Ellen White
Ofertas de gratidão por realizações passadas
Somos gratos a Deus por terem nossas Escolas Sabatinas contribuído bastante para o progresso de muitos empreendimentos valiosos. As crianças e os jovens têm dado suas moedas que, como pequenos regatos, se transformaram num rio de beneficência. As crianças devem ser educadas de tal modo que pratiquem atos abnegados, que o Céu se regozijará em contemplar.
Quando sobre elas estiver o orvalho da juventude, devem ser preparadas para trabalhar para Cristo. Ensine-se lhes a serem abnegadas. — Testimonies on Sabbath School Work, 113.
Ofertas sistemáticas e regulares
Esta questão de dar não foi deixada à mercê dos impulsos. Deus nos tem dado instruções definidas a esse respeito. Ele especificou dízimos e ofertas como a medida de nossa obrigação. E deseja que demos regular e sistematicamente. Paulo escreveu à igreja de Corinto: “Quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós coloque de parte o que puder ajuntar, [130] conforme a sua prosperidade.” Examine cada um regularmente sua renda, a qual é toda uma bênção de Deus, e coloque de parte o dízimo como um fundo separado, para ser sagradamente do Senhor. Esse fundo não deve em caso algum ser empregado em qualquer outro fim; unicamente para sustento do ministério evangélico. Depois de separado o dízimo, sejam tirados donativos e ofertas, segundo “a prosperidade” que Deus lhe deu. — The Review and Herald, 9 de Maio de 1893.
Ofertas semanais sistemáticas
As ofertas das criancinhas são aceitáveis e agradáveis a Deus. O valor da oferta mede-se pelo espírito que a anima. Os pobres, pondo de parte cada semana uma pequena soma, conforme a regra do após- tolo, ajudam a fortalecer o tesouro, e suas dádivas são inteiramente aceitas a Deus; pois fazem sacrifício tão grande, e mesmo maior que seus irmãos abastados. O plano de beneficência sistemática provar-se-á uma salvaguarda a toda família contra a tentação de dispor dos recursos para coisas desnecessárias, e especialmente mostrará ser uma bênção para os ricos, pois que os preserva de se mostrarem condescendentes para com as extravagâncias.
Pondo cada membro da família em plena execução o plano, toda semana são trazidas à lembrança as reivindicações de Deus a cada família; e ao se negarem alguma superfluidade a fim de terem meios para depositar na tesouraria, o coração estará sendo impressionado com lições de valor sobre a abnegação para a glória de Deus. Uma vez em cada semana cada um é posto face a face com os efeitos da semana anterior — a renda que teria alcançado se tivesse sido econômico, e os recursos que lhe faltam por ter sido condescendente. Sua consciência é retida, por assim dizer, diante de Deus, e o elogia ou acusa. Ele aprende que se possui paz de espírito e o favor de Deus, deve comer, beber e vestir-se para Sua glória.
Uma grande honra
Deus, em Seus sábios planos, fez depender o avanço de Sua causa dos esforços pessoais de Seu povo, e de suas ofertas voluntárias. Aceitando a cooperação do homem no grande plano da redenção, sobre ele colocou uma assinalada honra. Não pode o ministro pregar, a não ser que seja enviado. A tarefa de disseminar a luz não repousa sobre o ministro apenas. Cada pessoa, uma vez havendo-se tornado membro da igreja, obriga-se a ser um representante de Cristo, vi- vendo a verdade que professa. Os seguidores de Cristo devem levar avante a obra que Ele deixou para eles quando ascendeu ao Céu. — Testimonies for the Church 4:464.
A providência de Deus antecede nossa liberalidade
As pequenas e grandes correntes de beneficência devem ser mantidas sempre fluindo. A providência de Deus vai muito adiante de nós, movendo-se muito mais depressa que a nossa liberalidade. O caminho para a edificação e progresso da causa de Deus é bloqueado pelo egoísmo, pelo orgulho, pela cobiça, pela extravagância e amor à ostentação. Sobre toda a igreja recai a solene responsabilidade de fazer prosperar cada ramo da obra. Se seus membros seguirem a Cristo, negarão a inclinação do exibicionismo, o amor dos vestidos, das casas elegantes e custoso mobiliário. É preciso que haja muito maior humildade, muito maior distinção do mundo, entre os adventistas do sétimo dia, doutro modo Deus não nos aceitará, seja qual for nossa posição ou o caráter da obra em que estivermos empenha- dos. Economia e abnegação proverão para muitos, em condições medianas, os meios para beneficência. É dever de todo discípulo de Cristo, andar humildemente na trilha da abnegação palmilhada pela Majestade do Céu. Toda a vida do cristão deve ser de altruísmo, para que, ao serem feitos pedidos de auxílio, ele possa responder prontamente.
