Por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“Que todas as pessoas estejam sujeitas às autoridades governamentais; pois não há autoridade exceto de Deus, e as autoridades que existem foram instituídas por Deus.” Romanos 13:1, NRSV.
Desde Romanos 12:1, 2, Paulo tem explicado a vida do cristão no mundo da realidade cotidiana. O que significa viver uma vida transformada, a vida de “sacrifício vivo”?
Até agora, o apóstolo apresentou o uso fiel e humilde dos dons de Deus (versículos 3-8), as características do amor genuíno (versículos 9-16) e as relações dos cristãos com aqueles que os maltratam (versículos 17 – 21). Paulo tem apresentado um estilo de vida radical, que paga o mal com o bem e honra os outros acima de si mesmo. Essas atitudes são próprias do reino de Deus. Elas refletem a metamorfose (transformação) que ocorreu no coração, mente e vida de um cristão nascido de novo. O apóstolo não está brincando, nem está usando uma linguagem quando fala do cristão como um “sacrifício vivo”. Descrevendo muito especificamente o que significa ser um cristão em situações difíceis, ele se dirige àqueles que foram justificados pela graça e, a partir disso, eles adotaram uma nova coleção de princípios que conduzem a um novo modo de vida.
Em Romanos 13:1-7, Paulo nos dá uma quarta lição sobre como viver uma vida transformada. Desta vez, envolve o relacionamento do cristão com o governo civil.
Uma das lições mais óbvias que emergem do texto de hoje é que os cristãos têm o dever de obedecer ao governo civil porque Deus o estabeleceu em primeiro lugar. Desta passagem, parece resultar a conclusão de que, de acordo com Paulo, até mesmo governos ruins são preferíveis a não ter nada.
Esse ponto parece expressar a principal lição do livro de Juízes. Os capítulos 19 a 21 contêm algumas das piores histórias da Bíblia. Neles, a história de um “clérigo” malicioso contém homicídio, agressão sexual e um vasto catálogo de perversões. Vamos lê-lo se tivermos tempo. Mas, ao fazê-lo, notemos que a passagem está encerrada entre duas afirmações paralelas, que “naqueles dias não havia rei em Israel” (Juízes 19:1; 21: 25). E Juízes 21:25 acrescenta o corolário do livro, visto que, após informar que não havia rei em Israel, afirma que “cada um fez o que lhe parecia certo”.
O governo civil pode não ser perfeito, mas é melhor do que a anarquia.
Deus o estabeleceu para o bem da humanidade. Sem governo civil, a vida logo cai sob a influência da lei da selva.