Por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“O que é bom tornou-se uma causa de morte para mim? Que nunca seja! Em vez disso, foi pecado, a fim de que pudesse ser demonstrado que era pecado, efetuando minha morte por meio do que é bom, de modo que, por meio do mandamento, o pecado se tornasse totalmente maligno.” Romanos 7:13, NASB.
Agora, aqui está um verso complicado. A New Living Translation nos ajuda a ver o significado com um pouco mais de clareza: “A lei, que é boa, causou minha condenação? Claro que não! O pecado usou o que era bom para provocar minha condenação. Para que possamos ver quão terrível é o pecado realmente é. Ele usa o bom mandamento de Deus para seus próprios propósitos malignos. “
Vejamos as três partes principais do nosso texto. Primeiro, Paulo apresenta seu argumento novamente usando uma pergunta: A boa lei foi o agente da morte? Como nas três perguntas anteriores nos capítulos 6 e 7, ele rejeita vigorosamente essa sugestão com a frase forte “De maneira nenhuma!” Não é a lei que causa a morte, mas o pecado.
Nessa conjuntura, Paulo passa para seu segundo ponto no versículo 13: O pecado usa a boa lei para trazer condenação, uma verdade que ele havia levantado anteriormente no versículo 10. Como é isso? A lei identifica o pecado não apenas como mal, mas como rebelião deliberada contra Deus e os princípios de Seu reino. Essa rebelião resulta em pena de morte. Mas não foi a lei que causou a morte; antes, o pecado identificado pela lei. Voltando à analogia de um julgamento de homicídio que vimos ontem, é o ato de homicídio que merece punição e não a lei contra o homicídio. A lei tem a função boa e saudável de apontar o que está errado. Não devemos culpar a lei pelo crime. A culpa pertence ao pecado que o motivou.
Isso nos leva ao terceiro ponto do apóstolo: a “totalmente” malignidade do pecado. William Barclay nos ajuda a compreender o caráter “totalmente” do pecado quando ele pensa que “a malignidade do pecado é mostrada pelo fato de que ele poderia tomar uma coisa excelente, esplêndida e adorável, e torná-la uma arma do mal. Sim, isso é o que o pecado faz. O pecado pode tomar a beleza do amor e transformá-la em luxúria. O pecado pode tomar o desejo honroso de independência [financeira] e transformá-la em desejo por dinheiro e poder. O pecado pode tomar a beleza da amizade e usá-la como uma sedução para as coisas erradas. Isso é o que Carlyle chamou de ‘condenação infinita do pecado’. O próprio fato de que o pecado tomou a lei e fez da lei uma ponte para o pecado mostra a suprema malignidade do pecado.”
Ajude-me hoje, Senhor, a ver o completo engano do pecado. Ajuda-me a ter olhos nítidos para ver a Tua lei em sua verdade e beleza.