Deus é amor. Mas como posso ter certeza disto?
Como posso saber justamente como Ele é? Por que, afinal, necessito de Deus?
Na verdade, ninguém ficou surpreso porque a cerimônia nupcial não começou na hora marcada. Existe algo com os casamentos que faz com que em geral se atrasem. Talvez seja pelo grande número de pessoas envolvidas, que precisam aprontar-se. No entanto, as damas de honra já estavam no local determinado. Como se dá costumeiramente, havia o corre-corre dos últimos preparativos entremeados de rápidos olhares ao relógio.
– O noivo ainda não chegou?
– Ainda não, mas chegará logo.
– Que terá acontecido com ele?
Mas ele não chegava. Não chegava. E não chegava. Os trajes das damas estavam imaculados. O cabelo devidamente penteado. Cada moça levava uma refulgente lâmpada acesa, e achava-se pronta para unir-se ao cortejo nupcial. Cada uma delas aguardava ansiosamente a chegada do noivo para que a cerimônia pudesse começar. Ele, porém, não chegava.
Com o passar dos minutos e das horas, as jovens ficaram mais preocupadas. Ficaram cansadas. Uma por uma, cuidadosamente puseram de lado suas lâmpadas, e procuraram um lugar confortável para sentar-se enquanto esperavam. A noite estava serena. O dia fora muito exaustivo. Afinal, todas as dez damas adormeceram – e não era para admirar, pois já era quase meia-noite, e o noivo não chegara ainda.
À meia-noite ouviu-se o clamor: “Aí vem o noivo!”
De um salto, todas se puseram em pé. A agitação dos preparativos dos últimos minutos começou novamente. Consternadas, as damas viram que a luz das lâmpadas estava muito fraca. O óleo acabara, e a chama estava quase se extinguindo. Cinco apressaram-se a reabastecer as suas lâmpadas, mas cinco não tinham azeite em reserva. Não se haviam preparado para uma espera tão longa. Por isso, mesmo enquanto vigiavam, suas luzes tremularam e se apagaram.
“Alguém tem azeite de sobra?” perguntaram repetidamente; mas ninguém tinha azeite sobrando. O noivo apareceu. Era a hora do cortejo começar. As cinco que tinham óleo nas lâmpadas, uniram-se à procissão festiva. Mas as outras cinco, cujas lâmpadas se apagaram, haviam saído a toda pressa para comprar ou pedir emprestado mais azeite.
Escassez de Azeite
“Deixe-nos entrar. Nós deveríamos estar participando da festa.” O noivo examinou as jovens que ali se achavam perante ele. Assemelhavam-se mais a garotas da rua do que damas de honra. Suas vestes estavam amarrotadas e manchadas. Ele não as reconheceu. Vagarosamente meneou a cabeça, e disse: “Não vos conheço.” E fechou a porta. Elas perderam a festa.
“Não vos Conheço”
Esta mesma verdade é ensinada em S. Mateus 7:21-23. Jesus fala a respeito de alguns que virão no último dia, alegando ser Seus seguidores. Estes, porém, serão rejeitados porque, menciona-se a razão: “Eu nunca vos conheci.”
O Cristianismo, a religião, a vida eterna consistem em conhecer a Deus. A Bíblia diz: ”E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” S. João 17:3.
Há, no entanto, ideias conflitantes a respeito de como Deus é. Segundo alguns, Ele é vingativo, cheio de ira, arbitrário. Outros retratam-no como uma espécie de Papai Noel, cujo propósito principal é satisfazer todos os desejos de Seu povo. E ainda outros O consideram como uma gigantesca gelatina, incapaz de ferir alguém, mas sempre amoldável e permissivo.
Falam-nos do amor de Deus. Mas também nos falam de Sua ira, Seu furor, Seus castigos. As Companhias de Seguro classificam os desastres da Natureza como “os atos de Deus”. Pessoas sofredoras repetidamente indagam: “Por que Deus faz isto comigo?” Por um lado, os pregadores falam do amor, misericórdia e paciência de Deus; e por outro lado, apresentam Seus terríveis juízos. E os ouvintes se surpreendem.
É propósito deste livro ajudar você a descobrir por você mesmo como Deus realmente é; mostrar como você pode aprender a conhecer Aquele a quem conhecer significa vida eterna. O alvo de Deus para cada um de nós é que nos relacionemos pessoalmente com Ele. Almeja tornar-Se nosso Amigo. E hoje nos diz: “Com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atrai.” Jeremias 31:3.
Ele está à espera de nossa resposta ao Seu amor, de nosso companheirismo com Ele. Para fazer isto, porém, devemos saber por nós mesmos como Ele realmente é.
Como Deus é Revelado
Uma das maneiras de relacionar-n0s com Deus é procurá-LO revelado na Natureza. A esse respeito Davi assim diz no Salmo 19:1: ”Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de Suas mãos.” Podemos ver a Deus na Natureza. Ele é retratado no refulgente pôr-de-sol no céu de verão, no vôo sem esforço da andorinha. Podemos pensar nEle ao contemplarmos as montanhas coroadas de neve, as verdes colinas cobertas de flores, ou o inesperado desabrochar de botões no deserto. Através da Natureza podemos aprender algo sobre o amor de Deus.
