Meditações Diárias Encontros com Deus, Dr. Amin Rodor, pág.282
“Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e, nas cabeças, sete diademas.” 12: 3
“Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia. […] Vi ainda outra besta emergir da terra. Tinha dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão.” 13: 1; 11
Em Apocalipse 12 nos capítulos seguintes, nos deparamos com o desfecho do grande conflito cósmico. Nessa última batalha, o dragão, Satanás, um colecionador de derrotas e seus confrontos com Cristo ao longo da história da Redenção, não está sozinho. Ele tem ao seu lado dois aliados. Da mesma forma como as Escrituras retratam a Trindade Divina, o Pai o Filho e o Espírito Santo -, o Apocalipse sugere que, no último conflito, haverá o empenho de uma ‘trindade’ contrafeita.
O dragão é a contratação da primeira pessoa da verdadeira Trindade. No início, ele buscou ser igual a Deus (Isaías 14:13-14) e tornou-se o deus deste século (2Coríntios 4:4). O segundo personagem da trindade demoníaca é introduzido em Apocalipse 13:1: a ‘besta que surge do mar’, contrafazendo a Cristo. Ela é uma imagem do dragão. Como dragão, ela também tem sete cabeças e dez chifres. Nos Evangelhos, Jesus é a imagem do Pai (João 14: 9; 2 Coríntios 4:4; Filipenses 2:6). Esta contratação de Jesus tem um ‘nome de blasfêmia’ (Apocalipse 13:5). Blasfêmia na linguagem bíblica é a pretensão de autoridade para perdoar pecados (Marcos 2:7). Ao longo da história, tal poder arrogou ter as chaves do reino; por meio do sistema sacramental, instituiu na terra uma contratação do verdadeiro santuário (Apocalipse 13: 6). Seu ‘ministério’ de 1260 dias proféticos, 42 meses (Apocalipse 13: 5), ou 3 anos e meio, é também uma paródia do ministério de Cristo, em termos de sua duração. Tal poder, como a verdadeira segunda pessoa da Trindade, sofreu um golpe de morte e teve uma ‘ressurreição’ (Apocalipse 3:12)
Então, na besta que surgiu na terra, temos a contratação do Espírito Santo (Apocalipse 3:11). Como o Espírito Santo dá testemunho de Cristo (João 14:16), no Apocalipse essa besta ‘faz com que a Terra e seus habitantes adorem a primeira besta (Apocalipse 13:12). A besta da terra dá testemunho da segunda pessoa da trindade contrafeita. Como o Espírito Santo, este poder faz fogo descer (verso 13) e engana os que habitam na terra (verso 14), num ‘Pentecostes’ contrafeito. Quem é esta besta? Olhe ao redor, observe as simulações de milagres e línguas, confundindo as pessoas a respeito de Deus.
Uma grande obra de engano virá sobre a Terra e será capaz de enganar a todos que não têm o amor pela verdade. E você, onde está?