Nas cenas da revelação, João contempla uma abrupta transição quando a figura de um dragão furioso é substituída por uma visão de pureza e calma. No capítulo anterior, vimos o poder perseguidor com suas características bem distintas. Agora, vemos os que são perseguidos, e as características distintas dos verdadeiros adoradores de Deus.
Verso 1 – “Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai.”
Os 144. mil: Este é o mesmo grupo claramente identificado em Apocalipse 7:2-8. Eles têm o nome do Pai escrito em suas frontes, o qual está no selo descrito no capítulo 7.
O monte Sião: O monte Sião é citado tanto no Antigo quanto no Novo Testamento como o trono peculiar de Deus, e, aos olhos de Israel, famoso pela beleza do orvalho matinal (Salmo 133:3). É em Sião que Deus habita (Salmo 9:11). E do monte Sião, por Ele amado (Salmo 78:68), que vem a salvação (Salmo 14:7). É sobre o “monte santo de Sião” que Deus declarou o filho como Rei quando disse: “Tu és Meu Filho, Eu, hoje, Te gerei” (Salmo 2:6 e 7). E para Sião que “os resgatados do Senhor voltarão e virão. … com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua cabeça” (Isaías 35:10). E a Jerusalém celestial com sua incontável hoste de anjos (Hebreus 12:22-24).
Verso 2 –“Ouvi uma voz do céu como voz de muitas águas, como voz de grande trovão; também a voz que ouvi era como de harpistas quando tangem a sua harpa.
Verso 3 – “Entoavam novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres viventes e dos anciãos. E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da Terra.”
O novo cântico: Este cântico é chamado de cântico de Moisés e cântico do Cordeiro (Apocalipse 15:3). O cântico de Moisés em Êxodo 15 é um cântico de livramento. O cântico dos 144 mil é um cântico de livramento. Ninguém mais pode juntar-se a eles, pois nenhum outro grupo de pessoas haverá passado por experiência como a deles. Este cântico não pôde ser cantado até que o Cordeiro foi morto. Os anjos não puderam unir suas vozes neste cântico dos remidos, pois Cristo não morreu pelos pecados deles.
Verso 4 – “São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro;
Não se macularam com mulheres: Aquelas mulheres promíscuas de quem eles se afastaram são descritas em Apocalipse 17:18: “A mulher que viste é a grande cidade que domina sobre os reis da Terra.”
A grande cidade que reinou sobre os reis da Terra no tempo de João foi Roma. Esta cidade deu o seu nome para a igreja que é representada pela mulher, e esta igreja trocou os ensinamentos e os mandamentos de Deus por doutrinas e mandamentos de homens.
João está falando de fornicação espiritual. Esta é uma figura de linguagem comum na Bíblia. Muitas vezes é dito que os homens iam se prostituir após os seus ídolos. O povo de Deus tem evitado tanto a idolatria espiritual como a idolatria declarada e exterior. Eles entregaram-se ao Senhor Jesus Cristo tal como uma virgem entrega-se a seu marido (II Coríntios 11:2). Renunciaram à infidelidade a Deus e à verdade divina – infidelidade que o Antigo Testamento tantas vezes menciona como fornicação ou adultério espiritual.
Seguidores do Cordeiro: Não há nada na vida do Redentor em que eles não tomem parte, seja no Céu, seja na Terra. Eles O seguem em Sua humilhação, Seus labores, sofrimentos, morte, ressurreição e ascensão. Eles O seguem na prosperidade e na adversidade, na alegria e na tristeza, na perseguição e no triunfo.
Ser cristão significa viver como Jesus viveu. Jesus disse: “Segue- Me.” São os redimidos da Terra. Eles seguem a Cristo sem medo da morte, e são transformados por ocasião da volta de Cristo (I Tessalonicenses 4:16 e 17; I Coríntios 15:51-53).
Pois o Cordeiro que Se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima (Apocalipse 7:17).