Enquanto Satanás operar com irrefreável energia para destruir as almas; enquanto houver um chamado para obreiros no vasto campo da seara, haverá o convite para que se dê para o sustento da obra de Deus em qualquer de seus inúmeros setores. Solucionamos uma necessidade apenas para dar lugar a que se solucione outra de igual caráter. A abnegação pedida para que se obtenham meios a serem aplicados naquilo a que Deus dá o maior valor, desenvolverá hábitos e um caráter que nos garantirão a aprovação “bem está”, e nos capacitarão a habitar para sempre na presença dAquele que por nós Se tornou pobre, para que por Sua pobreza herdássemos [133] riquezas eternas. — Testimonies for the Church 7:296, 297.
Quando nos podemos cansar de dar “Bem”, poderá alguém dizer, “continuam a vir sempre os pedidos para dar à Causa. Estou cansado de dar.” Estais? Então permiti que eu pergunte: Estais cansados de receber benefícios das mãos de Deus? Enquanto Ele não cessar de vos abençoar achar-vos-eis debaixo da obrigação de Lhe devolver a porção que Ele reclama. Ele vos abençoa para que esteja em vosso poder abençoar a outros. Quando estiverdes cansados de receber, podereis dizer: “Estou cansado de tantos convites para dar.” — Testimonies for the Church 5:150.
Ampliação da obra
O povo de Deus tem diante de si uma poderosa obra, uma obra que deve erguer-se continuamente a maiores preeminências. Nossos esforços nas atividades missionárias devem tornar-se muito mais amplos. Antes da segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo deverá ser feita uma obra mais decidida do que a que se fez até agora. O povo de Deus não deve cessar de trabalhar até que haja envolvido o mundo. — Testimonies for the Church 6:23, 24.
Não pedir diminuição
De cada igreja devem subir a Deus orações para aumento de devoção e liberalidade. Meus irmãos e irmãs, não peçais diminuição da obra evangelística. Enquanto houver almas para serem salvas, nosso interesse nessa obra não deve conhecer abatimento. A igreja não pode encurtar sua tarefa sem negar o seu Mestre. Nem todos podem ir aos campos estrangeiros como missionários, mas todos podem dar de seus meios para o avançamento das missões estrangeiras. – Testimonies for the Church 9:55, 56.
Faremos o melhor?
Minha alma freme em mim quando de todas as direções, das cidades e vilas de nossa própria terra, através do Atlântico, do vasto Pacífico e das ilhas do mar vem o clamor macedônio: “Passa… e ajuda-nos.” Irmãos e irmãs, respondereis ao chamado, dizendo: “Faremos o melhor, quer enviando missionários, quer dinheiro. Negaremos a nós mesmos no embelezamento de nossos lares, no adorno de nossa pessoa e na satisfação de nosso apetite. Daremos para a causa de Deus os meios a nós confiados, e nos devotaremos a nós mesmos sem reserva para a Sua obra?” As necessidades da causa são expostas diante de nós; as arcas vazias apelam para nós de maneira patética, pedindo auxílio. Um dólar é agora de mais valor para a obra do que dez no futuro.
Trabalhai, irmãos, trabalhai enquanto tendes oportunidade, enquanto é dia. Trabalhai, pois “a vem, quando ninguém pode trabalhar”. Quão cedo pode vir à noite, não podeis dizer. Agora é a vossa oportunidade; aproveitai-a. Se há alguém que não pode dar auxílio pessoal no trabalho missionário, que viva economicamente, e dê de suas economias. — Testimonies for the Church 5:732, 733. [135]
Oração e ofertas para as missões
Irmãos e irmãs, comprometeis-vos diante de Deus hoje a orar por aqueles que foram escolhidos para ir a outras terras? Comprometeis- vos a não apenas orar por eles, mas a sustentá-los com vossos dízimos e ofertas? Comprometeis-vos a praticar estrita abstenção para que possais ter mais para dar para o avançamento da obra nas “regiões além”? Sentimo-nos movidos pelo Espírito de Deus a pedir que vos comprometais diante dEle a separar alguma coisa semanalmente para a manutenção de nossos missionários. Em assim fazendo Deus vos ajudará e abençoará. — The Review and Herald, 11 de Novembro de 1902.
