Por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero é o que faço. Agora se eu faço o que não quero, não sou mais eu que faço, mas o pecado que habita dentro de mim.” Romanos 7:19, RSV.
A frustração continua! Nesses versículos, Paulo resume sua incapacidade de fazer o bem e evitar totalmente o mal. Como um cristão que conhece a profundidade de sua fraqueza, ele está em agonia de alma. Ele sente que não há nada de louvável em si mesmo.
Mais uma vez, observe que ele não está dizendo que não pode fazer nada de bom. Em vez disso, como cristão, ele lamenta o fato de ser incapaz de cumprir completamente os requisitos da lei. Ele expressou algo semelhante a esse desejo aos filipenses: “Não que já o tenha obtido ou seja perfeito; mas prossigo para torná-lo meu, porque Cristo Jesus me fez seu próprio. Irmãos, não considero que a tenha tornado minha; mas uma coisa eu faço, esquecendo o que está para trás e avançando para o que está à frente,” (Filip. 3: 12-14, RSV).
Uma coisa é os indivíduos virem a Jesus e darem suas vidas a Ele, confessarem seus pecados, receberem justificação e um novo coração e mente, e serem separados para uso santo no serviço de Deus. Todas essas coisas acontecem em um momento. Mas só porque as pessoas se tornaram cristãs não significa que sejam totalmente santificadas ou santas. John Wesley, Ellen White e outros identificaram muito corretamente a santificação progressiva (crescimento para se tornar mais semelhante a Deus) como a obra de uma vida inteira.
A caminhada cristã é contínua e tem seus reveses, desafios e fracassos. Mas à medida que os crentes crescem em sua vida espiritual, eles inevitavelmente desenvolvem um ódio cada vez maior ao pecado, um amor cada vez maior pela justiça e pela lei de Deus e um senso cada vez maior de suas próprias fraquezas. Esses aspectos do crescimento nos levam a uma confiança cada vez maior em Deus.
Em nossa vida diária, não precisamos ficar desanimados. Claro que temos nossos altos e baixos. E, quando eles são deprimentes, sentimos que somos absolutamente inúteis, que não temos nada de bom em nós. Mas quando isso acontece, precisamos de coragem. O mesmo desânimo esmagador veio a Paulo e Davi. Eles tiveram seus momentos de louvor, alegria e paz. Mas quando falharam, eles sabiam que sua única esperança estava na graça e no poder de Deus.