por George Knight – Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus” – Romanos 1: 1
Que maneira de começar uma carta! Paulo não faz rodeio. Ele não é alguém que esconde sua lealdade a Jesus. Pelo contrário, ele se mostra visível, por assim dizer, na sua frente. No início de sua carta, Paulo indica que a coisa mais importante que podemos saber sobre ele é que ele é um cristão – que tudo o que é e tem pertence a Jesus. Assim, sua escravidão a Jesus é a nota-chave do que pode ser a carta mais importante de Paulo.
Muitas traduções modernas buscam suavizar a palavra “escravo”, tornando-a como “servo”. Mas a palavra grega “doulos” significa principalmente “escravo”. Paulo nos diz que ele não é um homem contratado que trabalha com Cristo por salário, mas um escravo que pertence totalmente a Ele.
Conceitos relacionados à escravidão estão no coração da carta de Paulo aos romanos. Assim, quando ele fala sobre Deus redimir os pecadores em Romanos 3:24, ele usa o vocabulário do comércio. “Redenção” em sua época significava comprar algo no comércio, principalmente para comprar um escravo. O ponto central da vida e da mensagem de Paulo era o fato de ele ter sido redimido pelo sangue de Jesus na cruz do Calvário.
A ideia da escravidão de um cristão a Deus surge novamente em Romanos 6, em que Paulo diz a seus leitores que todo ser humano é escravo de Satanás ou de Cristo, que todos pertencemos a alguém, que nenhuma pessoa é um agente totalmente livre, e que todo indivíduo se torna escravo do seja “do pecado, que leva à morte, ou da obediência, que conduz à justiça?” (ver Romanos 6: 16-23, RSV).
Mas a escravidão a Cristo, segundo Paulo, não é servidão. Pelo contrário, é como uma pessoa que ganha liberdade. Chegando ao ponto máximo na vida eterna (versículo 23). Assim, mesmo a escravidão de Paulo é uma boa notícia.
Como nós estamos? O que é que eu quero que as pessoas saibam sobre mim? Minhas realizações? Minha boa aparência? Minhas posses? Meu cristianismo?
Não é uma pergunta que eu deveria tentar evitar. Assim como Paulo, ela está no coração da minha vida e em seu significado. Hoje é um dia para viver uma realidade com Deus – e comigo mesmo.
Senhor Jesus, ajude-me a perceber meu desamparo, que por criação e redenção sou totalmente Seu e que, como Paulo, preciso ser antes de tudo Seu “escravo”.
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