Descobrir meios e recursos
A igreja de Cristo na Terra foi organizada com propósito missionário, e o Senhor deseja ver toda a igreja planejando caminhos e meios pelos quais o exaltado e o humilde, o rico e o pobre, possam ouvir a mensagem da verdade. Nem todos são chamados a trabalho pessoal nos campos missionários, mas todos podem fazer alguma coisa por meio de suas orações e ofertas, para ajudar a obra missionária.
Um cidadão americano, homem de negócio, fervoroso cristão, em conversa com um colega, fez notar que ele próprio trabalhava para Cristo 24 horas por dia. “Em todas as minhas relações comerciais”, disse ele, “procuro representar meu Mestre. Quando encontro oportunidade, procuro salvar outros para Ele. Trabalho para Cristo durante o dia todo. E à noite, enquanto durmo, tenho na China um homem trabalhando para Ele.” — Testimonies for the Church 6:29. [136]
Promover o trabalho missionário local
Mostrar um espírito liberal, abnegado para com o êxito das missões estrangeiras, é um meio seguro de fazer avançar a obra missionária na pátria; pois a prosperidade da obra nacional depende grandemente, abaixo de Deus, da influência reflexa da obra evangélica feita nos países afastados. É trabalhando para prover às necessidades de outros, que pomos nossa alma em contato com a Fonte de todo poder. O Senhor tem observado todos os aspectos do zelo missionário manifestado por Seu povo em favor dos campos estrangeiros. É Seu desígnio que, em todo lar, toda igreja e em todos os centros da obra, se manifeste um espírito de liberalidade no enviar auxílio aos campos estrangeiros, onde os obreiros estão lutando contra grandes desvantagens para comunicar a luz da verdade aos que se acham assentados em trevas. Aquilo que é dado para iniciar a obra num campo, redunda em avigoramento da mesma em outros lugares.
Deus honra o despenseiro fiel
Deus fez dos homens os Seus despenseiros. A propriedade que Ele pôs em suas mãos são os meios que Ele proveu para a propagação do evangelho. Àqueles que se mostrarem mordomos fiéis Ele confiará maiores bens. Diz o Senhor: “Aos que Me honram honra- rei.” “Deus ama ao que dá com alegria”, e quando Seu povo, com corações gratos, Lhe trazem seus dons e ofertas, “não com tristeza, ou por necessidade”, Suas bênçãos os acompanharão, conforme Ele prometeu.
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos exércitos, se Eu vos não abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.” — Patriarcas e Profetas, 529.
O que poderia ter sido
Um dilúvio de luz está irradiando da Palavra de Deus, e é preciso que haja um despertamento para oportunidades negligenciadas. Quando todos forem fiéis em devolver a Deus o que a Ele pertence em dízimos e ofertas, abrir-se-á o caminho para que o mundo ouça a mensagem para este tempo. Se o coração do povo de Deus se enchesse do amor de Cristo; se cada membro de igreja fosse inteiramente imbuído do espírito de sacrifício; se todos manifestassem completo fervor, não haveria falta de fundos para as missões nacionais ou estrangeiras. Nossos recursos seriam multiplicados; mil portas de utilidade se abririam e nós seríamos convidados a entrar. Tivesse sido o propósito de Deus em dar ao mundo a mensagem de misericórdia executado por Seu povo, e Cristo já poderia ter vindo à Terra e os santos já teriam recebido as boas-vindas na cidade de Deus. — Testimonies for the Church 6:450.
Bênção permanente sobre o permanente doador
Se todos os que se dizem filhos e filhas de Deus fossem conscienciosos em sua obrigação para com Deus e o próximo no que diz respeito a dízimos e ofertas, haveria abundância no tesouro para sustentar a obra de Deus nos diferentes ramos em todo o mundo. Na [138] medida em que repartissem, o Senhor abriria caminhos pelos quais pudessem ser habilitados a dar continuamente, pois estavam continuamente recebendo. Não haveria então ocasião para fazerem- se apelos visando meios para o sustento da causa. Se o princípio de dar ao Senhor o que Lhe pertence fosse praticado regular e sistematicamente, haveria manifestação de reconhecimento da parte de Deus. “Ao que Me honra, honrarei.” — The Review and Herald, 16 de Maio de 1893.