É muito importante a revelação que a Natureza nos dá de Deus. Ele chegou ao ponto de separar um dia em sete, a fim de lembrar-nos do Seu poder criador. Você pode ler isto em Êxodo 20. Esse mandamento nos foi dado para nos fazer lembrar do sétimo dia, e a razão é apresentada no verso 11: ”Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia de sábado, e o santificou.”
As obras da Natureza fazem-nos lembrar não somente o amor e o cuidado de Deus por todas as Suas criaturas, mas também o fato de que Ele é o Criador. Somos simplesmente Suas criaturas. O sétimo dia foi dado como memorial da Criação. E esse memorial não teve início depois da queda do homem. Era necessário conscientizar-nos a respeito da natureza humana – não somente sua natureza pecaminosa, mas também de sua natureza dependente, como criatura. É por isso que um dia especial de adoração não é limitado particularmente a um tempo ou nação. O relacionamento de Deus com Suas criaturas, e Seu constante cuidado por ela nos dão lições de Seu amor.
Mas as Flores Fenecem…
Contudo, a Natureza possui um lado negativo. As flores fenecem. O cervo malhado é apanhado e morto pelo lobo. A neve do inverno faz com que muitas das criaturas selvagens pereçam de fome. Onde está, pois, o amor de Deus? Até nos cenários mais lindos e tranquilos, contemplando-os de novo, podemos ver sinais de morte e decadência.
Embora evidências remanescentes nos façam pensar num Deus Criador, há também em toda parte sinais evidentes dos efeitos do pecado.
O Amor Humano Revela o Amor de Deus
Deus é revelado através dos laços do amor humano. Podemos vê-Lo retratado na mãe que embala nos braços o seu filhinho. Podemos ver o Seu cuidado no pai carregando o seu filho nos ombros. Podemos contemplá-Lo no professor ou pastor que toma tempo extra para ouvir alguém. O incansável anelo de Deus por nós manifesta-se nos soluços de uma mãe presenciando a execução de um criminoso empedernido – seu filho. O amor divino se revela na confraternização e interesse mútuo de amigos e queridos.
A Bíblia alude a essa revelação do amor de Deus. “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece dos que o temem.” Salmo 103:13. “Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do fruto de seu ventre?” Isaías 49:15. “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.” S. João 15:13.
Mas que dizer daquele homem em Madeira, na Califórnia, que durante meia hora espancou sua filhinha de seis anos porque ela não chorava? Afinal, ela disse: “Papai, posso beber um pouco de água?” E morreu. Nesse caso, onde estava o amor de Deus? O que dizer dos bebês espancados, crianças abandonadas, lares desfeitos, amizades destruídas, corações estraçalhados? Como pode ser o amor de Deus assim revelado? As próprias Escrituras nos lembram dos limites do amor humano comparado com o amor divino. Isaías 49:15 prossegue, respondendo à pergunta: “Pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama?” Sim, ela pode esquecer. O amor humano representa o amor divino, mas de modo muito imperfeito.
A Bíblia Revela a Deus
Deus é revelado em Sua Palavra, a Bíblia. É-nos dito que Deus é tardio em irar-Se e grande em benignidade (Jonas 4:2); tem prazer na misericórdia (Miquéias 7:18); Ele é amor (I S. João 4:8). Mas você já leu a Bíblia e ficou confuso? Já ficou a pensar no Deus do Antigo Testamento? Já refletiu a respeito dos juízos, trovões e ameaças do Deus dos israelitas?
Com nossa mente limitada, é possível que na própria Bíblia encontremos uma incompleta representação de Deus, de Seu caráter, de como Ele realmente é. Quão facilmente podemos formar uma ideia errônea de como é Deus, se olharmos apenas para a superfície!
Jesus Revela Como é Deus
Até os discípulos de Jesus não compreendiam bem acerca da natureza de Deus. Eles queriam conhecê-Lo. Sobre isto você pode ler em S. João 14. Filipe perguntou: “Por que não nos mostras o Pai? Gostaríamos de conhecê-Lo!”
Certa vez um de meus alunos disse:
– Gosto de Jesus, mas não gosto de Deus.
– Por que não?
– Porque Jesus é bom, mas Deus é severo, cheio de ira.
É este um quadro real? Somente Jesus é amorável, ao passo que Deus é rude, rígido e implacável?
Como Jesus respondeu ao pedido de Filipe? Ele disse: “Há tanto tempo estou convosco, e não Me tens conhecido? Quem Me vê a Mim, Vê o Pai; se tivesses visto a Mim, terias visto o Pai. Eu estou no Pai, e Ele está em Mim. As palavras, as obras que faço são do Meu Pai porque Ele habita em Mim.”
A missão de Jesus foi a de vir a um mundo que estava em completa discordância com Deus, a fim de demonstrar como é realmente o Pai, como Ele sempre foi e sempre será. O melhor meio de conhecer a Deus é conhecer a Jesus. A vida e a morte de Cristo apresentam o mais nítido retrato da natureza de Deus. Ele disse: “Se vós Me tivésseis conhecido, conheceríeis também a Meu Pai. “ (Ver S. João 14:7)
“Certo Homem Tinha Uma Figueira…”
Em S. Lucas 13 encontra-se uma parábola relatada por Jesus para ilustrar o caráter e o amor de Deus. Começando com o verso 6: “Então Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não acho; pode cortá-la; para que está ela ocupando inutilmente a terra? Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e … (a fertilize). Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la.”
