por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“Pois todos os que pecaram sem lei também pereçam sem lei: e todos os que pecaram com a lei serão julgados pela lei.” Romanos 2: 12.
À primeira vista, o verso de hoje pode parecer um pouco confuso. A tradução de Phillips nos ajuda a ver o significado mais claramente: “Todos os que pecaram sem conhecimento da Lei morrerão sem referência à Lei; e todos os que pecaram conhecendo a Lei serão julgados de acordo com a Lei.”
Para entender o significado de Paulo, precisamos nos lembrar do contexto. Em Romanos 1, Paulo discutiu a condenação justa dos ímpios gentios. Então, na primeira metade do capítulo 2, ele levantou a ideia bastante revolucionária de que os judeus moralistas eram igualmente culpados e igualmente sujeitos ao julgamento de Deus.
Esse foi um pensamento revolucionário para os judeus. Não eram pessoas especiais de Deus? Embora Paulo acredite que eles foram chamados pra ser um povo separado, ao mesmo tempo, ele não quis dizer que estavam isentos de pecado ou julgamento divino. Aqui os judeus e gentios estão no mesmo espaço, e como lemos em Romanos 2: 11, “Deus não mostra favoritismo” (NVI).
Essa falta de favoritismo levanta uma objeção nas mentes dos leitores judeus de Paulo. Afinal, existe uma grande diferença entre os judeus e os gentios. Os judeus têm a lei de Deus. Isso prova que eles são Seus favoritos e de forma alguma Ele pode julgá-los da mesma maneira que os gentios.
Errado! afirma Paulo. É verdade que não podemos acusar os gentios de violar uma lei que eles nunca receberam formalmente, mas também é verdade, como Paulo argumentou em Romanos 1: 19, 20 e argumentará em Romanos 2: 15, que Deus revelou a eles um senso de certo e errado. O Senhor julgará por esse sentido dado por Deus. Ou seja, Deus irá avaliá-los de acordo com sua resposta à revelação de que Ele os forneceu.
O mesmo é verdade para os judeus. Mas eles têm uma base mais ampla de julgamento.
Eles não apenas têm a revelação geral por meio da consciência e da natureza que compartilham com os gentios; eles também têm a revelação especial de Deus na lei.
Assim, Deus considera todos os indivíduos responsáveis pela luz que Ele lhes deu. Por outro lado, ninguém precisa responder pelo que não sabe.
Nosso Deus, apesar das complexidades do mundo, é realmente um Pai justo que não tem favoritos. Não é de se admirar que as canções do livro do Apocalipse exaltem a justiça e a veracidade de Suas decisões (ver, por exemplo, Apocalipse 19: 1, 2).
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