Mais elevados motivos que a mera simpatia
As trevas morais de um mundo arruinado apelam a homens e mulheres cristãos para que se entreguem a esforço individual, para que deem de seus meios e influências, a fim de que possam eles alcançar a imagem dAquele que, embora possuindo infinitas riquezas, Se fez pobre por nós. O Espírito de Deus não pode habitar com aqueles que, havendo-lhes Ele enviado a mensagem de Sua verdade, precisam ser constrangidos antes que possam ter qualquer senso de seu dever como co-obreiros de Cristo. O apóstolo faz realçar o dever de dar com mais elevados motivos que a mera simpatia humana, pois os sentimentos são instáveis. Ele dá ênfase ao princípio de que devemos trabalhar singela e altruisticamente para glória de Deus. — Testimonies for the Church 3:391.
Vencendo o natural egoísmo
Não são os homens por natureza inclinados à benevolência, mas à mesquinhez e avareza, e a viverem para o eu. Satanás está sempre pronto a apresentar as vantagens que poderão advir pelo uso de todos os meios, para propósitos egoístas e mundanos; e se alegra quando consegue influenciá-los para se esquivarem ao dever e a roubarem a Deus nos dízimos e ofertas. Mas neste assunto ninguém fica escusado. “Cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade.” O pobre, o rico, os rapazes e as moças que recebem salário — todos devem pôr de parte alguma coisa; pois Deus o reclama. A prosperidade espiritual de cada membro da igreja depende do esforço pessoal e da estrita fidelidade a Deus. — Testimonies for the Church 5:382.
Ensinar beneficência às crianças no lar
Nosso grande adversário está constantemente trabalhando, com poder, para atrair a juventude à condescendência própria, orgulho e extravagância, a fim de que sua mente e coração estejam tão cheios dessas coisas que, em suas afeições, não haja lugar para Deus. Por esses meios, está ele deturpando o caráter e diminuindo o intelecto dos jovens desta geração. É o dever dos pais impedir-lhe a operação. Toda influência que tenda a preservar no coração dos jovens verdadeira e sincera humildade e o conhecimento da vontade divina, ajudará a impedir que sejam corrompidos pelos vícios deste século.
Uma das mais eficazes barreiras contra a onda do mal é o cultivo de hábitos de abnegação e benevolência. As crianças devem ser educadas a olhar com desgosto os hábitos de egoísmo e ambição. Deus tem sobre elas sagrados direitos e precisam ser instruídas, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, a reconhecer e estimar conscienciosamente esses direitos.
Deve ser conservado perante as jovens e tenras mentes que, no sol e na chuva, que fazem florescer a vegetação e a terra produzir suas novidades para servir o homem, Deus está constantemente dando Suas bênçãos a Seus filhos confiantes. Essas bênçãos não nos são concedidas para animar nossa natureza egoísta a reter os tesouros da bondade divina, fixando nelas nossas afeições, mas para que devolvamos ao Doador, dádivas e ofertas. É esta a menor expressão de gratidão e amor que podemos render a nosso amorável Criador. Tem havido grande negligência por parte dos pais em procurar interessar os filhos nos desenvolvimentos da causa de Deus. Em muitas famílias as crianças parecem ser postas de lado, como se fossem seres irresponsáveis. A fim de juntar riquezas para os filhos, muitos pais chegam mesmo a roubar a Deus de Seus justos direitos aos dízimos e ofertas, sem pensar que, assim fazendo, abrem a seus queridos uma porta de tentação que geralmente se demonstrará sua ruína. Removem dos filhos a necessidade de esforço pessoal e, com ele, o incentivo às realizações nobres.
Se a isso fossem animadas, as crianças obteriam recursos para devotar a fins de beneficência e ao avançamento da causa divina, e o fato de terem investido alguma coisa nesses empreendimentos lhes aumentaria o interesse. Seus pequenos donativos seriam um auxílio apreciável e, devido ao esforço feito, as próprias crianças estariam melhor, tanto física como mental e moralmente. Mediante sua diligência e abnegação, alcançariam valiosa experiência que as ajudaria a ter êxito nesta vida e a assegurar a vida por vir. — Testimonies on Sabbath School Work, 98-100.