Quem se acha envolvido neste diálogo? À primeira vista, pode-se concluir facilmente que Deus, como o proprietário da vinha, está falando com Jesus, o viticultor. E que Deus diz: “Pode cortá-la.” Mas Jesus vem para salvá-la e faz o possível para acalmar a Deus e fazer com que Ele tenha um pouco de misericórdia.
Nada disso. Considere de novo a parábola. Se “Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo”, então Deus Se acha igualmente preocupado com nossa salvação. Por conseguinte, o que esta história nos apresenta são os dois lados tanto do Pai como do Filho, e provavelmente também do Espírito Santo. Estamos considerando os dois lados do caráter de Deus – Sua justiça e Sua misericórdia. Não vemos Jesus pleiteando com Deus para acalmá-Lo. Deus, nas três Pessoas da família celestial, é que está procurando estabelecer o equilíbrio entre justiça e paz. Justiça é parte inseparável do caráter de Deus – pelo que devemos ser gratos, não é? Mas também a misericórdia constitui parte definida de Seu caráter, e por isso também podemos ser agradecidos.
Jesus deixou claro quando aqui esteve que Ele veio “buscar e salvar o perdido” (S. Lucas 19:10). E em S. João 3:16 e 17, lemos: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele.”
Seja como for, no coração de Deus Sua misericórdia é igual a Sua justiça, por isso vemos a cruz numa colina solitária. No entanto, a misericórdia divina não anula de forma alguma a Sua justiça, pois mediante a cruz vemos a interligação desses dois atributos no lindo plano da salvação. Daí, ano após ano, século após século, continuamos ouvindo: “Deixem em paz os pecadores impenitentes. Deixem-nos ainda este ano. Deixem-nos para que Eu inste um pouco mais com eles, e faça o que puder para salvá-los.” E assim Deus continua procurando repetidamente alcançar-nos com o Seu amor.
Vede o Amor de Deus
João, o discípulo amado, tentando descrever o amor de Deus, viu-se afinal destituído de palavras. Tudo que pôde fazer foi convidar-nos a contemplá-Lo por nós mesmos. “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai.”
Como contemplar o amor de Deus? olhando para Jesus. Contemplamos o amor de Deus, relacionando-nos com Jesus, estudando a vida de Jesus, meditando sobre os ensinos de Jesus. Pois Jesus é Deus. Em S. João 1:1e 2 é-nos dito: “Antes que qualquer outra coisa existisse, lá estava Cristo, com Deus. Ele sempre existiu, e Ele próprio é Deus.” (T.L.B.) uma de minhas aulas, estávamos falando sobre o amor de Deus. Um aluno ergueu a mão e perguntou: “Se Deus amou tanto o mundo, por que Ele mesmo não veio morrer? Por que enviou Seu Filho?”
Outro aluno que obviamente era pai, respondeu: “Se você tem um filho a quem você ama, é muito mais fácil sofrer você mesmo, do que ver seu filho sofrer.”
Hoje sou grato por esse Deus que nos amou tanto que enviou o maior dom de Si mesmo em Seu Filho, a fim de revelar Seu próprio caráter. Sou grato por Jesus que Se prontificou a vir e dar-Se a Si mesmo em resgate por muitos. Constitui boas novas o fato de que o coração de Deus o Pai palpita com o mesmo amor que Jesus, Seu Filho, revelou aqui na Terra. Podemos regozijar-nos hoje pela revelação de Deus através da Natureza, do amor humano e da Palavra de Deus. E também podemos servir-nos da tremenda oportunidade de conhecer Deus mediante o estudo da vida e ensinos de Jesus, nos quais o amor divino é sempre mais claramente compreendido.
Mas, Afinal, Por Que Preciso Conhecer a Deus?
Ninguém despenderá tempo e esforço para entrar em relacionamento e companheirismo com Deus a menos que reconheça sua necessidade. Em S. Mateus 9:12 e 13, o próprio Jesus diz: “Os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes. … pois não vim chamar justos, e, sim, pecadores.” Ninguém agradecerá a Jesus por bater-Ihe a porta do coração, nem abrirá a porta para Ele, sem primeiro compreender sua grande necessidade de companheirismo e comunhão com Ele. Ninguém manterá um relacionamento pessoal com Deus a menos que compreenda sua necessidade desse relacionamento.
Afinal de contas, por que precisamos de Deus? Esta é uma pergunta importante. Podemos considerar a resposta de um ponto de vista secular, com base na lógica e na razão, ao tentarmos responder a esta indagação.
Num verão, anos atrás, frequentei uma faculdade do Estado de São Francisco, Califórnia. Noventa e cinco por cento dos meus colegas acreditavam que tudo na vida se resume no momento presente – viver aqui e agora. Parecia algo muito intelectual acreditar que passamos toda a nossa vida neste planeta, os nossos setenta anos, e então morremos e ficamos mortos por um longo tempo, digamos, para sempre.
Francamente não me impressionei tanto com essa opção de meus colegas! Não se tratava de escolher entre viver para sempre no Céu, ou em Las Vegas. A escolha era entre viver para sempre no Céu ou nenhuma vida. Pois justamente na base da lógica e da razão, a sua chamada crença iluminada não tinha muito a oferecer. Consideremos a questão.
