Quem Fica com Minhas Armas?

Por George Knight

Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos

“Não continue oferecendo os membros de seu corpo ao pecado como instrumentos de injustiça; mas oferecei-vos a Deus como vivos dentre os mortos, e seus membros como instrumentos de justiça a Deus.” Romanos 6:13, NASB.

Note o “não.” É o segundo em dois versos. O comando imperativo no versículo 12 era “Não deixe o pecado reinar” (NASB). Agora, Paulo nos diz: “Não continue apresentando os membros do seu corpo ao pecado como instrumentos de injustiça.”

Essa passagem contém duas palavras de interesse especial em seu contexto. O primeiro é “oferecendo”, frequentemente traduzido como “oferta” – uma palavra usada em referência a oferecer sacrifícios. É um problema sério quando os servos de Deus apresentam ou oferecem seus corpos ao pecado e a Satanás em vez de ao seu Deus. A mesma palavra aparece em Romanos 12: 1, 2, em que Paulo exorta os romanos “para apresentar [oferecer] os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto espiritual” (RSV). Em Romanos 6: 13, ele os exorta a não se envolverem no tipo errado de “adoração espiritual”. “Não continue apresentando [oferecendo] os membros do seu corpo ao pecado.”

A segunda palavra que precisamos examinar é “instrumento”. Em João 18:3, em que Judas guia o bando de soldados para prender Jesus, a mesma palavra é traduzida como “arma”. A mesma tradução aparece em 2 Coríntios 6:6, 7, em que Paulo liga o amor e a palavra verdadeira às “armas da justiça” (RSV).

O mesmo entendimento se aplica ao texto de hoje. A imagem subjacente é a do pecado e da justiça como governantes respectivos nos exércitos adversários. Daí a advertência de não oferecer membros, corpos ou partes do corpo ao governo da injustiça. Fazer isso não seria apenas uma falsa adoração ao soberano errado (na metáfora da oferta), mas também seria a ação de um traidor Aquele que se tornou seu governante legítimo.

Paulo fecha o versículo com um terceiro imperativo, desta vez um “fazer” em vez de um “não fazer”. Os cristãos devem oferecer a si mesmos e suas armas para a justiça.

É desejo do cristão sempre glorificar a Deus em tudo. Paulo não poderia ter enquadrado melhor do que quando disse: “Quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (1 Coríntios 10:31, RSV). A vida inteira de um cristão é uma oferta de amor ao Deus da justiça. É nosso privilégio ser Suas “armas” para o bem em um mundo conturbado.

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