolas aonde iam, não deveriam fazer confidentes a quem quer que fosse. Suas vestes eram preparadas de maneira a ocultar seu máximo tesouro — as Escrituras. Sempre que podiam, cautelosamente punham uma porção ao alcance daqueles cujo coração parecia aberto à recepção da verdade. Ganhavam-se conversos à verdadeira fé nessas instituições de ensino, e frequentemente seus princípios permeavam toda a escola. Contudo, os chefes papais não conseguiam descobrir a fonte da assim chamada “heresia” corruptora.
Jovens treinados como missionários — Os cristãos valdenses sentiam solene responsabilidade no sentido de permitir que a sua luz brilhasse. Pelo poder da Palavra de Deus procuravam romper o cativeiro que Roma havia imposto. Os ministros valdenses deviam servir três anos em algum campo missionário antes de assumir o encargo de uma igreja em seu país — introdução apropriada à vida pastoral naqueles tempos que punham à prova o caráter dos homens. Os jovens viam diante de si, não a perspectiva de riquezas e glórias terrestres, e sim trabalhos e perigos, e possivelmente o destino de mártir. Os missionários iam de dois em dois, como Jesus enviara Seus discípulos.
Tornar conhecido o objetivo de sua missão seria assegurar a derrota. Cada ministro possuía conhecimento de algum ofício ou profissão e os missionários prosseguiam na obra sob a aparência de uma vocação secular, geralmente a de mercador ou vendedor ambulante. “Levavam sedas, joias e outros artigos […] e eram bem recebidos como negociantes onde teriam sido repelidos como missionários.” Levavam consigo secretamente exemplares da Bíblia, no todo ou em parte. Muitas vezes se despertava o interesse em ler a Palavra de Deus, e alguma porção era deixada com os que a desejavam receber.
Descalços e com vestes singelas e gastas na jornada, estes missionários passavam por grandes cidades e penetravam em longínquas terras. Surgiam igrejas em seu caminho, e o sangue dos mártires testemunhava da verdade. Velada e silenciosa, a Palavra de Deus tinha alegre recepção nos lares e corações dos homens.
Os valdenses acreditavam que o fim de todas as coisas não estava muito distante. À medida que estudavam a Bíblia, sentiam-se profundamente impressionados com o dever de tornar conhecidas a outros as suas verdades salvadoras. Encontravam conforto, esperança e paz crendo em Jesus. Ao a luz alegrar-lhes o coração, anelavam derramar seus raios sobre os que se achavam nas trevas do erro papal.
Sob a direção do papa e sacerdotes, multidões eram ensinadas a confiar nas boas obras para se salvarem. Estavam sempre a olhar para si mesmas, ocupando a mente com sua condição pecaminosa, afligindo o espírito e o corpo, não achando, contudo, alívio. Milhares passavam a vida nas celas dos conventos. Por meio de frequentes jejuns e açoitamentos, por vigílias à meia-noite, prostrando-se sobre o chão frio e úmido, por longas peregrinações — perseguidos pelo temor da ira vingadora de Deus — muitos continuavam a sofrer até que a natureza exausta se rendesse. Sem um resquício sequer de esperança, baixavam à sepultura.
Pecadores encaminhados a Cristo — Os valdenses ansiavam por revelar a essas pessoas famintas as mensagens de paz das promessas de Deus e apontar-lhes a Cristo como a única esperança de salvação. Asseguravam que a doutrina de que as boas obras podem expiar a transgressão estava baseada sobre falsidade. Os méritos de um Salvador crucificado e ressurreto são o fundamento da fé cristã. A dependência de Cristo deve ser tão íntima como a do membro para com o corpo, ou a do ramo para com a videira.
Os ensinos dos papas e sacerdotes haviam levado os homens a considerar a Deus e até mesmo a Cristo como severos e repelentes, e assim destituídos de simpatia para com o homem, de modo que devia ser invocada a mediação de sacerdotes e santos. Aqueles cuja mente havia sido iluminada, almejavam remover os obstáculos que Satanás havia acumulado, para que os homens pudessem ir diretamente a Deus, confessando os pecados e obtendo perdão e paz.
Invadindo o reino de Satanás — O missionário valdense citava com cautela as porções cuidadosamente copiadas das Sagradas Escrituras. Assim, a luz da verdade penetrava muitos corações obscurecidos, até que o Sol da Justiça resplandecesse no coração, trazendo saúde em seus raios. Muitas vezes o ouvinte desejava que alguma porção das Escrituras fosse repetida, como se quisesse assegurar-se de que ouvira corretamente.