Suponha que você não seja cristão, e que eu, como cristão, me aproxime de você e lhe dê uma chance de estar cinquenta por cento certo: não há nada além da vida presente, e ao morrer, tudo termina. Mas você também me dá a chance de cinqüenta por cento de estar certo: de que o Céu é um lugar real, e Deus uma Pessoa real. Não seria este um jogo lícito? Afinal de contas, embora eu não possa provar a existência de Deus e do Céu através de um tubo de ensaio, você também não pode provar que Ele não existe. Certo? Concordemos então que nenhum de nós pode provar nosso ponto de vista.
Assim começamos na mesma base e nos damos as mãos em sinal de acordo. Darei a você uma chance de cinquenta por cento de que você está certo, e você fará o mesmo comigo.
Digamos que começamos a viver os nossos setenta anos e, ao chegarmos ao final, descobrimos que você tem razão – não existe o além. Ambos morremos e somos sepultados no mesmo cemitério. Eu não perdi nada.
Mas suponhamos que no final de nossos setenta anos, um dia olhamos para o céu e vemos, no oriente, uma pequena nuvem, que vai crescendo, crescendo, e logo o céu inteiro está coberto de seres celestiais. Fica demonstrado que há uma vida além desta. Deus é real, os anjos são reais, o Céu é real. Jesus veio outra vez. E que acontece então se você rejeitou essa posição? Ora, você terá perdido tudo, porque o que é esta vida comparada com a eternidade?
Escolha dos Garotinhos
Certa vez fui convidado a fazer o discurso de paraninfo de uma turma de crianças que se formavam na pré-escola. Que honra para mim! E eles entraram marchando, de becas e barretes de cartolina feitos em casa! Esperava-se, pois, que eu dissesse algo apropriado para eles.
Eu chegara à conclusão de que se não procurasse envolvê-los no discurso, eu jamais seria capaz de captar sua atenção; por isso, apresentei-lhes o seguinte problema para que resolvessem: “Suponhamos que, na minha mão esquerda, tenho uma nota de um milhão de dólares a ser paga quando vocês completarem 21 anos de idade. E na mão direita tenho um dólar, que vocês poderão receber agora mesmo. O que vocês escolheriam?”
Pude ver pipocas, sorvetes e chicletes girando naquelas mentes infantis. Procurei então apelar para eles, baseando-me em seu alto grau de instrução e no fato de que agora estavam-se formando, para que considerassem cuidadosamente esse intricado problema. Temeroso quanto a sua possível decisão, procurei distraí-los tanto quanto possível. Afinal, ao pedir-lhes a resposta, todos eles haviam escolhido a mesma coisa – o dólar! E pude ver pela expressão satisfeita de seus semblantes que eles sabiam que eu ficaria impressionado com o seu ponderado raciocínio!
Terminou esse problema no prezinho? Não, o mundo inteiro acha-se preso no mesmo gancho. Somos chamados a nova geração. Mas até que compreendamos nossa necessidade de algo além do transitório, continuaremos a fazer o mesmo tipo de escolha daqueles graduandos.
Um dia meu pai veio a mim e disse:
– Filho, quero fazer-lhe uma proposta. Quero dar-lhe um milhão de dólares.
Tive que rir. Eu estava demais a par da conta bancária de papai para acreditar naquilo. Ele, porém, persistiu.
– Suponha que sou multimilionário e vou dar-lhe um milhão de dólares. Está interessado?
Naturalmente!
– Com duas condições – papai continuou.
– Primeiro, você deve concordar em gastar todo o milhão de dólares em um ano apenas.
Bem, eu preferiria gozar o máximo dessa fortuna num período de tempo mais longo; mas é melhor ter um milhão por um ano do que não tê-lo.
– A segunda condição é que, no fim do ano, você morra numa câmara de gás.
– O que o senhor disse?
– Ao terminar o ano você deve morrer. Não há outra alternativa. Você não poderá usar esse dinheiro para esconder-se nalguma ilha tropical. Com toda certeza você morrerá ao findar-se o ano. Ainda está interessado?
– De forma alguma – respondi.
– Por que não?
Porque eu passaria o ano inteiro pensando na câmara de gás, e isso estragaria todo o prazer de um ano.
Desde então tenho feito essa proposta a muita gente, e a resposta é sempre a mesma. Não vale a pena trocar um ano, mesmo que seja fantástico, por uma vida inteira.
Moral da História
A seguir meu pai veio com um engenhoso desafio, desses que um pregador faz a seu filhinho!
– Imagine agora que sou o diabo e lhe faço uma proposta semelhante: “Você tem setenta anos para fazer exatamente o que lhe agradar. Nada de regras e regulamentos. Você pode fazer o que quiser e ir aonde quiser. Nada de inibições, proibições, nem moralidade. Divirta-se. Viva a sua vida. Mas no final dos setenta anos você acabará num lago de fogo comigo.”
– Você está interessado? – papai indagou.
Milhares de pessoas aceitaram esta oferta, pensando ter feito uma sábia escolha.
A maioria de nós está disposta a aceitar que seria estultícia escolher um ano, quando setenta estão à nossa disposição. Mas que dizer de preferir os setenta, quando podemos ter uma eternidade? Mesmo baseados na lógica e na razão, é tolice rejeitar a oferta da vida eterna que Deus nos faz. Milhares preferem os prazeres transitórios e perdem a eternidade.
