Por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“Mas vejo outra lei em meus membros, guerreando contra a lei de minha mente e levando-me cativo à lei de pecado que está em meus membros.” Romanos 7:23.
Paulo foi o campo de batalha de um grande conflito ou luta entre o bem e o mal. Ele amava a lei de Deus, mas via “outra lei”, “a lei do pecado”, guerreando contra seu eu espiritual. Em suma, ele estava travando um combate mortal com as forças do mal. O fato de que ele ainda está lutando, que ele não desistiu, é importante. O diabo nunca desiste, e nem devemos nós, embora tenhamos nos desapontado e falhado (novamente).
Como Paulo mencionou várias vezes desde Romanos 7:14, sua vida não foi tudo o que ele gostaria que fosse, mas ele não desistiu. Por outro lado, ele chegou a um senso de realismo que parece escapar a alguns cristãos modernos. Esse “realismo”, sugere J. I. Parker, “tem a ver com nossa disposição ou falta de disposição para enfrentar verdades desagradáveis sobre nós mesmos e começar a fazer as mudanças necessárias.”
Com Romanos 7: 14-24 em mente, James Montgomery Boice apresentou quatro declarações que estão na base do realismo espiritual. Primeiro, “quando Deus nos chamou para sermos cristãos, ele nos chamou para as lutas da vida contra o pecado”. É muito fácil querer escapar desse fato declarando-nos seguros e sãos de toda tentação e luta. Mas, como Paulo coloca tão vividamente, os cristãos terão que lutar contra o mal pelo resto de suas vidas. Essa guerra não é fácil, visto que é travada contra o resíduo do pecado que reside até mesmo em homens e mulheres convertidos. “O realismo exige uma preparação rigorosa, alerta constante, determinismo obstinado e confiança a cada momento apenas nEle, que pode nos dar a vitória.”
Em segundo lugar, “embora sejamos chamados a uma luta vitalícia contra o pecado, nunca alcançaremos a vitória por nós mesmos”. Terceiro, “mesmo quando triunfamos sobre o pecado pelo poder do Espírito Santo, o que deveria acontecer com frequência, ainda somos servos inúteis”. Por quê? Porque até mesmo as vitórias de um cristão vêm apenas pelo poder da graça de Deus.
Quarto, “devemos continuar combatendo e lutando contra o pecado, e devemos fazê-lo com as ferramentas que temos à nossa disposição, principalmente a oração, o estudo da Bíblia, a comunhão cristã [e] o serviço aos outros”. O apóstolo nos ordenou em Efésios 6 para “ser fortes no Senhor e na sua força” (versículo 6, NVI) e “revestir-se de toda a armadura de Deus para que você possa resistir às maquinações do diabo” (versículo 11, NIV)