Muitos viam quão vã é a mediação de homens em favor do pecador. Exclamavam com regozijo: “Cristo é meu Sacerdote; Seu sangue é o meu sacrifício; Seu altar é o meu confessionário.” Tão grande era a inundação de luz que lhes sobrevinha, que pareciam transportados ao Céu. Bania-se todo temor da morte. Podiam agora desejar a prisão, se desse modo honrassem o seu Redentor.
A Palavra de Deus era apresentada e lida em lugares ocultos, algumas vezes a uma única pessoa, outras vezes a um pequeno grupo que anelava a luz. Amiúde a noite toda era passada desta maneira. Era comum se proferirem palavras como estas: “Deus aceitará a minha oferta? Ele sorrirá para mim? Ele me perdoará?” Lia-se a resposta: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei”. Mateus 11:28.
Essas pessoas voltavam felizes para casa a fim de difundir a luz, para repetir a outros — tão bem quanto podiam — sua nova experiência. Haviam encontrado o caminho verdadeiro e vivo! As Escrituras falavam aos corações dos que anelavam pela verdade.
O mensageiro da verdade prosseguia em seu caminho. Em muitos casos os ouvintes não lhe perguntavam de onde viera ou para onde iria. Ficavam tão dominados que não pensavam em interrogá-lo. Não seria ele um anjo do Céu? — indagavam.
Em muitos casos o mensageiro da verdade seguira para outros países, ou sua vida se consumia em algum calabouço, ou talvez seus ossos estivessem branqueando no local em que testificara a verdade. Mas as palavras que deixara para trás faziam o seu trabalho.
Os líderes papais viram perigo no trabalho desses humildes itinerantes. A luz da verdade varreria as pesadas nuvens do erro que envolviam o povo; dirigiria as mentes dos homens a Deus unicamente, talvez destruindo, afinal, a supremacia de Roma.
Esse povo, mantendo a fé da antiga igreja, era testemunho constante da apostasia de Roma, e assim excitava ódio e perseguição. Sua recusa em renunciar às Escrituras era uma ofensa que Roma não poderia tolerar.
Roma decide destruir os valdenses — Começaram agora as mais terríveis cruzadas contra o povo de Deus em seus lares nas montanhas. Puseram-se inquisidores em suas pegadas. Reiteradas vezes foram devastadas as suas férteis terras e destruídas as suas habitações e capelas. Nenhuma acusação se poderia levantar contra o caráter moral da classe banida. Seu grande crime era o de não quererem adorar a Deus segundo a vontade do papa. Por tal “crime”, todo insulto e tortura que homens ou diabos pudessem inventar, amontoaram-se sobre eles.
Determinando-se Roma a exterminar a odiada seita, uma bula [edito] foi promulgada pelo papa, condenando-os como hereges e entregando-os ao morticínio. Não eram acusados como ociosos, ou desonestos, ou desordeiros; mas declarava-se que tinham uma aparência de piedade e santidade que seduzia “as ovelhas do verdadeiro aprisco”. Essa bula convocava todos os membros da igreja para se unirem à cruzada contra os hereges. Como incentivo, o texto “desobrigava a todos os que se unissem à cruzada, de qualquer juramento que pudessem ter feito; legitimava seu direito a qualquer propriedade que pudessem ter adquirido ilegalmente, e prometia remissão de todos os pecados aos que matassem algum herege. Anulava todos os contratos feitos em favor dos valdenses, proibia toda pessoa a dar-lhes qualquer auxílio que fosse e a todos permitia tomar posse da propriedade deles”. Esse documento revela claramente o bramido do dragão, e não a voz de Cristo. O mesmo espírito que crucificou a Cristo e matou os apóstolos, que impulsionou o sanguinário Nero contra os fiéis de seu tempo, estava em operação a fim de exterminar da Terra os que eram amados de Deus.
Apesar das cruzadas contra eles e da desumana carnificina a que foram sujeitos, esse povo temente a Deus prosseguiu enviando seus missionários a espalhar a preciosa verdade. Eram perseguidos até a morte, contudo seu sangue regava a semente lançada, e esta produziu fruto.
Assim os valdenses testemunharam de Deus séculos antes de Lutero. Plantaram a semente da Reforma que se iniciou no tempo de Wycliffe, que cresceu larga e profundamente nos dias de Lutero, e deve ser levada avante até o final do tempo.
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