O Escorpião e a Rã
Um escorpião queria atravessar o rio, mas não podia nadar. Pediu então a uma rã que o carregasse.
A rã não quis. “Sei o que você fará. Vai picar-me e eu afundarei e me afogarei.”
– Não vou fazer isso – o escorpião insistiu.
– Se o fizer, me afogarei juntamente com você.
A rã foi convencida e ambos começaram a atravessar o rio. Na metade da travessia, o escorpião ferroou a rã. Ao afundarem, a rã perguntou amargurada:
– Por que você fez isto? Agora ambos vamos morrer.
Então o escorpião respondeu:
– Sinto muito, mas não posso agir de outro modo, pois esta é a minha natureza.
A Natureza do Homem
Devido a sua natureza, as pessoas continuam a fazer a estulta escolha de rejeitar a eternidade em favor da vida presente. Mesmo muita gente ilustre termina recusando a vida que Deus lhes oferece, e escolhendo a vida que levam. Semelhante ao escorpião, somos escravos de nossa natureza. Nascidos neste mundo de pecado, somos pecadores por natureza. E a menos que o miraculoso poder de Deus interfira, nenhuma lógica ou razão nos levará a aceitar a eternidade que Deus nos oferece.
Sabemos que, desde Adão, a morte vem a toda a humanidade. “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. Romanos 5:12. A morte é o salário do pecado (Cap. 6:23). Mas os bebês morrem antes mesmo de ter oportunidade para “pecar”. Por conseguinte, sabemos que, desde Adão, todos são pecadores, mesmo que não tenham pecado. Poderíamos citar muitos textos das Escrituras neste sentido, mas é necessário? A morte fala por si mesma.
Há ainda uma prova bíblica notável de que nascemos pecadores. É o fato de que ninguém verá o reino de Deus se não nascer de novo (S. João 3:3). Se isto é verdade, então deve haver algo errado com o nosso primeiro nascimento. Que é então? Voltemo-nos para Agostinho, o fundador da clássica doutrina do pecado original. Tem havido muita discussão a este respeito. Basicamente, ele ensinava que nascemos pecadores e somos responsáveis pelo pecado desde o nascimento. Isso significa que sua doutrina deve ter rotulado a doutrina da culpa original.
Você pode não aceitar bem a doutrina de Agostinho quanto à culpa original, mas a do pecado original é legitimamente bíblica. Esta se encontra na histórica Confissão de Augsburg, que afirma termos nascido separados de Deus. E esta é a realidade. No entanto, embora nasçamos separados de Deus, não somos considerados responsáveis por isso. Por conseguinte, não é necessário proceder-se a um ritual para ou pelo bebê para que ele seja salvo, visto que ele não é responsável pelo seu nascimento neste mundo de pecado. Ninguém é responsabilizado por isso até que tenha a oportunidade de compreender inteligentemente o problema, ver sua própria condição e o que pode ser feito para corrigi-la. Então aí começa a sua responsabilidade.
Este é o conceito bíblico de pecado original, e sou grato por isso. Os capítulos 9 e 15 de S. João, S. Tiago 5 e os primeiros capítulos de Romanos nos falam a esse respeito. Deus jamais nos responsabilizou por termos nascido num mundo pecaminoso. E isto é realmente uma boa nova!
Mas o Nosso Coração é Mau e Não Podemos Mudá-lo
Ao falarmos de pecado original, não queremos dizer que o pecado passa de uma pessoa para outra através dos genes e cromossomos. Não há evidência suficiente para crermos nisso. Não, os seres humanos nascem separados de Deus, e, como resultado prático, o homem nasce egocêntrico, e nisto está a raiz de todos os pecados subsequentes (Rom. 8:7). Nascemos desesperadamente egocêntricos. Embora para muitos seja difícil imaginar um bebê recém-nascido já pecador, poucos devem ter dificuldade em compreender que o recém-nascido é egocêntrico.
Deparamos assim com uma definição dupla para pecado – pecado, no singular; e pecados, no plural. Pecado, singular, significa uma vida separada de Deus. E pecados, plural, são os erros que cometemos em resultado de vivermos separados de Deus.
Pecado, no singular, consiste em vivermos distantes de Deus, não importa quão bons possamos ser. Há muita gente boa, de excelente moral, que vive longe de Deus. Vive, porém, em pecado. Praticando ou não coisas erradas, vive em pecado. Sua vida é de pecado. Você pode aceitar isto? Em Romanos 14:23 lemos: “Tudo o que não provém de fé é pecado. “O que quer que seja que eu faça, se não é feito através de um relacionamento de fé com Jesus, é pecado – mesmo que seja cortar a grama para uma viúva. Porque se sou egocêntrico em resultado de viver separado de Deus, então eu posso cortar a grama simplesmente por motivos egoísticos. É possível fazer todas as coisas certas por razões erradas.
Que motivos egoísticos podem levar-me a cortar a grama para uma viúva? Bem, talvez eu logo vá sair de férias e espere que ela cuide de meu cachorro enquanto eu estiver ausente. Talvez eu espere que meus vizinhos me dêem melhor conceito por cortar a grama para a viúva, ou talvez tenha cometido um horrível pecado e queira penitenciar-me por isso. Pode ser que a viúva esteja às portas da morte, e eu tenha esperança de que se lembre de mim no seu testamento. Pode haver toda espécie de motivos para eu cortar a grama da viúva, alguns dos quais eu seja incapaz de identificar. Mas o fato é que se alguém que vive afastado de Deus pratica boas ações, ele o faz por motivos errados, egocêntricos.
