1 Irmãos, se alguém for surpreendido em alguma falta, vocês, que são espirituais, restaurem essa pessoa com espírito de brandura. E que cada um tenha cuidado para que não seja também tentado.
Somente os “guiados pelo Espírito” corrigem com amor.
01 – Todos podemos cair em tentação.
02 – Temos que socorrer com brandura a quem cair.
03 – Igreja é lugar de restauração, não de condenação.
04 – Quem é regido pela carne condena e afunda mais o errado.
05 – Os guiados pelo Espírito restauram.
06 – Quem caiu não precisa de repreensão severa.
07 – O caído necessita ternura do trato e firmeza dos princípios.
08 – O que ajuda hoje pode cair amanhã e precisar de ajuda.
09 – Todos devemos permanecer guardados em Cristo.
10 – Cair é possibilidade. Que o amor seja o pronto atendimento.
11 – Nunca sentir-se superior ao que cair, mas um companheiro.
12 – O espírito de condenação é do maligno, e destrói.
13 – Nunca desistir dos que tropeçam. Sempre socorrer.
No amparo mútuo temos que levar cargas visíveis e invisíveis. Você consegue localizar alguém que está vergado(a) sob o peso de alguma carga cruel?
2 Levem as cargas uns dos outros e, assim, estarão cumprindo a lei de Cristo.
Cargas invisíveis, mas pesadas. Intangíveis, mas opressoras. Esse tipo de carga, emocional ou espiritual, é mais difícil de ajudar a levar, pois exige tempo. Não é coisa de um momento, como levar um peso material, requer atenção empática. Quem se habilita? Ninguém. Deus é que habilita os que são guiados pelo Espírito. Cristo é o exemplo. Veio para carregar nossos fardos, e deu conta! Seu mandamento foi a prática do amor (João 13:34).Cumprimos a lei de Cristo quando não nos esquivamos diante de uma alma carente. Quando o prazer de nos doar é maior que o de dar. Quando damos, socorremos a necessidade. Quando nos doamos, socorremos o dono da necessidade. Quando damos, ficamos livres do outro no mesmo instante. Quando nos doamos, o tempo tem elástico. DAR e DOAR-SE, eis o privilégio fundamental da vida! O primeiro é efetividade. O segundo é afetividade.
3 Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, engana a si mesmo.
Uma clara reprovação aos que se acham superiores aos que caem em pecado. Só uma mente separada de Cristo pode ter orgulho espiritual, achar-se acima dos outros. Essa arrogância espiritual rouba a autocrítica e deixa a pessoa na ilusão de que está bem. Isso é bem típico no legalismo. Sem Cristo somos nada, professando ou não o cristianismo. Não há engano maior do que julgar-se forte espiritualmente apenas apoiado em normas religiosas. O segredo é julgar-se nada para ser tudo em Cristo! O caído espera por mão que o levante e não por voz que o acuse.
Uma clara reprovação aos que se acham superiores aos que caem em pecado. Só uma mente separada de Cristo pode ter orgulho espiritual, achar-se acima dos outros. Essa arrogância espiritual rouba a autocrítica e deixa a pessoa na ilusão de que está bem. Isso é bem típico no legalismo. Sem Cristo somos nada, professando ou não o cristianismo. Não há engano maior do que julgar-se forte espiritualmente apenas apoiado em normas religiosas. O segredo é julgar-se nada para ser tudo em Cristo! O caído espera por mão que o levante e não por voz que o acuse.
4 Mas que cada um examine o seu próprio modo de agir e, então, terá motivo de gloriar-se unicamente em si e não em outro.
O cristão verdadeiro não se preocupa em “vigiar” a vida dos outros. Preocupa-se em ajustar seu viver à vontade do Senhor, constantemente. Em conformidade com o querer do Senhor, vive para dar glória ao Autor e Consumador da sua fé. Não se compara com ninguém. O nível do humano é muito terreno. Sua referência é Cristo! O legalista ama compara-se com outros, lembram do fariseu: “Não sou como os demais homens”. O justo olha para Jesus, Seu modelo e força. Quem se compara com os outros tende a rebaixar o próximo. Quem olha para Jesus vê sua fragilidade e apoia-se NELE.