Os redimidos dentre os homens: Eles foram cativos de outros homens uma vez, mas Deus, em Sua misericórdia, os libertou.
Verso 5 – “e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula.”
Não se achou mentira na sua boca: Eles rejeitaram toda a falsidade, aceitaram e proclamaram a verdade de Deus. As palavras, atos e pensamentos deles são puros. Não há pecaminosidade que macule suas ações, mas até mesmo seus pensamentos estão em perfeita harmonia com a vontade dAquele que se assenta no trono. Suas características são: obediência, pureza, separação e veracidade.
Verso 6 – “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo.”
O evangelho eterno: A palavra inglesa gospel (evangelho) vem do inglês arcaico godspel, que quer dizer “boas-novas”. No Novo Testa- mento, é usada a palavra evangelion da qual vêm “evangelho” e “evangelista”. Um evangelista passa a sua vida pregando as boas-novas.
O evangelho eterno nunca muda. Existe apenas um evangelho (Romanos 1:16 e 17; Gálatas 1:8). Ele foi anunciado primeiro no Éden (Gênesis 3:15), depois para os filhos de Israel (Hebreus 4:1 e 2), e é proclamado de novo a cada geração. O evangelho vai ao encontro de cada necessidade, de cada crise na história do mundo.
Cada nação, tribo, língua e povo: Não é um ramo que brotou de alguma denominação, mas um movimento poderoso, invencível e mundial, que começou pequenino e envolveu a Terra – um movimento organizado para a obra final de Deus pela humanidade caída.
Verso 7 – “dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas,
Temei a Deus: Não temam aos homens, mas temam a Deus. Não deem glória a si mesmos ou a outros homens, mas deem glória a Deus.”
Não adorem ídolos, dinheiro, prazer ou as ciências humanas, mas adorem o grande Criador que, por Seu imenso poder e palavra, fez todas as coisas.
“Pelo temor do Senhor os homens evitam o mal” (Provérbios 16:6). Deus chama o Seu povo do pecado para a justiça, da transgressão da Sua lei para a obediência. O que significa temer a Deus?
De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem (Eclesiastes 12:13).
Dai glória a Deus: Como damos glória a Deus? Confessando nossos pecados (Josué 7:19). Agradecendo-Lhe Suas bênçãos (Lucas 17:12-17). Guardando os mandamentos de Deus (Apocalipse 14:12; II Tessalonicenses 1:10).
E chegada a hora do Seu juízo: Por causa de um estudo superficial da Palavra de Deus, muitos cristãos têm limitado o julgamento à segunda vinda de Cristo. A Bíblia apresenta quatro fases do julgamento final:
1. O julgamento antes da segunda vinda: o Filho do Homem dirige-se ao Ancião de Dias (Daniel 7:9-14, 26, 27), purifica o santuário (Daniel 8:14) e abre os livros (Daniel 9:10) para revelar quem está qualificado para constar no livro da vida.
2. O julgamento na segunda vinda: O Filho do Homem, sentado em grande glória, separa as ovelhas dos cabritos (Mateus 25:31-46).
3. O julgamento durante o milênio: Durante mil anos, os santos sentarão em seus tronos com sua tarefa de examinar os registros dos que se perderam e dos anjos caídos (Apocalipse 20:4; I Coríntios 6:2 e 3).
4. O julgamento no fim do milênio: Ao terminarem os mil anos, a sentença é executada, e os que se perderam e a própria morte são lançados no lago de fogo (Apocalipse 20:12-15).
Foi por identificarem o julgamento exclusivamente com a segunda vinda que os cristãos presumiram que o fim dos 2.300 dias revelava a data desse evento. Eles estavam equivocados acerca da segunda vinda, mas corretos acerca do julgamento.
Um tempo marcado para o julgamento: Em seu sermão em Atenas, Paulo disse que Deus “estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos” (Atos 17:31). Havia um tempo definido para o julgamento.
Este capítulo apresenta quatro eventos em ordem:
A declaração de que chegou a hora do juízo.
O clamor de que Babilônia caiu.