Restrição a necessidades imaginárias
Se os homens fossem hoje em dia simples em seus hábitos, vi- vendo em harmonia com as leis da Natureza, como faziam Adão e Eva no princípio, haveria abundante provisão para as necessidades da família humana. Haveria menos necessidades imaginárias e mais oportunidades de trabalhar em harmonia com os desígnios de Deus. Mas o egoísmo e a condescendência com os gostos naturais têm trazido pecado e miséria ao mundo, por excesso de um lado, e carência do outro. — O Desejado de Todas as Nações, 367.
Não haverá necessidade de estímulos nocivos
Os que têm em vista as realidades eternas, que amam ao Senhor de todo o coração, de toda a alma e com todas as forças, e a seu próximo como a si mesmos, cumprirão conscienciosamente seu inteiro dever, como se a cortina fosse descerrada e eles vissem que estavam trabalhando sob as vistas do Universo celestial. O espírito de liberalidade cristã se fortalecerá à medida que for exercitado, e não necessitará ser estimulado por processos espúrios.
Todos os que possuem este espírito, o Espírito de Cristo, levarão com viva alegria suas ofertas para o tesouro do Senhor. Inspirados pelo amor a Cristo e pelas almas por quem Ele morreu, desempenham sua parte com intenso fervor e fidelidade. — The Review and Herald, 16 de Maio de 1893.
O rendimento das pequenas ofertas
Os pais não têm ensinado aos filhos os preceitos da lei como Deus lhes ordenou. Eles os têm educado em hábitos de egoísmo. Têm-nos ensinado a considerar seus aniversários e festas como ocasiões em que esperam receber presentes e seguir os hábitos e costumes do mundo. Tais oportunidades, que deveriam servir para incrementar o conhecimento de Deus e despertar a gratidão do coração por Sua misericórdia e amor em preservar-lhes a vida por mais um ano, são transformadas em ocasiões para agradar-se a si mesmos, para adulação e glorificação dos filhos.
Foram eles guardados pelo poder de Deus em cada momento de sua vida, e, contudo os pais não ensinam seus filhos a nisto pensar e exprimir gratidão por Sua misericórdia para com eles. Se crianças e jovens tivessem sido convenientemente instruídos nesta fase do mundo, que honra, que louvor e graças subiriam de seus lábios a Deus! Que soma de pequenas ofertas seria levada pelas mãos desses pequeninos ao tesouro do Senhor como sinal de gratidão! Deus seria lembrado em vez de esquecido. — The Review and Herald, 13 de Novembro de 1894.
Ofertas natalícias
Na dispensação judaica, por ocasião do nascimento dos filhos, era feita uma oferta a Deus, por indicação dEle próprio. Agora vemos os pais tendo o especial cuidado de dar presentes aos filhos por ocasião de seus aniversários. Fazem disto uma ocasião para honrar a criança, como se a honra fosse devida ao ser humano. Satanás tem nisto encontrado seu próprio objetivo; tem desviado a mente e as ofertas para seres humanos; assim os pensamentos dos filhos concentram-se em si mesmos, como se devessem eles ser feitos objeto de especial favor. Aquilo que devia retornar a Deus em ofertas que abençoassem o necessitado e levassem a luz da verdade ao mundo, é desviado do justo canal e frequentemente faz mais mal que bem, agindo como encorajamento à vaidade, ao orgulho e à presunção. Por ocasião de aniversários, os filhos devem ser ensinados que têm motivos de gratidão para com Deus por Sua terna benignidade em lhes conservar a vida por um ano mais. Podem-se dar assim preciosas lições. Pela vida, a saúde, o alimento, o vestuário, não menos que pela esperança de vida eterna, somos devedores ao Doador de todas as mercês; e devemos a Deus o reconhecimento de Seus dons, e apresentar nossas ofertas de gratidão, a nosso maior benfeitor. Essas ofertas natalícias são reconhecidas no Céu. — The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1890.
Uma Lembrança do Cuidado e Amor de Deus
Nossos aniversários, Natal e festas do Dia de Ações de Graças, são não raro devotados a satisfações egoístas, quando a mente devia ser dirigida para a amorável bondade e misericórdia de Deus. É desagradável ao Senhor que Sua bondade, Seu constante cuidado, Seu incessante amor, não sejam trazidos à mente nas ocasiões de aniversário. — The Review and Herald, 23 de Dezembro de 1890.
