por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“[Os gentios] mostram que o que a lei exige está escrito em seus corações, enquanto sua consciência também dá testemunho.” Romanos 2: 15, RSV.
Em romanos 2:14 e 15, Paulo faz um pequeno desvio de seu argumento principal a respeito dos judeus e sua responsabilidade no julgamento. Resumidamente ele se volta para os gentios.
Paulo acaba de demonstrar no versículo 13 que para o judeu não se trata apenas de ouvir a lei, mas de cumpri-la. Isso levanta a questão sobre o julgamento dos gentios que nem mesmo ouviram a lei. Como Deus os avaliará? O apóstolo aborda essa questão nos versículos 14 e 15. “Quando os gentios que não têm a lei”, lemos no versículo 14, “fazem por natureza o que a lei requer, eles são uma lei para si mesmos, embora não tenham a lei”(RSV).
Aqui Paulo está nos dizendo duas coisas: (1) que os gentios não têm a lei escrita de Moisés, e (2) que eles têm algum conhecimento dos padrões da lei internamente; isto é, eles “fazem por natureza” algumas das coisas que a lei exige. Paulo não está aqui ensinando uma justificação universal, mas afirmando que alguns gentios às vezes fazem algo do que a lei exige. Assim, por exemplo, nem todas as pessoas são adúlteras, ladrões ou assassinos. Na verdade, de um modo geral, as pessoas sentem que precisam honrar seus pais, reconhecer a parte espiritual da vida humana e praticar a honestidade, assim como os últimos seis mandamentos exigem. Assim, embora os gentios não tenham a lei revelada de Moisés, sua conduta frequentemente mostra que eles reconhecem o certo do errado.
A esta altura, poderíamos nos perguntar: de onde eles obtêm esse conhecimento? Paulo nos diz no versículo 15: “Da lei escrita em seus corações, dando testemunho a sua consciência.” Deus implantou em seus corações um certo sentido do que a lei exige. Observe que o apóstolo não atribui à consciência humana um papel equivalente ao da lei. Em vez disso, sugere que, até certo ponto, a consciência é informada por um sentido elementar de diferenciação entre o bem e o mal, implantado por Deus.
Nesse versículo, descobrimos que nossa consciência é uma bênção dada por Deus com a intenção de nos despertar e nos guiar. Felizmente, como cristãos, temos o privilégio de iluminar nossa consciência por meio da leitura da Bíblia. Uma consciência bem informada – que não é apenas sensível (1 Cor. 10:25) ou pouco sensível (1 Tim. 4: 2) – é uma bênção a ser valorizada.
Ajude-nos hoje, Pai, a nutrir a saúde de nossa consciência e, em seguida, aprender a usá-lo em conjunto com a Sua Palavra e o Espírito Santo.
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