Para começar, desejo enfatizar a natureza simbólica das visões que Deus deu a João, “para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer” (Apocalipse 1:1; também 4:1; 17:1; 21:9; 22:1, 6, 8). A linguagem apocalíptica não deve ser pressionada nas descrições literais de nossa moderna sociedade tecnocrata. Antes esta linguagem exige que determinemos o que simboliza. Tomar as descrições visionárias como realidades literais, da mesma maneira que os livros de Gênesis e Êxodo descrevem história, é um mal-entendido básico da intenção de João. Não obstante, os comentadores que apoiam o sistema futurista de interpretação, supõem simplesmente que as 4 primeiras trombetas descrevem colisões repetidas de meteoros ou asteroides com a terra. As visões de João nos exigem que perguntemos: Onde e como usa o Antigo Testamento estes quadros em sua perspectiva profética? Rechaçamos tanto os princípios do literalismo como os do alegorismo para a linguagem apocalíptica do livro porque são enfoques especulativos. Está mais em harmonia com o pensamento bíblico, ver as trombetas como juízos do pacto sobre os que quebrantam o pacto. João usa a linguagem e os símbolos do pacto, não descrições seculares e de adivinhação.
1ª Trombeta – Apocalipse 8:2-7
. A Primeira Trombeta Aplicada à História– Comentário Dr. Hans LaRondelle
2ª Trombeta – Apocalipse 8: 8-9
. A Segunda Trombeta Aplicada à História– Comentário Dr. Hans LaRondelle
3ª Trombeta – Apocalipse 8: 10-11
. A Terceira Trombeta Aplicada à História– Comentário Dr. Hans LaRondelle
4ª Trombeta – Apocalipse 8: 12-13
. A Quarta Trombeta Aplicada à História– Comentário Dr. Hans LaRondelle
João faz um corte na série das trombetas depois da quarta, semelhante ao que tinha feito na série dos selos. As 3 últimas trombetas são caracterizadas como 3 “ais” que se sucedem um após o outro, só depois de existir notáveis pausas entre cada trombeta (ver Apocalipse 8:13; 9:12; 11:14). Com estes ais ou maldições do pacto, Deus permite um incremento da manifestação demoníaca e da escuridão sobre a terra, mas não sem assegurar a seus adoradores que não lhes ocorrerá nenhum dano. Eles estão sob seu selo de aprovação e proteção (9:4). A repetida frase em voz passiva, “lhe deu” (vs. 1, 3, 5), indica que Cristo está no controle dos poderes sobrenaturais do mal que são desatados, de modo que sua obra espantosa permaneça restringida a uma terça parte da humanidade (v. 18).
Continuaremos