Por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“Não façam nada que venha a satisfazer os desejos da carne.” Romanos 13:14.
Os maus desejos parecem ter existência própria. Você pode não estar fazendo nada quando um pensamento não muito bonito de repente lhe ocorre. Simplesmente se apresenta em nossa mente. Não precisamos pensar nele, ou encorajá-lo, ou mesmo desejar por ele. Mas aí está, porque, como Ellen White descreveu tão claramente, em nossa natureza há “uma inclinação para o mal” (Education, p. 29). Começando com a queda de Adão, a mente humana perdeu sua bondade e integridade, então agora tende para o mal.
Ok, o leitor vai pensar. Eu entendo a ideia. Temos mentes tortuosas. Não precisamos procurar desejos ruins; eles estão sempre lá, eles surgem espontaneamente. E daí?
Boa pergunta, porque é precisamente o “e daí?” que Paulo tem em mente no versículo de hoje, quando nos diz: “Não satisfaças os desejos da carne”.
O apóstolo sabe que os maus desejos não precisam de nós para cultivá-los. Na segunda metade de Romanos 7, ele já deixou esse ponto claro.
Mas Paulo também sabe que há duas coisas que podemos fazer quando nos damos conta da presença de um desejo ruim. Uma é “matá-lo de fome” e descartá-lo. Claro, desejos ruins são como gatos: eles têm sete vidas e ressuscitam com grande facilidade. É aqui que precisamos de oração. Podemos orar pela graça de Deus para expulsar a má ideia e concentrar nossas mentes em algo mais construtivo. Podemos decidir orar por ela mais de uma vez, até “setenta vezes sete”.
A segunda maneira de lidar com um desejo ruim é alimentá-lo e acariciá-lo. É nisso que Paulo se concentra no texto de hoje. Não alimente seus desejos ruins. Se você fizer isso, eles se tornarão vícios que exigem submissão constante.
O apóstolo Tiago acerta o alvo quando diz: “Ninguém, ao ser tentado, diga: “Sou tentado por Deus.” Porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo não tenta ninguém. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz.” (1:14, 15).
Não o alimente! Mate-o de fome! Mas não tente fazer isso sozinho. Somente a graça de Deus pode nos levar à vitória na luta contra o pecado.
Pai, ajude-me hoje a ficar perto de você. Amém.