É a condição pecaminosa do homem que redunda em atos pecaminosos, sejam estes considerados certos ou errados. O homem peca porque é pecador. Ele não é pecador porque peca. Considere novamente que a principal questão do pecado é a separação de Deus. Você não tem de pecar para ser pecador; basta você nascer!
Um dia, enquanto tratávamos desse assunto na sala de aula, um aluno lá de trás figuradamente alçou a sua calculadora de bolso e disse: “Espere um minuto! O senhor diz que Jesus = Justiça, por Si mesmo. Então o Senhor afirma que a Humanidade + Jesus = Justiça. Se é verdade, a Humanidade = Zero!”
Se tivéssemos de colocar tudo isso numa equação, poderíamos dizer que Humanidade = Pecado : Justiça = Jesus. Jesus foi o único ser sem pecado que nasceu peste mundo, pois não nasceu separado de Deus. E o único que nasceu justo. Dessa analogia fica claro que, tanto quanto se refere à humanidade, a equação é a seguinte: Humanidade + Jesus = Justiça. O ser humano sem Jesus é ainda pecador. O problema real quanto ao pecado e à justiça consiste em ter ou não Jesus em nossa vida.
E ele parecia tão preocupado como se eu tivesse feito uma injustiça à raça humana! Que queremos dizer quando afirmamos que a Humanidade = Zero?
Desvalidos, Porém Não Desvalorizados
Tanto quanto se refere à justiça, o ser humano é igual a zero. Que diz a Bíblia? “Todas as nossas justiças são como trapo de imundícia.” Isaías 64:6. Mas no que concerne a valor, isto não significa que o homem não valha nada. Há tremenda diferença entre ser impotente para produzir justiça, e ser desvalorizado. Nosso valor foi provado ao vir Jesus a este pequenino mundo, simples nódoa no Universo, a fim de redimir do pecado a humanidade. Isso nos mostra o imenso valor da alma humana.
Certa vez ouvi dizer que se tivéssemos uma balança gigantesca, e em um dos pratos colocássemos o mundo inteiro, que pesa seis sextilhões de toneladas; e no outro prato puséssemos um bebê, o pêndulo da balança penderia para o lado do bebê. Tal é o valor de uma alma. Sendo assim, não devemos andar pela vida de cabeça baixa; podemos andar eretos pelo valor que Jesus Cristo nos dá. Todavia ainda somos impotentes para produzir justiça. Percebeu você a diferença entre ser desvalido e ser desvalorizado?
Nenhum Interesse nas Coisas Espirituais
Não somente somos incapazes de produzir justiça separados de Cristo, mas ainda temos um problema muito maior, resultante de nossa separação de Deus, ou seja, não temos interesse nas coisas espirituais. Não temos prazer na comunhão com Deus, pois é realmente insípida para nós. Uma das maiores evidências de que alguém não nasceu de novo – ainda vive afastado de Deus – é sua falta de interesse nas coisas espirituais.
Um amigo meu certa vez pregou um sermão acerca do homem que entrou no Céu por engano. Um dos ouvintes, que chegara atrasado, não ouviu o sermão desde o início. Essa pessoa depois saiu dizendo que o pregador dissera ser possível alguém acabar entrando no Céu por engano. Bem, não foi isto que o pregador quis dizer. Ele apenas procurou mostrar o que seria para o pecador, que não nascera de novo, que não tivera gozo na santidade, nenhuma alegria na comunhão com Deus, nenhum prazer em servir desinteressadamente a outros, sim, o que seria para esse pecador achar-se no Céu. Quão infeliz se sentiria!
Você já considerou uma evidência do amor de Deus o fato de que Ele não permitirá que vão para o Céu aqueles que recusarem a salvação? O Céu seria um lugar de tortura para eles. É somente após o novo nascimento que uma pessoa encontra gozo nas coisas espirituais.
A Humanidade Necessita de um Salvador
Se o problema real do pecado consiste numa vida separada de Deus, então que aspecto deveríamos focalizar antes de tudo? Devemos dedicar nosso esforço e atenção às coisas boas ou más que praticamos, ou devemos considerar em primeiro lugar nosso relacionamento com o Salvador, o Senhor Jesus Cristo?
Se todos neste mundo, exceto Jesus, nascem pecadores (Rom. 3:23), então todos necessitam de um Salvador para serem salvos (Atos 4:12). O evangelho é a boa nova de Jesus (Romanos 1:16). Jesus, nosso Salvador, proveu-nos salvação na cruz, pela qual o poder do pecado é anulado. Ao aceitar o pecador tão grande salvação, ele passa pelo novo nascimento, e então se realiza o mais importante negócio do mundo.
Suponhamos que eu quisesse negociar minha caneta esferográfica, trocando-a por um carro último tipo. Se alguém que tivesse tal carro quisesse negociar comigo, de duas uma: ele seria estulto ou deveras me amaria muito. Seria aquele negócio, não é?
