Por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“Considere, portanto, a bondade e a severidade de Deus: severidade para com os que caíram, mas bondade para com você, desde que continue na sua bondade. Caso contrário, você também será cortado.” Romanos 11:22, NIV.
Em muitas maneiras, a igreja parece consistir em dois tipos de cristãos. Por um lado, tem aqueles que parecem sempre querer falar sobre a misericórdia ou bondade de Deus. Por outro lado, encontramos os tipos dos julgadores.
Aqueles que veem a característica primária de Deus como estando ligada ao julgamento, imaginam-no como uma espécie de grande carrasco, apenas esperando que alguém ultrapasse a linha para que Ele possa fulmina-lo. Aqueles que estão do lado do amor veem Deus como sendo perfeitamente inofensivo.
Onde está o equilíbrio? Paulo procura estabelecer isso no versículo de hoje. Ele apresenta Deus como sendo severo e amável. Mas o apóstolo também coloca essa severidade e bondade em um contexto. Deus sempre estende sua bondade àqueles que estão dispostos a aceitá-la. Ele não deseja nada mais do que compartilhar a bondade de Sua graça com os que estão na terra, tanto gentios quanto judeus. Como disse um autor: “Sua bondade sempre será mostrada para com aqueles que confiam nEle, e não em seus próprios méritos ou na posição privilegiada de que desfrutam”. Aqueles que “continuam em sua bondade” ou graça não têm nada a temer.
Mas aqueles que confiam em si mesmos, rejeitam sua graça e se rebelam contra Deus, terão que conhecer o lado severo do Senhor… Não é que Deus queira ferir alguém, mas que Ele deseja despertá-los para sua situação, para que possam recorrer à Sua bondade e aceitar a vida que Ele deseja conceder a eles.
Aqueles que persistentemente recusam a bondade de Deus, no entanto, Ele acabará por “cortar”. Essas são palavras difíceis. São palavras de julgamento, tanto em termos da oliveira aqui na terra quanto do reino futuro que se concretizará quando Cristo voltar.
O texto de hoje ensina claramente a possibilidade de cair em desgraça, de cristãos que se separam de Deus, desprezam e rejeitam Sua bondade e misericórdia, e então se encontram fora do reino. C. E. B. Cranfield sugere que a cláusula sobre o corte “é uma advertência contra um senso de segurança falso e não evangélico”.
Nossa esperança, como diz a velha canção, está em Jesus Cristo e em Sua justiça. Dia a dia, nossa tarefa mais importante é permanecer conectado a Ele e à Sua bondade. Só então nunca seremos “cortados”