Por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“Pela lei vem o conhecimento do pecado.” Romanos 3:20
A lei tem valor para algumas coisas, mas absolutamente inútil para outras. Em 1 Timóteo 1: 8, Paulo escreve que “a lei é boa, se alguém a usa legalmente” (RSV). A espantosa verdade é que a lei pode ser usada de maneira adequada ou inadequada. Uma das maiores tentações para “boas pessoas que frequentam a igreja” como nós é usar a lei de Deus ilegalmente.
Não pode fazer uma coisa muito importante – não pode nos salvar. Paulo nos diz que a função da lei não é justificar, mas nos dizer onde erramos. Como ele diz em Romanos 7: 7: “Se não fosse pela lei, não teria conhecido o pecado” (RSV).
Tiago 1: 23-25 compara a lei a um espelho. Antes de sair para o trabalho de manhã, vou ao espelho para descobrir o que há de certo e errado com meu rosto e cabelo. O espelho me diz que nem tudo está pronto para exposição pública, que tenho ovo no rosto ou que meu cabelo está apenas meio penteado. Agora, a função do espelho é apontar coisas que precisam ser melhoradas. Com esse conhecimento, posso procurar o sabonete, a toalha e o pente. Mas não adianta esfregar o espelho no rosto para tirar o sujo ou passar o espelho no cabelo para pentear. O objetivo do espelho é me lembrar das melhorias necessárias.
Assim é com a lei. Quando me comparo com a lei de Deus, encontro problemas na minha vida. Mas a lei não pode corrigi-los. Tem outra função: dizer-me que sou pecador. A lei me mostra meus problemas e necessidades, mas não os resolve. A tradução Phillips de Romanos 3:20 retrata graficamente a função da lei: “Na verdade, é a linha reta da Lei que nos mostra o quão tortuosos somos.” A Nova Tradução Viva também é útil: “Porque ninguém pode ser consertado aos olhos de Deus por fazer o que sua lei ordena. Quanto mais conhecemos a lei de Deus, mais claro se torna que não a estamos obedecendo.”
A lei não é uma escada para o céu. Mas nos torna cientes dessa escada. A lei aponta além de si mesma para Jesus e a solução real para nossos problemas. É para esse tópico que Paulo agora se volta à medida que vai além de sua extensa análise do problema do pecado para as boas novas sobre a justificação.