Em II Coríntios 5:21, a Bíblia relata o mais importante negócio já realizado. “Àquele [Deus] que não conheceu pecado, Ele O fez [Jesus] pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus.” Poderíamos mudar um pouquinho as palavras: Porque Deus quis que Jesus, que não conheceu pecado, Se tornasse pecado para que nós, que não conhecemos a justiça, pudéssemos ser feitos nEle justiça de Deus.
Você gostaria que Jesus, de braços abertos e olhos plenos de amor, lhe propusesse hoje negociar toda a justiça dEle em troca de todos os seus pecados? Você estaria interessado? Na verdade, é justamente isto que Ele quer fazer. E ainda, nessa transação espetacular, poderá parecer a princípio que alguém ficará com prejuízo. Seria como trocar um carro de luxo por uma esferográfica, exceto que não existe esferográfica! Tudo que temos de trocar por Sua justiça são trapos de imundícia como Isaías chama toda a nossa justiça (Isaías 64:6). Você chegará a uma única conclusão – ou Aquele que propõe esse negócio é muito tolo, ou Ele realmente nos deve amar muito.
Não Importa o Que Você Faz, Mas Sim o Que Você é
Em Efésios 2:8 e 9, encontramos estas significativas palavras: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus, não de obras, para que ninguém se glorie.” E Paulo repete isso em Romanos 3:20: ”Ninguém será justificado diante dEle por obras da lei. ” Em outras palavras, a salvação baseia-se não naquilo que você faz, mas no que você conhece. E ninguém realmente vê a necessidade de conhecer a Deus – portanto, não vê a necessidade de dedicar tempo suficiente para esse propósito – até compreender que a salvação se baseia no relacionamento, e não na conduta.
Se você espera ser salvo, mas não sente a necessidade de conhecer a Deus, e não considera importante o tempo que dedica a Ele, então você ainda acredita que a salvação se baseia na sua conduta. Não importa o que uma pessoa diga acerca de sua crença, se está convencida de que salvação e cristianismo são fundamentados num relacionamento com Cristo, então esse relacionamento terá a máxima prioridade. Todo aquele que não busca a salvação através de um companheirismo com Deus, de um conhecimento pessoal, é legalista, procurando alcançar o Céu através de suas próprias obras.
Conhecer a Deus – Eis o Fundamento
Quando chegamos a compreender que somos pecaminosos por natureza e que esta é a causa básica do pecado, então podemos entender melhor a necessidade de conhecer a Deus. A justiça não existe por si mesma. Ela vem somente com Jesus. Ao aceitá-Lo como meu Salvador, meu Senhor e meu amigo, passo a possuir toda a justiça, porque Sua justiça vem com Ele.
Há, porém, outra razão por que conhecer a Deus é importante. É importante por causa de Deus. Considere todo o sofrimento e tristeza que, através dos séculos, tem invadido o coração de Deus, porque os pecadores estão determinados a seguir seus próprios caminhos.
Quando você ama realmente alguém, o que você mais deseja é que esse alguém também ame você. Verdadeiramente, Deus é amor, e deve amar-nos muitíssimo a ponto de querer trocar toda a nossa pecaminosidade por toda a Sua justiça. Para nós, esta é uma proposta fantástica – mas para Ele? Não ficará logrado nesse mais estupendo de todos os negócios? Em resposta, desejo recordar uma antiga história, que vem ao ponto. É a história do Velho Joe.
O Velho Joe era um escravo que vivia perto da foz do rio Mississippi. Um dia ele se achava num lote de escravos a serem vendidos no mercado, no mesmo lugar onde, mais tarde, Abraão Lincoln, contemplando as lágrimas e os corações despedaçados, disse: “Se algum dia eu tiver a oportunidade de acabar com isso, eu o farei!” Lá se encontrava Joe, doente e cansado de separações, e lágrimas e despedidas. Ele fizera firme propósito de que nunca mais trabalharia. Mas lá se achava, no bloco para ser leiloado. Os leiloeiros começaram a gritar seus lances, e Joe começou a murmurar e depois em voz cada vez mais alta: “Não farei nada. Não farei nada.”
Sua voz foi ouvida. Um a um, terminaram os lances. Um homem, porém, ainda ofereceu boa soma de dinheiro por aquele escravo determinado a não trabalhar mais.
O novo senhor tomou Joe em sua carruagem e rumou para a roça. Afinal desceram por um caminho à margem de um lago. Lá, à beira do lago, estava uma cabana enfeitada com cortinas e flores à entrada. Joe jamais vira algo semelhante.
– É aqui que vou morar? – Joe perguntou.
– Sim.
– Mas não vou trabalhar.
– Joe, você não terá de trabalhar. Comprei-o para você ser livre.
(A melhor parte da história virá ainda.) Joe caiu aos pés de seu benfeitor, dizendo: “Senhor, serei seu servo para sempre.”
Veja um grupo de pecadores. Eles têm sido escravos do pecado, da dor e da morte. E dizem: “Não faremos nada – não podemos!” Você já tentou isso? Já tentou produzir obras de justiça? E impossível. Você não pode.
Mas Jesus diz: “Você nada tem de fazer; Eu o comprei para deixá-lo livre, e quero viver minha vida em você.”
Compreendo que Jesus tem algumas mansões à beira de um lago semelhante a um mar de vidro. Há caminhos pavimentados de pedras, e cortinas, e flores que jamais murcharão. Ele nos oferece tudo isso porque nos ama. Assim é Ele. Ao entendermos esse intercâmbio e aceitá-Lo de todo o coração, serviremos a Deus com alegria e para sempre.
