1 Paulo, apóstolo — não da parte de pessoas, nem por meio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos —,
2 e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia.
3 Que a graça e a paz estejam com vocês, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo,
É tanto o perdão creditado na vida, como o poder que a sustenta. Os Gálatas estavam precisando da Graça Redentora, e deixar o viver legalista. Tudo é pela Graça. Desde a libertação da culpa pelo perdão, e toda vida cristã. No encontro com Cristo a Graça perdoadora creditou perdão a nós. Na vida cristã a Graça habilitadora é o poder que livra do mal, ou que levanta o justo quando ele cai.“ E paz”. Paz é o estado da mente em Cristo. “Da parte de Deus, e de Jesus Cristo”. Não temos que apaziguar a Deus. Ele é que nos acalma com Seu perdão e paz. Nessa viagem em Gálatas: Nossas obras nada valem para a Salvação. Nossas obras não produzem Graça. Mas a Graça produz boas obras em nós. As obras que Cristo realizou são suficientes e não precisam de retoques humanos.
Graça aqui está no contexto da vida espiritual; é santificação. Paulo fala a crentes em Cristo. É a Graça habilitadora. Tudo é pela Graça. Desde a libertação da culpa pelo perdão, bem como a conduta do Justo. O Senhor ergue, põe de pé, e sustenta na viagem. No encontro com Cristo a Graça creditou perdão ao arrependido. Na vida cristã ela é o poder que livra do mal, ou que levanta o justo quando ele cai. A paz é o estado da mente em Cristo: Tanto a ausência de medo DELE, como o sentimento de que o passado foi resolvido. Lutas acontecerão, mas a serenidade em Jesus vai conosco ao longo da viagem. A caminhada é com Ele, segurando a nossa mão (Isaias 41:10, 13).
4 o qual entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos livrar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai,
Temos neste verso a causa e o objetivo da nossa salvação:
A causa: Jesus Se entregou por nós! Sua morte não foi um assassinato. Ele não foi punido pelos homens; foi por Deus, como nosso Substituto no Juízo. Jesus morreu sobre a cruz, mas não da cruz.
O objetivo: Para nos desarraigar deste mundo. Ideológica e fisicamente. Ideologicamente: No mundo, mas não do mundo. Isso é “o já” (Reino da Graça)! Fisicamente: Na Sua volta gloriosa. Isso é o “ainda não” (Reino da Glória)! “Segundo a vontade do Pai”. O viver cristão é mais que o querer divino; é Seu poder em nós! Aqui não tem espaço para coração dividido: Somos entrega plena a Ele, como Ele foi por nós. Para os Gálatas e todo o cristão: Libertação do pecado não resulta de nossa obediência meritória, mas de duas intervenções divinas: SACRIFICAL (provendo salvação fora de nós) e HABILITADORA (vencendo dentro de nós). Ainda estamos neste mundo, mas ele já não está nós! Ainda estamos aqui, mas não somos mais daqui.”
5 a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!
6 Estou muito surpreso em ver que vocês estão passando tão depressa daquele que os chamou na graça de Cristo para outro evangelho,
Os Gálatas estavam sendo assediados pelos Judaizantes, cujo ensino era: A obediência leva à salvação. Paulo havia ensinado o oposto: A salvação (Graça) leva à obediência. Os judaizantes estavam tendo êxito. Paulo estava chocado! É compreensível o pecador movimentar-se, pela Graça, da perdição à salvação. É incompreensível ir da Graça ao legalismo. Mas estava acontecendo. No legalismo a obediência é meritória, para a salvação. Na justificação pela fé a obediência é para glorificar o nome de Deus. Onde você está? Dependendo da posição deve haver movimento ou permanência: No legalismo? Movimento para Cristo e Sua Graça. Na Justificação pela fé em Cristo? Permanência NELE.
. NO LEGALISMO: Obediência precede Salvação (que nunca acontece)
. NA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ EM CRISTO: Salvação precede obediência, que acontece prazerosamente.”
7 o qual, na verdade, não é outro. Porém, há alguns que estão perturbando vocês e querem perverter o evangelho de Cristo.
8 Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu pregue a vocês um evangelho diferente daquele que temos pregado, que esse seja anátema.
9 Como já dissemos, e agora repito, se alguém está pregando a vocês um evangelho diferente daquele que já receberam, que esse seja anátema.
Está claro na epístola aos Gálatas que esse outro evangelho estava sendo pregado. Era a proposta dos judaizantes: Para eles a salvação baseava-se na obediência da Lei de Deus e não o sacrifício de Cristo. Para Paulo os judaizantes eram anátemas, ou seja, estavam condenados. O maior pecado que se pode cometer é substituir o sacrifício de Cristo por esforços humanos. Segundo Cristo essa é a condenação (João 3:19). Que mais uma vez fique claro: O Evangelho é Cristo recebido pela fé. Salvação provida foi Ele nos substituindo no Juízo da Cruz. Salvação aceita foi o crédito do Seu perdão em nossa vida arrependida. Nada nos separará do Seu amor!
