Por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“Para o homem que não trabalha, mas confia em Deus que justifica os ímpios, sua fé é creditada como justiça.” Romanos 4:5, NIV.
Uma das palavras-chave em Romanos 4 é “contada”. A King James Version traduz a palavra como “contada” ou “imputada”, enquanto a Revised Standard Version a traduz como “considerada”. Paulo usa a palavra 10 vezes no capítulo 4 e cinco vezes sozinha nos seis versículos de Romanos 4: 3-8. Quando empregado em um contexto financeiro ou comercial, significa colocar algo na conta de alguém. Paulo usa a palavra dessa forma quando escreve a Filemom sobre Onésimo: “Se ele te fez algum mal, ou te deve alguma coisa, lança isso na minha conta” (Filemom 18, RSV).
Paulo não poderia deixar isso mais claro: Deus justifica os ímpios não pelo que eles fizeram, mas por sua fé e confiança Nele. Sua fé é considerada justiça ou imputada como justiça. É desse capítulo que obtemos a frase “justiça imputada”. Ellen White empregou-o quando fala da justiça ou justificação imputada como “nosso título para o céu” (Mensagens aos Jovens, p. 35). Ela também observa que o recebimento da justiça imputada leva apenas um momento. Em outras palavras, no momento em que uma pessoa aceita a graça de Deus pela fé, o Senhor credita sua conta nos livros do céu com a justiça de Cristo. O que acontece quando vamos a Jesus? “O Senhor imputa ao crente a justiça de Cristo e o declara justo perante o universo” (Mensagens Escolhidas, livro 1, p. 392).
Romanos 4: 1-8 é uma das apresentações mais claras de Paulo sobre como a justiça de Cristo é transferida para um pecador que vem a Jesus. Não vem por obras de qualquer tipo, mas pela fé em Jesus. No momento em que uma pessoa aceita Jesus pela fé, Deus a considera justo.
A justiça pela fé é uma das grandes maravilhas do universo de Deus. É o cerne do evangelho de Paulo. Qualquer tentativa de atenuá-lo apenas perverterá o ensino do apóstolo. Paulo é inflexível neste ponto. Ele não admite concessões, como ganhar o céu pela fé mais obras. Não, é tudo pela graça; é um presente e não uma pechincha. Nenhum de nós pode fazer nada para merecê-la. É esse ensino que separa o cristianismo de todas as outras religiões do mundo e de todos os esquemas humanos de moralidade. A salvação é um dom de Deus 100 por cento.