Morris Venden
Sejam bem vindos!
Melhor visualização no Google Chrome e Firefox!
No Internet Explorer poderá ocorrer a não visualização de comentários postados ou poderá ocorrer a visualização de comentários sobrepostos aos posts recomendados: "Poderá também gostar de:".
Boa leitura a todos!
Este livro é maravilhoso. Sempre o tenho em minha cabeceira. Estou sempre abrindo, lendo… relendo. Conhecer a Deus é tudo na vida de um cristão. Penso que este será o nosso aprendizado eterno. Amei o desafio do autor ao nos propor 5 dias. Tornou a eternidade mais próxima. Gosto da linguagem clara, simples e prática que utiliza. Sai do terreno do filosófico do que seja conhecer Deus para o do diálogo consigo mesmo. Sou constantemente levada a conversar comigo mesma à medida que folheio as páginas dessa obra.
Chamou-me a atenção a importância da necessidade do preparar-nos espiritualmente. Mostra a diferença entre os verdadeiros cristãos e os nominais e reforça a chamada à vigilância e o preparo antes da vinda do Senhor Jesus.
Outro ponto é a intenção do autor de nos fazer enxergar o que seja a essência do cristianismo. Cristianismo é apresentado como um estilo de vida e não uma religião a mais.
O centro deste capítulo é a apresentação de Quem seja Deus e a importância de compreender o caráter de Deus como justo e amoroso. Amoroso porque é justo e justo porque é amoroso.
Se eu tivesse que sintetizar esse capítulo seria com essas citações:
“O alvo de Deus para cada um de nós é que nos relacionemos pessoalmente com Ele. Almeja tornar-Se nosso Amigo. E hoje nos diz: "Com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atrai." Jeremias 31:3.”
“Ele está à espera de nossa resposta ao Seu amor, de nosso companheirismo com Ele. Para fazer isto, porém, devemos saber por nós mesmos como Ele realmente é.”
“… Por Que Preciso Conhecer a Deus?
Ninguém despenderá tempo e esforço para entrar em relacionamento e companheirismo com Deus a menos que reconheça sua necessidade. Em S. Mateus 9:12 e 13, o próprio Jesus diz: "Os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes. … pois não vim chamar justos, e, sim, pecadores." Ninguém agradecerá a Jesus por bater-Ihe a porta do coração, nem abrirá a porta para Ele, sem primeiro compreender sua grande necessidade de companheirismo e comunhão com Ele. Ninguém manterá um relacionamento pessoal com Deus a menos que compreenda sua necessidade desse relacionamento.”
Outro ponto que amei foi a abordagem que Morris Venden faz da Natureza pecaminosa do Homem em contraste com a infinita graça e misericórdia de Deus.
Interessante… como é clara a questão do papel que tem as nossas obras e a intercessão de Cristo através da Sua graça, perdão e misericórdia na nossa salvação.
A um grupo que se arvora e se proclama cristão é dito: Apartai-vos de Mim, não vos conheço. Decididamente não quero fazer parte desse grupo. Preciso viver em conseqüência dessa posição!
É impossível ler este livro e ficar inerte… eu me senti mais valorizada, amada… objeto especial do amor de Deus.
12 de novembro de 2010 08:22
Atenção!!!
Liberamos esta página para comentários após eliminarmos a página isolada dos comentários e tomamos a liberdade de deslocar os comentários que estavam lá para cá.
Nosso leitor Pedro havia comentado lá:
Pedro disse…
.
.
“ (…) eu me senti mais valorizada, amada… objeto especial do amor de Deus.”
Mas, em Deus, nada mudou. Você só descobriu e desenvolveu novos meios para melhor conhecê-Lo, e então percebeu o que “gritava” aos seus olhos.
CONHECER A DEUS É TUDO.
.
.
13 de novembro de 2010 11:44
O leitor Pedro postou este comentário referente ao Primeiro Dia juntamente com o seu comentário do Segundo Dia. Achei interessante trazê-lo para cá também.
Pedro disse…
.
.
Rapidinhas sobre o primeiro dia:
– “(…) Por conseguinte, não é necessário proceder-se a um ritual para ou pelo bebê para que ele seja salvo, visto que ele não é responsável pelo seu nascimento neste mundo de pecado. Ninguém é responsabilizado por isso até que tenha a oportunidade de compreender inteligentemente o problema, ver sua própria condição e o que pode ser feito para corrigi-la. Então aí começa a sua responsabilidade.”
Nos meus modestos comentários sempre enfatizo que CONHECER A DEUS É TUDO.
O conhecimento do Divino é o passaporte para o entendimento libertador. Insisto que todo erro é fruto da falta de conhecimento, é ignorância.
Segundo pude entender, o meu entendimento é plenamente confirmado pelo texto acima!
– “Como Deus É Revelado
Uma das maneiras de relacionar-nos com Deus é procurá-Lo revelado na Natureza.
É muito importante a revelação que a Natureza nos dá de Deus.”
A fé não é cega, é uma convicção fundamentada na análise do que se ouve, ler, ver e sente.
Entendo que a minha fé é o resultado do que sinto diante das convicções a que chego analisando o que ouço, o que leio e principalmente o que vejo.
Gostei, valeu!"