Por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“Eles são israelitas e a eles pertencem a filiação, a glória, os convênios, a promulgação da lei, a adoração [no templo] e as promessas.” Romanos 9: 4, RSV.
Israel era um povo privilegiado. Paulo não tinha dúvidas quanto à singularidade de Israel entre as nações e seu papel especial na história da salvação.
No versículo de hoje, ele começa a relacionar as próprias bênçãos que deveriam tê-los preparado para receber a Cristo. Primeiro, “deles é a adoção de filhos” (NIV). O Antigo Testamento repetidamente apresenta Israel como o “filho primogênito” de Deus (ver, por exemplo, Êxodo 4:22). De maneira semelhante, ele proclama que Deus é o pai da nação (Jeremias 31: 9). Mas Romanos 9: 4 é o único lugar que fala de Israel como sendo adotado, um termo que denota a graça de Deus em trazer a nação para a família celestial.
Em segundo lugar, a nação não apenas tinha um relacionamento especial com Deus, mas tinha “a glória”. Isso sem dúvida se refere à shekinah que representava o esplendor de Deus e enchia o lugar santíssimo do tabernáculo do deserto e, mais tarde, o templo. Essa glória simboliza Deus como sendo “entronizado entre os querubins que estão na arca” (2 Samuel 6: 2, NVI).
Terceiro, Israel recebeu as alianças que Deus fez por meio de Abraão, Moisés e Davi. Essas alianças se tornaram o veículo pelo qual Israel entrou em um relacionamento singular com Deus como um povo de privilégio único e responsabilidade especial.
Quarto, Israel era o guardião da lei de Deus. Os judeus se orgulhavam de ter a revelação especial de Deus sobre Sua vontade, falada por Sua voz e escrita por Seu dedo. Paulo concordou com eles que a posse da lei realmente os colocara em uma posição única.
Além dessas bênçãos, os judeus tinham tanto a adoração no Templo quanto as promessas. As promessas, em particular, relacionavam-se à vinda do Messias como profeta, sacerdote e rei de Deus. E a adoração do Templo era tão especial para eles que proibiam os gentios, sob pena de morte, de entrar em setores dele abertos a todos os judeus do sexo masculino.
Verdadeiramente, os judeus na mente de Paulo eram um povo abençoado. Mas, precisamos perguntar, de que adianta as vantagens se elas não conduzem à salvação? Alguma ideia desse tipo deve ter estado na mente de Paulo. Essa pergunta deve estar em nossas mentes também ao meditarmos em nosso próprio relacionamento pessoal com Deus.