por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“Portanto, Deus os entregou nos desejos pecaminosos de seus corações…. Eles trocaram a verdade de Deus por uma mentira, e adoraram e serviram coisas criadas ao invés do Criador – que é sempre louvado.” Romanos 1: 24, 25, NVI.
O principal problema do pecado é realmente uma questão de adoração, uma verdade evidente desde Gênesis até Apocalipse. No final dos tempos, por exemplo, a questão será se as pessoas “adorarão aquele que criou o céu, a terra, o mar e as fontes das águas” ou “adorarão a besta e sua imagem” (Apocalipse 14: 7, 9). A mesma dinâmica operava no Éden, onde Adão e Eva tinham a opção de seguir a Deus ou ouvir as palavras do diabo (Gênesis 3: 1-6).
À luz da centralidade da adoração em toda a Bíblia, uma palavra não traduzida em Romanos 1:25 se torna significativa. A maioria das versões diz que aqueles que estão no caminho do mal trocaram “a verdade de Deus por uma mentira”. Mas, no grego, o artigo é definido. Assim, Paulo está afirmando que eles trocaram “a verdade” pela “mentira”. A idolatria e a adoração falsa não são uma falsidade entre muitas. Pelo contrário, é a mentira. E da mentira da religião falsa, afirma Paulo, vem uma torrente de degradações que inundaram nosso mundo.
Três vezes em Romanos 1:24, 26, 28 Paulo afirma que Deus entregou os pecadores flagrantes aos seus “desejos pecaminosos”, “desejos vergonhosos” e “mente depravada” (NVI). À primeira vista, isso parece bastante diferente de Deus. Deus nos abandona ao mal?
A chave para entender a frase parece estar em palavras como “desejos pecaminosos”. William Barclay ressalta que Paulo está usando uma palavra que “faz os homens fazerem coisas obscuras e sem vergonha. É um tipo de insanidade que leva o homem a fazer coisas que ele nunca faria se esse desejo não afastasse seu senso de honra, prudência e decência.
No fundo da questão está o fato de que Deus deu a cada pessoa o livre arbítrio. Além disso, Ele se comprometeu a não interferir com essa liberdade. Assim, Deus nos permite fazer escolhas erradas e fazer coisas prejudiciais. Mas Ele não nos resgata de suas consequências prejudiciais. De fato, Ele “ativamente nos entregou” aos terríveis efeitos do pecado. Ele nos permite colher seus resultados.
Por quê? Por que ele odeia pecadores? Não, porque Ele os ama e quer que eles acordem com a necessidade de salvação. Assim, mesmo quando Deus entrega as pessoas aos seus pecados, Ele tem um propósito misericordioso. Quando enxergamos a profundidade de nossa necessidade, Deus espera que olhemos para Ele em busca de misericórdia e graça.
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