O justo em Cristo não se preocupa em “vigiar” a vida dos outros; preocupa-se em ajustar seu viver à vontade do Senhor. Porque se vê em conformidade com o querer do Senhor, dá toda a glória ao Autor e Consumador da sua fé. O verdadeiro cristão não se compara com ninguém. O nível do humano é muito terreno. Sua referência é Cristo! O legalista ama compara-se com outros, lembram do fariseu: “Não sou como os demais homens”. O justo olha para Jesus, Seu modelo e força. Quem se compara com os outros tende a rebaixar o próximo. Quem olha para Jesus vê sua fragilidade e apoia-se NELE.
5 Porque cada um levará o seu próprio fardo.
No verso 2 somos orientados a levar as cargas uns dos outros. Isso é fraternidade. Aqui, cada um levará seu próprio fardo. Isso é responsabilidade individual. O justo em Cristo descobriu que Jesus é a sua força e não fica na dependência de outros. Apega-se ao seu Senhor a cada instante. O cristão não fica esperando de alguém: “Já leu sua Bíblia?”. “Tem orado?” “Você acha que isso está certo diante de Deus?”. “Vamos fazer o culto gente, estou chamando faz tempo”. No cristianismo não há o incentivo para ficarmos em dependência dos outros quanto às nossas responsabilidades intransferíveis, sejam elas de que área da vida forem, especialmente a espiritual. Há muitos dependentes espirituais. A Justificação pela fé em Cristo nos liberta dessa sujeição, nos faz andar responsavelmente diante do Senhor. A fé viva nos fez dependentes de Jesus, responsáveis morais, e interdependentes fraternos.
6 Mas aquele que está sendo instruído na palavra compartilhe todas as coisas boas com aquele que o instrui.
Você já se sentiu beneficiado(a) por alguma instrução, especialmente no campo espiritual? Se sim, dê o tal do feedback a quem o ajudou. Esse incentivo é vida aos servos do Senhor. Digamos a essa pessoa o quanto somos-lhe gratos. Imaginemos o clima no lar, na Igreja, ao nos congratularmos pela compreensão do Evangelho. Parece que os gálatas estavam apáticos, sem vibração pelo conhecimento do Evangelho. Paulo os provoca, pois, agradecer por isso é reconhecer o poder da Graça na vida. Essa é a gratidão mais especial que pode acontecer entre os cristãos: Pelo pasto verdejante e águas tranquilas. Pelo pão do Céu. Pela rocha que nos sustenta. Pelo Castelo forte que nos abriga. Pela luz que clareia nosso caminho. Pela paz que nos acalmou. Pela certeza de rumo. Pelo passado não mais agressivo. Pelo presente tranquilo. Pelo futuro (Céu) tão desejado. Por tudo isso e muito mais: Obrigado Senhor pelos servos que nos enviaste!
7 Não se enganem: de Deus não se zomba. Pois aquilo que a pessoa semear, isso também colherá.
8 Quem semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna.
Só temos dois tipos de vida: Na carne ou no Espírito. Semear na carne é escolher a religião de méritos humanos. Semear no Espírito é viver pela Graça de Deus. No dia a dia escolhemos semear; na carne ou no Espírito. Quando a religião é pelo esforço humano, de alguma forma, daremos rédeas soltas aos impulsos da natureza caída. Quando no Espírito, o Céu nos guia. Ser servo da carne ou do Espírito é escolha nossa, não um determinismo do bem ou do mal. O domínio da carne é coisa do passado. Agora reina o Espírito! A justificação pela fé em Cristo nos leva às escolhas certas a cada instante.
9 E não nos cansemos de fazer o bem, porque no tempo certo faremos a colheita, se não desanimarmos.
Só fazemos o bem quando movidos pelo poder da Graça. Não buscamos favores dos homens, oferecemos os nossos. A Graça nos fez devedores a eles. Desfrutamos do favor Deus. Seu amor é que nos move. Saímos do egoísmo para o altruísmo. Na volta de Jesus (o tempo da recompensa) ceifaremos o Reino de glória. Nosso amor ativo é o amor de Deus fluindo através de nós. Por isso somos tão abençoados ao praticá-lo. Somos semelhantes a Ele quando amamos como Ele amou. Isso nunca cansa, renova as forças.
10 Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.
11 Vejam com que letras grandes escrevi a vocês de próprio punho.
12 Todos os que querem ostentar-se na carne, esses querem obrigar vocês a se deixarem circuncidar, e agem assim somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo.
