Caminho para a Fé: Gálatas 3:21-25 – por Matheus Cardoso

No estudo 5, vimos que as seguintes expressões de Gálatas estão intimamente relacionadas:

· debaixo da “maldição” da lei (Gálatas 3:10, 13);

· “debaixo do pecado” (3:22);

· debaixo da “lei” (3:23; 4:4, 5, 21; 5:18);

· debaixo do “tutor” ou “disciplinador” (3:25).

Estar “debaixo da lei” é o mesmo que estar debaixo da “maldição da lei” e “debaixo do pecado”. Em outras palavras, quem está “debaixo da lei” é quem desobedece à lei, e não quem a obedece. E tudo o que a lei pode oferecer aos transgressores é a condenação pela desobediência, que é a morte eterna. Portanto, todas as expressões da lista acima se referem à condenação da lei. Entendendo esses fatos, podemos estudar Gálatas 3:22-25.

Note o paralelo entre os versículos 22 e 23:

· “A Escritura confinou tudo debaixo do pecado, para que a promessa, que é pela fé em Jesus Cristo, fosse dada aos que creem” (v. 22).[1]

· “Antes que viesse a fé, éramos guardados debaixo da lei, confinados para a fé que seria revelada” (v. 23). Estar confinado “debaixo da lei” é o mesmo que estar confinado “debaixo do pecado”. A leitura desse texto completo confirma a chave de Gálatas: Paulo se refere à função da lei com relação ao pecado (ressaltá-lo e condená-lo).

Qual era o propósito da lei?

Depois de mostrar que a proclamação da lei no Sinai não anulou a promessa de salvação feita a Abraão, Paulo pergunta: “Então, a lei opõe-se às promessas de Deus? De maneira nenhuma! Pois, se tivesse sido dada uma lei que pudesse conceder vida, certamente a justiça viria da lei” (Gálatas 3:21, NVI).

Assim como hoje, no tempo de Paulo muitos acreditavam que a lei de Deus fosse contrária ao evangelho (a promessa de salvação feita a Abraão). Mas o apóstolo rejeitou essa ideia de maneira enfática. Ele explicou que a função da lei nunca foi conceder vida espiritual e justificação. Portanto, nem mesmo durante a época do Antigo Testamento as pessoas eram salvas pela obediência à lei. Não porque exista algum problema na lei, mas esse simplesmente não é o propósito dela, e nunca o foi.

A lei não é contrária à promessa, porque ambas têm diferentes papéis e funções no plano maior de Deus para a salvação. A promessa feita a Abraão mostra que podemos ser salvos somente pela fé. Mas, então, qual era a função da lei? Por que Deus a proclamou no Sinai? Para responder a essas perguntas, Paulo comparou a lei a um carcereiro e a um disciplinador:

1. A lei como carcereiro

“A Escritura confinou tudo debaixo do pecado, para que a promessa, que é pela fé em Jesus Cristo, fosse dada aos que creem. Antes que viesse a fé, éramos guardados debaixo da lei, confinados para a fé que seria revelada” (Gálatas 3:22-23). Outra versão diz que “nós éramos prisioneiros da lei” (v. 22, NTLH).

Note que esse texto fala sobre estar “debaixo do pecado” e “debaixo da lei”, que é praticamente o mesmo que estar debaixo da “maldição da lei”. Portanto, a ideia básica é a condenação da lei. Como vimos no estudo 6, Deus proclamou a lei no Sinai para desempenhar essa função em relação ao pecado.

A imagem usada nesse texto é a seguinte: a lei revela o pecado e, ao fazê-lo, condena o pecador. Embora isso seja verdade a respeito de toda a humanidade, Paulo estava se referindo primariamente ao povo de Israel. Esse é o assunto de Gálatas 3:19-25. A lei funciona como um carcereiro, prendendo todos os que a transgrediram e trouxeram sobre si mesmos a sentença de morte.

2. A lei como disciplinador

“A lei se tornou nosso guardião disciplinador, levando-nos a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Porém, tendo vindo a fé, já não estamos mais debaixo do guardião disciplinador” (Gálatas 3:24-25).

Esse texto fala sobre estar “debaixo do guardião disciplinador”, que é praticamente o mesmo que estar “debaixo do pecado”, “debaixo da lei” e “debaixo da maldição da lei”. Novamente, a ideia básica é a condenação da lei.