O aviso contra a adoração da besta e da sua imagem.
A vinda do Senhor para ceifar a terra.
Em I Coríntios 15:42-54 é mostrado que os justos ressuscitarão incorruptíveis e glorificados. Apocalipse 20:4-6 diz que os bem-aventurados e santos têm parte na primeira ressurreição. Isso mostra que, na ressurreição, já foi tomada uma decisão a respeito dos justos de Deus.
Tal fato é vigorosamente confirmado em Apocalipse 22:11 e 12, quando o Salvador proclama Sua sentença final. Para o justo, o julgamento está plenamente completo antes que o Senhor venha.
Adorai o Criador: Este apelo para uma reforma na adoração a Deus está baseado nos termos do quarto mandamento. Ele cita as mesmas palavras do mandamento. E um apelo para adorar o Deus que fez “os céus, a Terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso abençoou o dia de sábado e o santificou” (Êxodo 20:11).
Uma vez que o registro bíblico da criação está sendo negado por tantos, e uma vez que o sábado de Deus, um sinal do Seu poder criador, foi posto de lado pela humanidade em geral, é vital que todas as pessoas, em todas as partes, sejam chamadas para adorar o verdadeiro Deus e, assim fazendo, aceitem o sinal do Seu poder criador, que é o sábado do quarto mandamento.
A primeira mensagem angélica:
Atinge cada nação, raça, língua e povo.
Chama o homem para adorar a Deus.
Chama o homem para glorificar a Deus.
Anuncia a hora do juízo divino.
Chama o povo para adorar o Criador.
Verso 8 – “Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição.
A Babilônia mística: A palavra Babilônia, ou Babel, quer dizer confusão. Ela teve sua origem com a cidade e a torre que o povo tentou construir na terra de Sinar, depois do dilúvio. Foi lá que as línguas do mundo foram confundidas. E um símbolo adequado para as igrejas populares e seculares, com suas centenas de diferentes seitas e doutrinas contraditórias.
1. Mãe das meretrizes: Apocalipse 12 fala sobre a mãe verdadeira, a igreja pura. Babilônia também é uma mãe; ela é chamada a mãe das meretrizes. Para ser a mãe das meretrizes, ela deve ter filhas que são meretrizes.
No credo do papa Pio IV, lemos:
“Reconheço a Santa Igreja Católica Apostólica Romana como mãe e soberana de todas as igrejas” (Joseph Faa Di Bruno, Catholic Bdief! pág. 253).
2. Um poder perseguidor: Ela estava “embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus” (Apocalipse 12:6). Trata-se do mesmo poder do pequeno chifre de Daniel 7:25 e Apocalipse 13.
3. Doutrinas da antiga Babilônia: A religião da igreja de Roma é um reavivamento da religião da antiga Babilônia. Uma comparação cuidadosa do ritual da antiga e da moderna Babilônia mostra que uma é cópia da outra, e é fácil estabelecer a conexão histórica através do paganismo da Roma política.
Ela reclama um sacerdócio com poderes e privilégios excepcionais, exatamente como fazia a antiga Babilônia.
Através do dogma da imaculada conceição da Virgem Maria, ela nega que Deus, em Cristo, tenha habitado na mesma carne que o ser humano caído, exatamente como fazia a antiga Babilônia (Daniel 2:11).
Ela reclama jurisdição espiritual universal e exige submissão sob pena de sofrer dores e castigos, exatamente como fazia a antiga Babilônia (Daniel 3).
Ela repudia a verdade básica evangélica da justificação pela fé, e jacta-se de suas obras, exatamente como fazia a antiga Babilônia.
4. Todas as nações embebedam-se com o seu vinho: A Babilônia mística tem um cálice de ouro na mão (Apocalipse 17:4). A antiga Babilônia foi comparada a um copo de ouro (Jeremias 51:7).
