Promessa versus Lei

Por George Knight

Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos

“Pois, se os que vivem de acordo com a lei são herdeiros, a fé não tem valor e a promessa não vale, porque a lei traz a ira.” Romanos 4:14, 15, NIV.

O legalismo não funciona. Ninguém jamais entrará no reino de Deus pelo que fez.

Por quê? Por que não podemos alcançar o reino de Deus e a salvação por meio da lei?

Paulo nos fornece duas respostas. Um dos motivos é que Deus nunca fez a lei para salvar ninguém. Ele o estabeleceu como uma norma a ser mantida, mas uma vez que seja quebrada, como Paulo observou em Romanos 3:20, ela aponta para o nosso pecado. A lei pode testemunhar contra nós que a desobedecemos e, portanto, merecemos a pena da lei violada (Romanos 6:23), mas nada na lei pode nos salvar. Não tem nenhum plano de salvação embutido. A violação da lei traz apenas ira e morte.

É aí que entra a segunda resposta de Paulo. A promessa de Deus pode fazer o que a lei não pode. Suas promessas implicam graça. Aquelas para Abraão foram baseadas não no fato de que ele era um homem perfeito, mas na realidade de que ele era um pecador necessitado que tinha fé. Essa fé permeia toda a vida do patriarca. Assim, quando ele levou Isaque para a terra de Moriá para um sacrifício, Abraão teve fé que Deus proveria um cordeiro para o holocausto (Gênesis 22:8). Alternativamente, “pela fé Abraão, quando foi provado, ofereceu Isaque, e aquele que havia recebido as promessas estava pronto para oferecer seu único filho, de quem foi dito: ‘Por Isaque seus descendentes serão nomeados’. Ele considerou que Deus era capaz de ressuscitar os homens até dos mortos” (Hebreus 11:17-19, RSV). O patriarca não sabia como Deus cumpriria Suas promessas, mas cria que o Senhor poderia e faria. Sua fé transcendeu sua visão. É essa fé dinâmica expressa ao longo de sua vida que fez de Abraão o destinatário da promessa de Deus, que o fez pai daqueles que vivem pela fé.

A promessa não foi algo que ele mereceu. Não, foi um presente de Deus para ele. Não veio por meio da lei, mas pela graça de Deus.

Paulo está nos dizendo que não existem dois caminhos para o reino. Só existe um – para confiarmos na promessa de Deus com todas as nossas forças. O caminho da lei e o caminho da promessa (graça) são incompatíveis. É claro que Paulo não é contra a lei de Deus, mas se opõe ao seu uso como meio de salvação. Ele quer que percebamos que apenas um caminho leva à justiça – por meio do Cordeiro que Ele providenciou.

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