Na sociedade romana, o disciplinador ou tutor (em grego, paidagógos) “era um escravo colocado numa posição de autoridade sobre os filhos de seu senhor, a partir dos seis ou sete anos, até que atingissem a maturidade”. Por isso, era um disciplinador rigoroso, que exigia boa conduta. Em algumas gravuras antigas que sobreviveram, o disciplinador é inclusive representado com uma vara na mão. Com essa ilustração, Paulo estava dizendo que a lei nos reprova e condena como pecadores.

Em outros textos, Paulo apresenta a mesma ideia: a lei mostra o pecado e, ao fazer isso, condena os pecadores (Romanos 3:20; 4:15; 5:13, 20; 7:7-11). Isso porque “pecado é a transgressão da lei” (1João 3:4; veja Romanos 4:15). Ao proclamar a lei no Sinai, Deus desejava mostrar aos israelitas quão pecaminosos eles eram e como o pecado é ofensivo a Ele.

“Perguntam-me acerca da lei em Gálatas. Qual lei é o aio [ou guardião ou disciplinador] que nos leva a Cristo? Respondo: Tanto o código cerimonial como o moral, dos Dez Mandamentos. […] ‘A lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados’ (Gálatas 3:24). Nessa passagem, o Espírito Santo, pelo apóstolo, Se refere especialmente à lei moral. A lei revela nosso pecado, levando-nos a sentir nossa necessidade de Cristo e a fugir para Ele em busca de perdão e paz por meio do arrependimento para com Deus e da fé em nosso Senhor Jesus Cristo.”[2]

Portanto, carcereiro e disciplinador são duas ilustrações que apresentam a mesma verdade: a lei tinha o objetivo de revelar o pecado e condenar o pecador. Por isso mesmo, essa não pode se limitar às leis cerimoniais, visto que elas não se destinavam a revelar o pecado e muito menos a condenar o pecador.

O propósito supremo da lei

Alguns podem imaginar que Paulo era pessimista e falava apenas sobre o aspecto negativo da lei. Nada poderia estar mais distante da realidade. Mesmo nessa função “negativa” da lei, de condenar o pecador, Deus teve em mente um propósito maior, positivo, glorioso. A fim de mostrar esse propósito supremo, Paulo usou as seguintes palavras:

· “A Escritura confinou tudo debaixo do pecado, para que a promessa […] fosse dada aos que creem” (Gálatas 3:22).

· “Éramos guardados debaixo da lei, confinados para a fé que seria revelada” (v. 23).

· “A lei se tornou nosso guardião disciplinador, levando-nos a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé” (v. 24).

Ao condenar os pecadores, a lei na verdade estava desempenhando uma função essencial no plano da salvação: fazê-los sentir a necessidade de Cristo e do cumprimento da promessa da salvação. Em vez de ser contrária à graça, a lei, na verdade, a promovia! Portanto, a lei, em si mesma, não promove o legalismo. Seria um absurdo pensar que Deus havia dado a lei ao povo de Israel para ser usada de modo legalista. Em realidade, de formas diferentes, a promessa a Abraão e a lei dada no Sinai se destinavam a ensinar a mesma verdade: que a salvação é somente pela fé em Cristo.

Podemos resumir Gálatas 3:19-25 da seguinte forma:

· O motivo de a lei ter sido dada: a apostasia dos israelitas (a lei “foi acrescentada por causa das transgressões”, Gálatas 3:19).

· O resultado de a lei ter sido dada: condenou os transgressores à morte (“a Escritura confinou tudo debaixo do pecado”, v. 22).

· O propósito de a lei ter sido dada: fazê-los sentir sua necessidade de Cristo, levá-los a Ele (“levando-nos a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé”, v. 24).

Os oponentes de Paulo acreditavam que a função da lei fosse justificar (absolver, salvar) o pecador, mas, em realidade, a função da lei era condenar o pecador e fazê-lo sentir a necessidade do Salvador. A lei de Deus não tem poder para salvar o transgressor nem para capacitá-lo a obedecer; ela pode apenas mostrar seus pecados e condená-lo. Somente Cristo pode nos libertar da condenação da lei e nos capacitar a obedecê-la. Quando tentavam se livrar da condenação da lei por sua própria obediência, os oponentes de Paulo estavam negando a eficácia do sacrifício de Cristo (Gálatas 2:21).