Em 1825, por ocasião do jubileu, o papa Leão XII cunhou uma medalha onde, de um lado, estava a sua própria imagem e, do outro, a imagem da igreja de Roma simbolizada por uma mulher segurando uma cruz em sua mão esquerda e um cálice na direita. Uma inscrição em volta dela dizia: “Sedet super universum” (o Universo inteiro é o seu trono) (Alexander Hislop, The Two Babylons, pág. 6.).
Multidões têm bebido o vinho de suas falsas doutrinas. Quando as professas igrejas protestantes repudiaram o princípio fundamental do protestantismo, colocando de lado a autoridade da Bíblia e aceitando a tradição, a especulação e as leis feitas por homens, elas adotaram os princípios da Babilônia moderna, e podem ser consideradas como filhas de Babilônia, escolhendo deliberadamente beber do seu cálice.
A posição católica romana com respeito à Bíblia não é compatível com os princípios de a Bíblia somente (Sola Scriptura) da Reforma protestante. A igreja diz:
“Embora estas duas vertentes (a Bíblia e a tradição), no que tange à sua origem divina, sejam igualmente sagradas, e ambas plenas de verdades reveladas, mesmo assim, das duas, a tradição ê mais clara e segura (Joseph Faa D i Bruno, Catholic Belief, pág. 45).
Isso contradiz a Bíblia, que nos alerta contra a tradição.
O mundo vai maravilhar-se com ela: O mundo fica extasiado e maravilhado com o surpreendente reavivamento do seu poder. Isso tem sido especialmente verdade desde que a independente soberania da Cidade do Vaticano foi reconhecida pela Itália, em 1929. O papa disse:
“Este momento tão importante, tão histórico que se coloca entre o passado e o futuro, fecha o passado e abre o futuro (Codress, 2 7 de junho de 1929).”
Verso 9 – “Seguiu-se a este outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão.”
Verso 10 – “também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro.”
Verso 11– “A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome.”
O aviso do terceiro anjo é dado em alta voz, e há quatro coisas que devem ser consideradas:
1. Ele alerta contra a adoração da besta. O primeiro anjo convida para adorar “aquele que fez o céu e a Terra”. O terceiro anjo alerta contra a adoração da besta. Deve haver, e há, uma diferença essencial. Se aceitamos os ensinos e mandamentos da besta em vez da Palavra e da Lei de Deus, estamos adorando a besta.
2. Ele alerta contra a adoração da imagem da besta. Se cedemos à pressão do protestantismo apostatado ao este dar a mão ao poder civil para impor a marca da besta, não podemos ser considerados como verdadeiros adoradores do Criador.
3. Ele alerta contra receber o sinal da besta. Nas derradeiras horas da crise, a marca papal da guarda do domingo será imposta pela lei civil. O alerta de Deus é proferido contra essa marca. Ao Deus chamar as pessoas para adorar o Criador, a questão do sábado-domingo será claramente delineada.
4. Ele alerta acerca da ira de Deus sobre aqueles que não ouvirem o Seu aviso. Todos temos que escolher entre a ira do homem e a ira de Deus. É entre a obediência ao homem e a obediência a Deus que a decisão precisa ser feita.
O sinal: No capítulo 7, estabelecemos que o selo ou a marca de Deus é o quarto mandamento.
“A observância do domingo pelos protestantes é uma honra prestada, a despeito deles mesmos, a autoridade da Igreja Católica” (Monsignor Lu is Segur, Plain Talk About the Protestantism o f Today, pág. 213).
A Bíblia diz “Lembra-te do dia de sábado para o santificar.” A igreja católica diz: “Não! Pelo meu poder divino, eu revogo o dia de sábado e ordeno que santifiquem o primeiro dia da semana.” E aí está! Todo o mundo civilizado curva-se em reverente obediência à ordem da santa igreja Católica!” (T. Enright, um sacerdote católico romano, em carta de 11 de janeiro de 1892, publicada no Amercian Sentinel).
Verso 11 – A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome.