13 Pois nem mesmo os que se deixam circuncidar guardam a lei, mas querem apenas que vocês se submetam à circuncisão para que eles possam se gloriar na carne de vocês.
14 Mas longe de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu estou crucificado para o mundo.
Fosse lançar mão de seu preparo intelectual/teológico, Paulo tinha do que se gloriar. Mas ele jamais faria isso, pela visão que tinha de Cristo e Sua obra redentora, aqui chamada de cruz. Por que gloriar-se na cruz? Porque dela vem a quitação da nossa dívida e a oferta de perdão. Não é uma referência à idolatria da cruz, claro, mas ao que aconteceu nela. Não é uma exaltação ao objeto, mas ao sacrifício que lá ocorreu e suas consequências salvíficas. Gloriar-se na cruz é ter segurança espiritual. É festejar a nossa salvação! Nada de esforço legalista. Nossa força é o Espírito Santo. Nossa vida é a Sua paz!”
15 Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura.
Os judeus não tinham vantagem pela circuncisão. Nem os gentios tinham por não o serem circuncidados. Paulo se opôs à circuncisão de Tito (Gálatas 2:3, 4) pois era uma imposição espiritual. Não se opôs à de Timóteo, quando a circunstância era cultural, e evitaria obstáculo à pregação do Evangelho. O que importa é ser nova criatura (II Cor. 5:17). Estar seguro de que entregou a vida a Cristo. O que deve ser destacado é a Graça no coração! “Nova criatura aqui” é mais do que o imediato status de justo após a Justificação. É uma referência à vida do dia a dia. Se esforços legalistas são nada, a fé ativa é tudo em nossa vida. Os esforços legalistas são nada para conseguirem qualquer vantagem espiritual. Mas fazem imenso estrago: cansam, frustram, amarguram, enraivecem, desanimam. A fé ativa mantém a paz, restaura, alegra, confraterniza, ativa a missão, dá prazer na obediência. Os esforços legalistas conectam com a frágil religião. A fé ativa permanece em Cristo!
16 E, a todos os que andarem em conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus.
17 Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus.
A carta aos Gálatas está terminada. Paulo está seguro de ter dito o que era preciso. Ele deixa claro que jamais concordaria com um cristianismo legalista, como pregavam os judaizantes. Obedecer para merecer a Graça divina, jamais. Graça ofertada por Cristo – eis sua bandeira! Paulo foi claro: A obediência não é para a salvação. A salvação sim, é para a obediência. A Graça jamais anula a Lei como norma de vida. Mas o legalismo anula a Graça como a fonte suficiente da salvação.“ Ninguém me moleste”, isto é, ninguém me judie mais com este assunto, está encerrado. “Trago no corpo as marcas de Jesus”. Soldados, escravos e devotos, traziam em seus corpos as marcas de seus donos, comandante e deus. A marca dos judaizantes era a circuncisão. Impunham essa marca como meio de salvação. Paulo tinha as marcas, cicatrizes, dos sofrimentos por Jesus. Suas marcas não eram meritórias, eram amostras da sua entrega ao seu Redentor Nós temos as marcas de Jesus – nosso coração circuncidado, marcado, por Seu perdão (Romanos 2:29).Que nunca paire dúvida: A Graça do Senhor foi, e é, toda suficiente para eliminar nossa culpa e nos conduzir em segurança em direção ao Seu Reino de Glória! Amém!
18 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com o espírito de vocês, irmãos. Amém!
Graça, como oferta, é Salvação à disposição. Graça, como poder atuante na vida do justo, é Salvação vivida. É com a Graça habilitadora, regendo a vida, que Paulo está fechando acarta. Ele termina como começou (1:2), chamando-os de irmãos. No começo os considera irmãos para repreendê-los, apelando para que não se deixassem levar pelo legalismo judaizante. Agora, no final, está otimista de que será ouvido e o Evangelho triunfará na Galácia. A presença das bênçãos do Evangelho na vida conserva o espírito em descanso divinal. Pelo que se sabe a crise de legalismo na Galácia perece que não prosperou. Que bom quando a mensagem da Graça salvadora é a base da firme segurança da nossa vida. Que esse desejo pastoral de Paulo seja mantido em nosso coração. Que nosso cristianismo não seja baseado no esforço meritório humano, mas no poder do Espirito Santo. Amém.”