Por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“O que então? Devemos pecar porque não somos sob a lei, mas sob a graça?” Romanos 6:15, RSV.
“O que então?” A pergunta de Paulo se parece muito com o “O que devemos dizer, então?” de Romanos 6:1, em que ele retrata seus detratores dizendo “continuaremos pecando para que a graça aumente?” (NIV).
Paulo esmiuçou essa questão em Romanos 6:2-14. Mas agora ele vê uma nova questão no horizonte. Ele acabou de declarar no versículo 14 que os crentes não estão sob a lei, mas sob a graça. Essa declaração sempre se estendeu ao longo da história da igreja, levantando questões nas mentes de dois tipos de pessoas. Emil Brunner observa que assim que alguns ouvem “livre da Lei, a carne pecaminosa cheira a brisa da manhã”. Esses indivíduos não santificados veem na graça a oportunidade de abandonar a lei e fazer o que quiserem.
Por outro lado, Brunner aponta, “o farisaísmo legal se prepara para tirar conclusões perigosas da doutrina da graça a fim de destruí-la”. Este último grupo vê a graça como o inimigo que permite às pessoas pecar o quanto quiserem.
Como resultado, os “irmãos hostis” da ilegalidade e do legalismo sempre cercam a doutrina da graça. Ambos os lados gritam “liberdade da lei significa um caminho livre e aberto para o pecado.”
Paulo encontra os irmãos hostis em Romanos 6:15-23. Ele irá, com sua abordagem minuciosa usar o prego para fechar a porta que sugere “Se é a graça que salva, não importa como vivemos. O pecado não importa, pois Deus tem uma superabundância de graça e nos perdoará 70 vezes sete.” Paulo critica esse entendimento perverso da salvação pela graça.
Intimamente relacionado ao assunto em questão está o que gosto de pensar como abordagens minimalistas e maximalistas da vida cristã. O minimalista gosta de perguntar: “Posso fazer isso e ainda assim ser salvo?” Como perguntar “Quão perto posso chegar da beira de um penhasco antes de cair?” é uma questão anticristã. Os cristãos não estão preocupados em quão pouco pode ser feito, mas em quanto. Eles são maximalistas, que desejam que suas vidas glorifiquem a Deus da maneira mais plena possível. E embora percebam que nenhuma lei pode salvá-los, eles dedicam suas vidas ansiosamente a amar a Deus e ao próximo em todos os aspectos de sua existência. Eles não vivem a lei para serem salvos, mas a vivem porque são salvos.