A palavra aion aqui traduzida como “pelos séculos dos séculos”, é assim definida por G. Abbott-Smith, no Manual Greek Lexicon of the New Testament [Manual Léxico Grego do Novo Testamento]: “Um espaço de tempo como uma vida inteira, geração, período da História, e período indefinidamente longo.”
Verso 12 – Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.
Fé em Jesus:
1. A fé em Jesus levará à aceitação sincera das coisas que Jesus ensinou. Professar crer em Jesus e rejeitar os Seus ensinos é uma triste contradição de ideias.
2. Fé em Jesus implica aceitar a Bíblia inteira como a autoridade inspirada em questões de doutrina e como a norma de conduta cristã. Isso inclui tanto o Antigo como o Novo Testamento, pois o próprio Jesus acreditava que os seus autores foram escritores escolhidos por Deus.
3. A fé em Jesus levará ao estudo sério das profecias de Daniel e Apocalipse. O povo remanescente de Deus, ao contrário da maioria dos professos cristãos de hoje, não negligenciará nem menosprezará a Bíblia, como se tratasse de um livro selado, que não pode ser entendido. O anjo disse para João de maneira específica: “Não seles as palavras da profecia deste livro” (Apocalipse 22:10).
4. A fé em Jesus leva à confiança em Sua promessa de voltar à Terra uma segunda vez, de maneira pessoal e visível. “Voltarei e vos receberei para Mim mesmo”, prometeu Jesus aos Seus discípulos, “para que, onde Eu estou, estejais vós também.”
Guardam os mandamentos de Deus: Muitas vezes a Bíblia identifica o verdadeiro povo de Deus como o que guarda os Seus mandamentos (Apocalipse 12:17, Apocalipse 14:12, Isaías 8:20, João 14:15, I João 2:3 e 4).
A luz de Deus hoje brilha para nós. O fato de que alguns dos nossos antepassados não tiveram a mesma luz que temos hoje não quer dizer que temos de rejeitar a luz. Como escreveu o Bispo Ken: “O erro antigo é o pior dos erros, / a continuidade pode provocar uma maldição. / Se a Idade Escura turvou o olhar dos nossos pais, / devem, então, seus filhos cerrar os olhos por causa da luz?”
Verso 13 – “Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.”
Por que os que morrem neste ponto recebem uma bênção especial?
Obviamente, eles são poupados de algumas das tribulações que vêm pela frente. Eles descansam das suas fadigas.
Verso 14 – “Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada,”
Verso 15 – “Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para aquele que se achava sentado sobre a nuvem; Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da Terra já amadureceu!”
Verso 16 – “E aquele que estava sentado sobre a nuvem passou a sua foice sobre a Terra, e a Terra foi ceifada.
Verso 17– “Então, saiu do santuário, que se encontra no Céu, outro anjo, tendo ele mesmo também urna foice afiada.”
Verso 18 – “Saiu ainda do altar outro anjo, aquele que tem autoridade sobre o fogo, e falou em grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: Toma a tua foice afiada e ajunta os cachos da videira da Terra, porquanto as suas uvas estão amadurecidas.”
Verso 19 – “Então, o anjo passou a sua foice na Terra, e vindimou a videira da Terra, e lançou-a no grande lagar da cólera de Deus.”
Verso 20 – “E o lagar foi pisado fora da cidade, e correu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e seiscentos estádios.”
Que momento bendito será aquele, quando a grande nuvem branca aparecer para os que aprenderam a paciência dos santos e estão esperando pelo seu Redentor. Jesus colocará de lado as Suas vestes de sumo sacerdote e colocará a coroa real. O fulgor da glória celestial resplandece em Sua volta.
Ele tem uma foice afiada em Sua mão, pois vem não apenas para salvar, mas também para julgar. Os que rejeitaram a mensagem de misericórdia de Deus estão expostos aos Seus terríveis julgamentos.
Três outros anjos aparecem depois de Jesus surgir com uma nuvem branca. As uvas representam os perversos, que sofrem a ira de Deus.
Sua destruição vem sobre eles como um redemoinho de vento.