Confiança Perdida

por George Knight

Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos

“A circuncisão tem valor se você observar a lei, mas se você violar a lei, você ficará como se não tivesse sido circuncidado.” Romanos 2: 25, NIV.

Com o verso de hoje, Paulo deu o próximo passo em seu amplo argumento contra a isenção judaica do julgamento de Deus. Se a posse da lei não pudesse protegê-los do julgamento Deus, a circuncisão também não. Paulo argumenta isso em Romanos 2: 25- 29.

Os judeus dão muita importância à circuncisão. O rito nos círculos judeus remonta a Abraão, o pai da nação. Quando Deus estabeleceu a aliança com Abraão que fez de seus descendentes o povo das promessas de Deus, Ele estipulou a circuncisão como o sinal externo da aliança. Todos os meninos judeus deveriam ser circuncidados no oitavo dia e “Todo homem incircunciso que não for circuncidado na carne do seu prepúcio será extirpado de seu povo; ele quebrou minha aliança.” (Gênesis 17: 9-14, RSV)

Como resultado, os judeus consideravam a circuncisão de extrema importância. Leon Morris aponta que “era impensável que um homem, devidamente circuncidado e admitido ao pacto, perdesse a salvação”. Em outras palavras, no pensamento judaico a circuncisão garantia a salvação. Assim, Rabi Levi poderia afirmar que “na outra vida, Abraão se assentará à entrada da Gehenna [inferno] e não permitirá que nenhum israelita circuncidado desça nela”. E lemos na Mishná judaica que “todos os israelitas têm uma parte no mundo vindouro”.

Paulo na passagem de hoje rejeita tal crença. Não atribuindo nenhum valor salvador ao ato físico da circuncisão, ele afirma claramente em Romanos 2 e em Gálatas 5: 3 que a circuncisão não tinha significado a menos que uma pessoa obedecesse a “lei inteira”.

Sua posição desafiava diretamente os sentimentos de segurança dos judeus, porque ele acabara de demonstrar em Romanos 2: 17-24 que os judeus eram culpados diante de Deus porque eram violadores da lei. Paulo então chegou à terrível conclusão no versículo 25 que se eles infringissem a lei, eles se tornariam como se não tivessem sido circuncidados.

Isso era sério. Se eles não pudessem colocar sua confiança para a salvação na lei ou na circuncisão, o que eles poderiam fazer?

 Paulo sabe a resposta para essa pergunta. Ele mal consegue ficar parado no assunto. Mas antes de apresentá-la, ele precisa acertar mais alguns pontos.

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