Cristo aboliu a lei?

Paulo afirma claramente que, desde que Cristo veio, não mais estamos “debaixo da lei” e “debaixo do disciplinador” (que é a lei). Ele escreveu:

· “Antes que viesse a fé, éramos guardados debaixo da lei, confinados para a fé que seria revelada” (Gálatas 3:23).

· “Tendo vindo a fé, já não estamos mais debaixo do guardião disciplinador” (v. 25).

Deixando de ler o contexto desses versículos, alguns cristãos concluem que, quando Cristo veio, a lei foi abolida. Mas já vimos que estar “debaixo da lei” e “debaixo do guardião disciplinador” significa estar “debaixo da maldição da lei”, ou seja, a condenação dada por ela ao transgressor.

Essa chave foi confirmada no estudo acima, sobre Gálatas 3:19-25. Nesse texto, Paulo mostra que a lei foi dada no Sinai para cumprir uma “função condenatória” em relação ao povo de Deus. Ou seja:

· revelar (ou ressaltar) o pecado,

· condenar os transgressores à morte eterna e

· fazê-los sentir a necessidade de Cristo.

Portanto, o que terminou na cruz não foi a lei, mas sua função condenatória. Em outras palavras:

· a lei não mais ressalta (ou seja, “acusa”) nosso pecado e

· não mais nos condena,

· pois estamos em Cristo, justificados pela fé.

Em resumo, a partir do momento em que Cristo morreu, sofrendo a condenação que merecíamos (Gálatas 3:13), não mais estamos sob a condenação da lei.

Agora podemos compreender melhor um texto estudado na semana passada: a lei “foi acrescentada por causa das transgressões, até que viesse o Descendente a quem se referia a promessa” (Gálatas 3:19). Esse texto significa simplesmente que, a partir da vinda de Cristo, aqueles que O aceitam como Salvador não mais estão “debaixo da lei” (v. 23), ou seja, estão livres da condenação da lei (v. 13).

O teólogo Ángel Manuel Rodríguez resume Gálatas 3:19–4:7: “A função da lei não era dar vida [eterna]; caso contrário, a pessoa seria justificada pela lei (Gl 3:21). Paulo atribui à lei um papel específico: ela é o carcereiro que impede a fuga dos prisioneiros (v. 23) e se certifica de que eles estão debaixo da maldição, merecendo a morte (v. 13).

“Mas a lei teve essa função apenas por um período limitado de tempo, até a vinda do Salvador prometido. Paulo comparou a lei a um tutor que nos leva a Cristo (v. 24). Ele nos livrou da maldição da lei e da prisão do pecado, quando nasceu debaixo da lei (4:4, 5) e Se tornou maldição por nós (3:13).”[3]

Na cruz, não ocorreu mudança nenhuma no conteúdo da lei, visto que ela é santa, justa, boa (Romanos 7:12) e espiritual (v. 14). O problema nunca esteve com a lei, e sim com o ser humano (Romanos 7:7, 13; 8:3). Por isso, nosso relacionamento com a lei é que passa a ser diferente, já que não mais estamos sob a condenação da lei.

Em uma frase, podemos dizer que Cristo morreu para nos libertar da condenação da lei, e não da obediência à lei. Paulo deixou esse fato bastante claro: “E então? Vamos pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De maneira nenhuma!” (Romanos 6:15).

As funções da lei de Deus

Depois de estudarmos o que Paulo disse sobre a função condenatória da lei de Deus, pode surgir a pergunta: Será que essa é a única função da lei? Se respondermos que sim, então a lei não tem nenhuma relevância para nós.

Gálatas 3:19-25 é um dos textos negativos de Paulo a respeito da lei, em que ele fala sobre a função da lei em condenar os transgressores e fazê-los sentir a necessidade do Salvador. Mas, além desses, existem muitos textos positivos, em que Paulo fala sobre uma função da lei que sempre existiu e sempre existirá: ela revela a vontade de Deus para a vida de Seus filhos.

