Por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“[Cristo] nos deu acesso a essa graça na qual agora vivemos.” Romanos 5:2, REB.
Se paz com Deus é a primeira consequência de nossa justificação, então o acesso a Deus e a graça de Deus é a segunda. Os tradutores têm lutado com a palavra traduzida como “acesso”. Alguns sustentam que “acesso” é a ideia essencial, enquanto outros são a favor da “introdução”. Na verdade, ambas as traduções nos ajudam a desvendar o significado de Paulo.
Quando dizemos que Cristo nos fornece uma introdução a Deus, a ideia é sermos conduzidos à sala de audiência de um monarca. Não podemos entrar em Sua presença por nossos próprios méritos, mas precisamos de uma introdução. Assim, Cristo é o agente ativo em nos fornecer nossa apresentação a Deus. São os seus méritos e não os nossos que nos levam à sala de audiências do Rei dos reis.
Por outro lado, a ideia de “acesso” também parece importante no texto. Afinal, um cristão não é apenas apresentado a Deus, mas tem acesso contínuo “à graça em que agora vivemos”.
Cristo abriu o caminho para Seus seguidores entrarem na própria sala do trono de Deus. Como diz o livro de Hebreus, como seguidores de Cristo, podemos “chegar com ousadia ao trono da graça, a fim de obtermos misericórdia e achar graça para socorro no momento oportuno” (Hebreus 4:16).
Efésios apresenta a mesma mensagem. Aqueles que “não são mais estrangeiros” “têm acesso ao Pai por um só Espírito” (Efésios 2:18, 19, NVI). Novamente, em Cristo “e pela fé nele podemos nos aproximar de Deus com liberdade e confiança” (Efésios 3:12, NVI).
Os cristãos são pessoas privilegiadas, porque têm acesso direto ao Pai por meio do Filho. Não era assim nos serviços do Antigo Testamento ligados ao Templo. Apenas o sacerdote poderia entrar no Templo propriamente dito. E apenas o sumo sacerdote uma vez por ano tinha acesso à sala do trono de Deus – o Santo dos Santos.
Mas agora, por meio de Jesus, não apenas temos uma apresentação permanente ao Pai, mas também temos acesso contínuo a qualquer momento que desejamos ou precisamos. Aproveitei meu status privilegiado? Com que frequência procuro a presença do Pai? Por meio de Jesus, podemos ir “ousadamente” ao Pai sempre que precisarmos de misericórdia ou ajuda. É hora de aproveitarmos nossos privilégios.