Eleito para a Responsabilidade

Por George Knight

Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos

“Não são os filhos de Abraão por descendência natural que são filhos de Deus; são os filhos nascidos pela promessa de Deus que são considerados descendentes de Abraão. Pois a promessa diz: “… Sara terá um filho.” Romanos 9:8, 9, REB.

Em Romanos 9:6, Paulo observou que nem todos os descendentes de Israel realmente pertenciam a Israel. Ele continua esse pensamento nos versículos 7 a 9, ilustrando seu ponto de vista da família de Abraão. Ele escreve que nem todos os filhos de Abraão eram verdadeiros descendentes de Abraão no sentido de que foram incluídos nas promessas. No processo, Paulo cita Gênesis 21:12: “É por Isaque que a tua descendência será contada” (NVI). Em outras palavras, a promessa veio por meio da linhagem de Isaque e não incluiu Ismael e os filhos de Quetura (esposa de Abraão após a morte de Sara). Todos os leitores judeus de Paulo teriam concordado rapidamente com ele. Eles estavam muito orgulhosos de seu pedigree religioso e familiar.

Mas os leitores judeus de Paulo teriam negado sua interpretação do significado da seleção de Isaque por Deus. Eles teriam visto a escolha de Isaque como Deus ligando-se aos descendentes de Isaque e que o Senhor, portanto, devia algo a eles como os verdadeiros filhos de Abraão. É uma lógica que tornava quase impossível para eles se verem como judeus fora do reino celestial. Deus os salvaria porque eles eram os verdadeiros filhos de Abraão. Mas não foi isso que Paulo quis dizer. Ele insistiu que Deus era livre para escolher Isaac e rejeitar Esaú.

Mas, neste ponto, é absolutamente crucial ver por que Deus escolheu Isaque. Ele o escolheu para o serviço ao invés da salvação eterna. Afinal, Ismael e Esaú foram incluídos na aliança e, por ordem de Deus, foram circuncidados. Ambos receberam Sua bênção (ver Gênesis 17:20).

Mas embora Ismael e Esaú possam ter recebido a bênção de Deus, as nações que eles representavam não eram o povo a quem Deus daria Sua revelação ou por meio de quem Ele enviaria o Messias.

Portanto, Deus é Deus. Ele é livre para escolher a quem honrará com a responsabilidade de preservar e divulgar Sua mensagem na terra. Mas ter sido selecionado não significa que eles sejam melhores que os outros ou que serão salvos automaticamente. Deus deu a eles a responsabilidade de defender Seu nome, mas não uma garantia de salvação pessoal ou corporativa. Esse é exatamente o ponto que os judeus tiveram dificuldade em compreender. Alguns cristãos lutam com o mesmo problema. O orgulho espiritual tem um efeito cegante na alma.

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