Dando Prioridade a Deus
As reivindicações de Deus têm a primazia. Não fazemos Sua vontade quando Lhe consagramos aquilo que resta de nossas reais ou supostas necessidades. Antes de gastarmos uma só parcela de nossos rendimentos devemos separar e oferecer a Deus a parte que de nós requer. Na antiga dispensação uma oferta em ações de graças era conservada sempre queimando sobre o altar, evidenciando assim a eterna obrigação em que estamos para com Deus. Se somos prósperos em nossos negócios materiais, é porque Deus nos abençoa. Uma parte de nossa renda deve ser consagrada aos pobres e uma grande parte à causa de Deus. Se dermos a Deus o que Ele pede, o restante será santificado e abençoado em proveito nosso. Porém, se um homem rouba a Deus retendo a parte que Ele requer, a maldição recai sobre tudo que possui. — Testimonies for the Church 4:477.
Nosso exemplo divino
O fundamento do plano da salvação foi estabelecido em sacrifício. Jesus deixou as cortes reais e tornou-Se pobre, para que por Sua pobreza fôssemos enriquecidos. Todos os que participam desta salvação, adquirida para eles por tão infinito sacrifício do Filho de Deus, seguirão o exemplo do verdadeiro Modelo. Cristo foi a principal Pedra de esquina, e sobre este fundamento devemos nós edificar. Cada um deve possuir espírito de altruísmo e negação do eu. — Testimonies for the Church 3:387.
Cristo avalia as obras de amor
Cristo dá valor aos atos de sincera cortesia. Quando qualquer pessoa Lhe prestava um favor, com celestial delicadeza Ele a abençoava. Não recusava a mais singela flor arrancada pela mão de uma criança e a Ele oferecida com amor. Aceitava as ofertas dos pequeninos, e abençoava os doadores inscrevendo-lhes o nome nos livros da vida. A unção feita por Maria acha-se nas Escrituras, mencionada como distintivo das outras Marias. Atos de amor e reverência para com Jesus são uma demonstração de fé nEle como Filho de Deus. – O Desejado de Todas as Nações, 564. Nenhuma oferta é pequena quando dada com sinceridade e alegria de alma. — Parábolas de Jesus, 359.
A parte de Deus e a nossa
O único meio ordenado por Deus para o avançamento de Sua causa, visa abençoar os homens com posses. Ele dá-lhes sol e chuva; faz florir a vegetação; dá saúde e habilidade para adquirir meios. Todas as nossas bênçãos vêm de Suas mãos generosas. Por Sua vez espera que homens e mulheres mostrem sua gratidão, devolvendo- Lhe uma parte em dízimos e ofertas — ofertas de gratidão, ofertas voluntárias e ofertas pelo pecado. — Testimonies for the Church 5:150. [146]
A mais elevada eficácia da dádiva de amor
Deus Se deleita em honrar a oferta de um coração que ama, e dá- lhe a mais elevada eficiência em Seu serviço. Se dermos o coração a Jesus, dar-Lhe-emos também as nossas dádivas. Nosso ouro e prata, nossas mais preciosas posses terrestre, nossos mais elevados dotes mentais e espirituais ser-Lhe-ão inteiramente consagrados, a Ele que nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós. — O Desejado de Todas as Nações, 65.
Uma condição de prosperidade
As contribuições exigidas dos hebreus para fins religiosos e caritativos, montavam a uma quarta parte completa de suas rendas. Uma taxa tão pesada sobre os recursos do povo poder-se- ia esperar que os reduzisse à pobreza; mas, ao contrário, a fiel observância destes estatutos era uma das condições de sua prosperidade. Sob a condição de sua obediência, Deus lhes fez esta promessa: “Por causa de vós repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados: porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos exércitos.” — Patriarcas e Profetas, 527.
Cada oferta com seu motivo especificado
Foi-me mostrado que o anjo relator faz um fiel registro de cada oferta dedicada a Deus, e levada ao tesouro, e também do resultado final dos meios assim oferecidos. Os olhos de Deus tomam conhecimento de cada moeda dedicada a Sua causa, e a voluntariedade ou relutância do doador. O motivo em dar é anotado. Todos os abnegados e consagrados que devolvem a Deus o que Lhe pertence, tal como deles requer, serão recompensados de acordo com suas obras.
Mesmo que sejam malbaratados os meios assim consagrados, de maneira que não realizem o objetivo que o doador tinha em vista a glória de Deus e salvação das almas — os que fizeram o sacrifício em sinceridade de coração, tendo apenas em vista a glória de Deus, não perderão a sua recompensa. — Testimonies for the Church 2:518, 519.