Purificação é o ato ou efeito de tornar algo ou alguém puro ou purificado. Na Bíblia vemos inúmeras referências relativas à purificação. Uma vez que o pecado entrou no mundo, tornando os seres humanos impuros perante a santidade de Deus, foram comunicados maneiras pelas quais os homens deveriam se purificar.
Resumidamente, Cristo morreu a morte merecida pelos pecadores para que estes pudessem ter vida.
Deus não dá às pessoas a morte que elas merecem, mas o que não merecem, o livre dom da graça. O sacrifício expiatório não só destruiu a pena do pecado, isto é, livrou da culpa, mas também fez provisão para a ‘redenção’ humana, a ‘reconciliação’ e a purificação da poluição do pecado.
Paulo enfatiza aqui a razão da nossa necessidade de salvação. Precisamos da salvação por causa de algo que não estava nos planos de Deus e que entrou no mundo e arruinou com tudo e que é chamado de Pecado.
Romanos 3:21-26, que passagem bíblica poderosa!
Um resgate precisava ser feito para que fôssemos justificados gratuitamente.
A interpretação tradicional é de que nos versículos 21 – 22, é um dom e 25 – 26 é um atributo. Eu sou pecador, todos pecaram e carecem da justiça de Deus. Não somos justos. Como um dom, eu recebo essa justiça pela fé. Deus me dá essa justiça. Deus me declara justo. Pela fé Ele me dá uma justiça que eu não tenho. A teologia usa uma expressão para esse dom: justiça imputada. Deus me considera como se eu fosse justo. Deus me trata como se eu fosse justo, como um dom.
Com relação aos versos 25-26 aparentemente um problema se impõe. Por Sua tolerância Deus deixou impunes os pecados cometidos antes do sacrifício de Cristo. Alguma coisa está em jogo. O que está em jogo? A justiça de Deus. Deus é justo ou não é? Como Ele pode deixar pecados impunes? O contexto aqui é o de Deus sendo justo ou não. Caráter. Atributo.
Como pode um Deus justo salvar um pecador? Se Deus executasse o pecador Ele estaria sendo justo, mas salvar o pecador? Destruir, executar, matar o pecador, isto sim seria um ato de justiça! Porque Ele falou: ‘No dia que pecar, morrerá. ‘O salário do pecado é a morte’. Portanto, executar o pecador é algo absolutamente justo para um Deus justo. E quando Ele salva o pecador parece que Ele não está sendo justo! Alguma coisa está errada!
Jesus Cristo é o centro da história bíblica. Sua OBRA inclui diversos papéis, como Criador (João 1:3), Cordeiro sacrifical (João 1:29), Juiz (João 5:22), Salvador que voltará (João 14:1-3), Revelador do caráter do Pai (João 14:9), Aquele que envia o Espírito Santo (João 15:26), Salvador (Romanos 3:21-25), Doador da vida eterna (Romanos 6:23), Senhor ressuscitado (1 Coríntios 15:1-4), Substituto dos pecadores (2 Coríntios 5:21), Aquele que suportou a maldição (Gálatas 3:10-12), Sumo Sacerdote (Hebreus 8:1-2), Advogado dos pecadores (1João 2:1), Vencedor de Satanás (Apocalipse 12;9-11) e Rei vindouro (Apocalipse 19).
Desmond Ford, teólogo adventista, que no início de sua trajetória era um forte combatente da teologia perfeccionista, ao longo dos anos de sua vida religiosa passou a defender o argumento de que o ano de 1844 é uma data inventada por homens. Findou seus dias opondo-se à doutrina do Juízo Investigativo. Ele defendia que o dia da Expiação se completou definitivamente na cruz e que não precisamos de forma alguma do Santuário.
De fato, é verdade que Deus não precisa de outra coisa para nos salvar: a cruz foi absolutamente suficiente, embora nós ainda precisemos do Santuário.
Quando pensamos na Doutrina do Santuário, imediatamente pensamos no ano de 1844, observados na cronologia da Profecia de Daniel 8:14. Porém, é importante saber que a doutrina do Santuário é muito mais do que o ano de 1844. Ela tem vários aspectos. Tem o seu aspecto cronológico: a data, o quando as coisas aconteceram. E 1844 faz parte desse aspecto cronológico. Mas, a questão teológica tem um aspecto muitíssimo importante: Por que um santuário?
Esta é a pergunta que os evangélicos nos fazem. Por que uma Doutrina do Santuário? A cruz resolve tudo! Precisamos realmente dessas duas coisas? Sim, a Bíblia diz que sim.
Por que a cruz? Deus precisava da cruz. A cruz foi absolutamente suficiente para a nossa salvação. Na cruz fomos perdoados e salvos por Jesus. Deus não precisa de outra coisa para nos salvar. Mas nós, nós precisamos de um Santuário.
Pecado é um problema humano. Pecado perdoado é um problema divino. Quando Deus pune o pecador Ele está sendo justo. O problema é quando Ele perdoa. Quando Deus perdoa um pecado este pecado passa a ser um problema dEle! Quando Deus perdoa a culpa por este pecado recai sobre Deus. Deus resolveu este problema na cruz.
A cruz prova que Deus pode perdoar. Jesus morreu como um inocente. Ele não tinha pecados pelos quais pagar. É por isso que a morte dEle pode ser usada para cobrir a nossa falta. Porque Ele era inocente.
A cruz mostra como Deus pode perdoar pecados. A cruz sanciona as ações salvíficas de Deus no passado e no presente. Deus pode chegar a qualquer momento para uma pessoa e dizer Seus pecados estão perdoados porque Ele pagou o preço por isso. Ele tem o direito legal de perdoar. A cruz confere a Deus o direito de salvar. A cruz é tudo o que Deus necessita para salvar.
A morte de Jesus foi o antítipo de todos os sacrifícios do Antigo Testamento, incluindo-se os do Dia da Expiação. Mas, isto não quer dizer que o Dia da Expiação se completou na cruz.
Se a cruz é tudo o que Deus necessita para salvar por que, então, um Santuário?
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