“Outro Evangelho”, isto é, falso: Pregar que qualquer esforço humano pode levar à salvação. Os judaizantes estavam levando as Igrejas da Galácia da Justificação pela fé em Cristo para o esforço humano da obediência meritória, onde a obediência à lei de Deus, é o meio de salvação. “Anátema”. Esses falsos mestres estavam condenados. O maior pecado que se pode cometer é substituir o sacrifício de Cristo por esforços humanos. Que mais uma vez fique claro: O Evangelho (boa notícia) é Cristo Jesus, o Filho de Deus, aquele que assumiu nossa causa, sofreu nossa morte para nos dar Sua vida.”
10 Por acaso eu procuro, agora, o favor das pessoas ou o favor de Deus? Ou procuro agradar pessoas? Se ainda estivesse procurando agradar pessoas, eu não seria servo de Cristo.
11 Mas informo a vocês, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é mensagem humana,
12 porque eu não o recebi de ser humano algum, nem me foi ensinado, mas eu o recebi mediante revelação de Jesus Cristo.
Grande Paulo! Defende seu apostolado com total segurança. Ele era ridicularizado por não ter sido um dos doze. Mas ele diz: “Recebi mediante revelação de Jesus Cristo”. Isso inclui o aparecimento na estrada de Damasco (Atos 9:1-17) e os três anos no deserto da Arábia (Gal. 1:17). Qual é o Evangelho de Paulo? É este: Deus declara o pecador justo mediante a fé em Cristo, não por qualquer obra ou comportamento humanos. Pelo arrependimento e confissão de seus pecados, recebe o perdão que vem da cruz. Maravilha! Justificação não é algo que o pecador produz, mas que recebe. Não é conquista; é dádiva! Não somos salvos pela fé, mas pela Graça, a fé é tão somente a mão que recebe a oferta. Não existe mérito salvífico na fé, somente na Graça. A fonte da salvação é a Graça. A fé é tão somente o método de Deus para receber a salvação. A obediência à lei de Deus não salva ninguém, mas os salvos querem obedecer a Lei divina.
Evangelho segundo o homem, diz: Deus recompensa a obediência dando salvação. Evangelho verdadeiro, diz: Deus já providenciou Salvação em Cristo, e credita Seu perdão ao arrependido. É em cima desse trilho que a Carta aos Gálatas flui. Tem muita gente no cristianismo que ainda não entendeu isso. De alguma forma ainda faz uso, de algum recurso humano, para ser aceito por Deus.”
13 Porque vocês ouviram qual foi, no passado, o meu modo de agir no judaísmo, como, de forma violenta, eu perseguia a igreja de Deus e procurava destruí-la.
14 E, na minha nação, quanto ao judaísmo, levava vantagem sobre muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições dos meus pais.
15 Mas, quando Deus, que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, achou por bem
16 revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, não fui imediatamente consultar outras pessoas,
Nos versos (13 e 14) Paulo fala da sua dedicação ao judaísmo, agora, de sua entrega a Cristo e Sua causa. Lá, no judaísmo, tudo era por seus esforços, aqui diz que é “pela Sua Graça”. Lá, defendia leis punitivas, aqui proclamava a Cristo. Lá, tudo fluía do seu intelecto, aqui era Jesus falando por ele. Lá, perseguia em nome de Deus; aqui, era perseguido por Seu nome. Lá, proclamava religião; aqui, uma experiência com o Senhor. Lá, era um duro nacionalista; aqui, tinha missão com os odiados gentios. Lá, aprendera com os mestres; aqui, diretamente do Senhor. Lá, anos de estudos; aqui, um momento de luz, caído na estrada! Lá, obedecia para alcançar a Deus; aqui, porque havia sido alcançado. “Não consultei carne e sangue”: Tendo visto a Cristo Glorificado, Paulo não precisou de Concílios Teológicos. Saiu pregando! E nós? Também! Tudo que fazemos é por Sua Graça em nós que, como cachoeira de amor, flui para os outros.
17 nem fui a Jerusalém para me encontrar com os que já eram apóstolos antes de mim, mas fui para as regiões da Arábia e voltei, outra vez, para Damasco.
18 Passados três anos, fui a Jerusalém para me encontrar com Cefas e fiquei quinze dias com ele.
19 E não vi outro dos apóstolos, a não ser Tiago, o irmão do Senhor.
20 Ora, a respeito do que estou escrevendo a vocês, afirmo diante de Deus que não estou mentindo.
21 Depois, fui para as regiões da Síria e da Cilícia.
22 E eu não era conhecido pessoalmente pelas igrejas da Judeia, que estão em Cristo.
23 Ouviam somente dizer: “Aquele que antes nos perseguia, agora prega a fé que no passado procurava destruir.”
24 E glorificavam a Deus a meu respeito.
Após a estrada de Damasco Paulo isolou-se no deserto da Arábia por três anos. Quando apareceu não era conhecido pelas Igrejas como irmão. Apenas ouviram dizer que o perseguidor tornara-se pregador de Cristo. Paulo foi de perseguidor a pregador. Esse é o supremo poder da conversão! Essa notícia enchia os crentes de alegria e glorificavam a Deus por essa conquista. “Estavam em Cristo”. A Igreja primitiva estava em Cristo! Tinha poder e sede por almas! Essa é a segurança no evangelismo: levar o pecador a Cristo, antes de doutrinas. “E glorificavam a Deus a meu respeito”. A Igreja primitiva se alegrava com conversões. A alegria do Evangelismo era o centro das conversas. Essa era a “fofoca” deles! Que maravilhoso desenho da Igreja ideal: Estar em Cristo e festejar conversões!