Por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“Sangue.” Romanos 3:25
Você pode estar perguntando, onde está o nosso texto para hoje? Eu não te dei um. Por quê? Porque eu quero sua atenção total. Eu preciso disso porque estamos lidando com uma das palavras mais importantes da Bíblia, particularmente quando fala do sangue de Cristo “como sacrifício de expiação” (Romanos 3:25, NVI).
Muitas pessoas hoje não querem falar sobre o sacrifício de Cristo por nós ou a necessidade de Seu derramamento de sangue para resolver o problema do pecado. Essa perspectiva é antiga. Caim também não gostou muito da ideia (veja Gênesis 4:1-4; Hebreus 11:4). Nem os gregos a quem Paulo tentou pregar. Para eles, era simplesmente “tolice” (1 Coríntios 1:18).
Os escritores da Bíblia, entretanto, não tiveram tais escrúpulos sobre o assunto. O sacrifício substitutivo do cordeiro sem mancha era a lição principal do Antigo Testamento. E os escritores do Novo Testamento nos deixam sem a menor dúvida de que os cordeiros sacrificais prefiguraram a morte de Jesus como o Cordeiro de Deus.
O sangue e a morte de Cristo para nós são absolutamente centrais no Novo Testamento para a compreensão sobre a salvação. Não apenas o ponto focal de cada um dos quatro Evangelhos é a morte de Cristo, mas cada uma das metáforas principais que Paulo emprega tem uma relação íntima com o sangue derramado de Cristo.
Assim, “Deus apresentou [Cristo] para ser propiciação pela fé em seu sangue” (Romanos 3:25); “nEle temos a redenção pelo seu sangue” (Efésios 1: 7, RSV); nós somos “agora justificados pelo seu sangue” (Rom. 5: 9); e Deus agiu “para reconciliar consigo mesmo todas as coisas, … fazendo a paz pelo sangue da sua cruz” (Colossenses 1:20, RSV).
Propiciação, redenção, justificação e reconciliação estão todas ligadas e baseadas no sangue derramado de Cristo. John R. W. Stott conclui sobre a centralidade do sangue de Cristo nesses grandes temas salvíficos que a substituição sacrificial “não é uma ‘teoria da expiação’. Nem mesmo é uma imagem adicional que toma seu lugar como uma opção ao lado das outras. É antes a essência de cada imagem e o coração da própria expiação. Nenhuma das quatro imagens poderia permanecer sem ela.”
Obrigado, Jesus, por morrer por mim. Obrigado por morrer a morte que é minha para que eu pudesse ter a vida que é Sua. Não é à toa que Paulo chama isso de boas novas. Não é de se admirar que os grandes hinos da igreja cristã elevem o sangue de Cristo.