Paulo jamais ensinou que alguma parte da lei não mais precisa ser obedecida. É exatamente o oposto: em Gálatas 5 e 6, por exemplo, o apóstolo mostra que a morte de Cristo e o poder do Espírito Santo capacitam o cristão a viver de acordo com a lei de Deus (Gálatas 5:23). Quando somos “guiados pelo Espírito”, não mais estamos “debaixo da lei”, isto é, condenados por ela (v. 18). Em vez disso, somos habilitados a cumprir “toda a lei” (v. 14; veja Romanos 13:8-10).

A mesma ideia aparece em outras cartas de Paulo. Cristo morreu para tornar possível a nós guardarmos a lei (Romanos 8:4). Hoje, Deus, por meio do Espírito Santo, escreve Sua lei em nosso coração (Hebreus 8:10; 10:16). Paulo citou vários mandamentos específicos da lei, mostrando que ela continua a ser um guia para o comportamento cristão (Romanos 13:9; 1Coríntios 10:14, 20, 21; Efésios 6:1, 2).

A conclusão é evidente: para quem ainda não foi salvo, a função da lei é mostrar o pecado e condenar o pecador para que ele sinta a necessidade de Cristo; mas, para quem já foi salvo pela graça, a lei mostra a santa e imutável vontade de Deus. Quando estudamos Gálatas, o conhecido texto se torna ainda mais poderoso: “Anulamos então a lei pela fé? De maneira nenhuma! Ao contrário, confirmamos a lei” (Romanos 3:31).

A lei na vida do cristão

Tim Keller resume de maneira clara e prática as ideias centrais de Gálatas 3:19-25:

“Paulo não está indicando que não mais temos qualquer relação com os valores da lei de Deus, mas que não a vemos mais como um sistema de salvação. Ela não impõe mais a obediência por meio da coerção e do medo. O evangelho significa que não mais obedecemos à lei por medo de rejeição e esperança de salvação pelo desempenho. Mas, quando nos apossamos da salvação pela promessa, nosso coração se enche de gratidão e do desejo de ser como nosso Salvador e de agradar a ele – e a maneira de fazer isso é obedecendo à lei. Uma vez que recorremos à lei motivados pela gratidão, somos melhores em nossa obediência à lei do que jamais fomos antes, quando acreditávamos que essa obediência poderia nos salvar.

“Por quê? Primeiro, se pensarmos que a obediência à lei nos salvará, tornamo-nos emocionalmente incapazes de admitir o quanto de fato ela é investigativa e exigente. Por exemplo, Jesus diz que irar-se contra alguém ou desprezá-lo é uma forma de assassinato (Mateus 5.21,22). Só se soubermos que não podemos cumprir isso por completo, mas que não precisamos fazê-lo em absoluto para sermos salvos por causa do que Cristo fez por nós, seremos capazes de admitir quão ampla e profunda é essa ordem. Se buscarmos ser salvos pela obediência a ela, ficaremos o tempo todo tentando limitar o escopo e a aplicação da lei de Deus, a fim de torná-la administrável para que a guardemos.

“Segundo, a alegria da gratidão é o motivo que levará a uma persistência muito maior na obediência do que a submissão motivada pelo medo. A submissão pelo medo converte a obediência em trabalho penoso que não pode enfrentar adversidades. Em resumo, o evangelho nos permite honrar verdadeiramente a lei de uma maneira que os legalistas não conseguem. Sem o evangelho, podemos obedecer à lei, mas aprenderemos a odiá-la. Faremos uso dela, mas não a amaremos de verdade. Só se obedecermos à lei porque somos salvos, em vez de para sermos salvos, nós o faremos ‘para Deus’ (Gálatas 2.19). Uma vez compreendida a salvação pela promessa, não obedecemos mais a Deus por nós, usando o sistema da salvação pela lei para obter coisas de Deus. Em vez disso, agora obedecemos a Deus por ele, usando o conteúdo da lei para agradar e deleitar nosso Pai.

“Lei e graça trabalham juntas na salvação cristã. Muitos desejam alcançar alegria e aceitação, mas não admitem a seriedade do seu pecado. Essas pessoas não dão ouvidos à análise investigativa e dolorosa de sua vida e coração empreendida pela lei. Mas a menos que vejamos quão impotentes e grandes pecadores somos, a mensagem da salvação não entusiasmará nem libertará. A menos que saibamos quão grande é nossa dívida, não podemos fazer qualquer ideia de como foi profundo o pagamento de Cristo. Se pensarmos que não somos tão maus assim, a ideia da graça nunca nos transformará.

“A lei nos mostra como de fato somos. Assim, ela nos chama para vermos Cristo como ele de fato é: nosso Salvador, aquele que cumpriu a lei em nosso benefício e depois morreu em nosso lugar para que pudéssemos receber a bênção prometida. A lei nos permite amar Jesus e nos capacita a mostrar nosso amor em grata obediência a ele.”[4]

Resumo

Em Gálatas 3:19-25, Paulo explica que a lei desempenhou três funções em relação ao povo de Israel (e à humanidade como um todo): (1) ressaltar o pecado, (2) condenar os transgressores à morte eterna e (3) fazê-los sentir a necessidade da vinda de Cristo. Por causa dessas funções, Paulo comparou a lei a um carcereiro e a um disciplinador (ou tutor). Quando Cristo morreu, a lei deixou de exercer sua função condenatória em relação ao povo de Deus.

Num sentido mais restrito, essa experiência se repete na vida do cristão. Quando pecamos, o Espírito Santo mostra que transgredimos a lei e então vamos a Cristo em busca de perdão. Portanto, a lei continua mostrando os pecados que cometemos. Porém, como estamos justificados em Cristo e avançando no caminho da santificação, a lei não mais nos condena (Romanos 8:1, 4). Ou seja, Cristo morreu para nos libertar da condenação da lei, e não da obediência a ela.

Perguntas para reflexão e aplicação

1. Embora a lei de Deus não tenha o objetivo de nos salvar, quais são os grandes benefícios que temos pela nossa fidelidade a ela? Na prática, quais bênçãos você tem recebido por meio da obediência à lei de Deus?

2. Pense em algo bom que é mal utilizado. Por exemplo, um medicamento criado para tratar uma doença poderia ser usado por algumas pessoas como estimulante. Que exemplos desse princípio você já viu em sua vida? O fato de que as coisas boas podem ser mal utilizadas pode nos ajudar a entender o que Paulo disse sobre a lei de Deus?

3. Qual foi a última vez em que você comparou suas ações, palavras e pensamentos com a lei? Faça isso agora, comparando-os não apenas à letra da lei, mas também ao espírito da lei (veja Mt 5:21-30, 43-48). Você se saiu bem? O que sua resposta diz sobre os conceitos de Paulo em Gálatas?

4. Deus aconselhou Josué a não deixar de falar do Livro da Lei e a meditar nele dia e noite (Josué 1:8). Por que era importante que o líder da nação conhecesse, falasse e vivesse a lei? Essa exortação se estende aos seguidores de Deus hoje? Por quê?

5. Em quais momentos você se sente mais tentado a olhar para os próprios esforços para se fazer aceitável a Deus?

6. Para ajudá-lo a diagnosticar seu próprio coração, pergunte a si mesmo: O que me faz sentir desespero na vida? O que me leva a sentir orgulho de mim mesmo?

7. Relembre sua conversão ou o momento em que entendeu o evangelho. Como sua visão da lei de Deus mudou?

8. De que modo conhecer a lei de Deus aumenta sua gratidão por Cristo? Que diferença isso faz nos seus afetos?

9. Por que você obedece à lei de Deus? Já aconteceu de obedecer a ela pelos motivos errados?[5]

Referências

1. Salvo outra indicação, as citações de Gálatas neste estudo são nossa tradução.

2. Ellen G. White, Mensagens Escolhidas (Tatuí: Casa Publicadora Braileira, 1998), v. 1, p. 233-234 (grifo nosso).

3. Ángel Manuel Rodríguez, “The Adventist Understanding of the Law and the Sabbath”, em Lutherans and Adventists in Conversation: Report and Papers Presented 1994-1998 (Silver Spring, MD: General Conference of Seventh-day Adventists; Genebra, Suíça: The Lutheran World Federation, 2000), p. 112 (grifo nosso).

4. Timothy Keller, Gálatas Para Você, Série A Palavra de Deus para Você (São Paulo: Vida Nova, 2015), p. 90-92 (grifo no original).

5. A perguntas 5 a 9 foram extraídas de Keller, Gálatas Para Você, p. 85, 92.

Você pode ver o estudo completo de Gálatas aqui

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