Apocalipse 7 contém um interlúdio ou parêntese no ciclo dos selos. Neste capítulo João tira partido de sua teologia do povo remanescente. Apocalipse 7 mostra um foco específico do tempo do fim que complementa o quinto selo (Apocalipse 6:9-11). Tanto este selo como Apocalipse 7 tratam do mesmo tema: a grande tribulação para o povo de Cristo. O raio de luz da profecia põe de relevo a tribulação final com sua crise universal. Não só os poderes perseguidores do mundo causam a crise, mas também em um sentido mais elevado, a crise causa a ira do Cordeiro manifestada nas sete últimas pragas (Apocalipse 6:16, 17; 15:1). O amparo divino é essencial se a última geração do povo de Deus vai passar incólume durante o derramamento da ira de Deus. Apocalipse 7 está planejado para assegurar a todas as gerações do povo de Deus, especialmente à última, a provisão que tem feito para resgatar a cada seguidor de Cristo nesse tempo de emergência.
Esta crise de proporções mundiais imposta pelo céu se descreve no sexto selo, onde os sinais cósmicos introduzem o dia do juízo. Por conseguinte, a pergunta existencial “e quem poderá ficar de pé?” chega a ser crítica (Apocalipse 6:17). Esta pergunta fundamental tinha sido feita antes por três profetas: Joel (2:11), Naum (1:6) e Malaquias (3:2). Cada vez o profeta respondeu sua pergunta dizendo que a única maneira de permanecer em pé no dia da ira é tendo um arrependimento verdadeiro (Joel 2:12-27; Naum. 1:7; Malaquias 3:3, 4). Naum recalcou que só Jeová é “fortaleça no dia da angústia; e conhece os que nele confiam” (Naum. 1:7).
Portanto, podemos esperar encontrar a resposta a esta pergunta de Apocalipse 6:17 no capítulo 7. O propósito de Apocalipse 7 é mostrar os que ficarão de pé no dia da retribuição. A pergunta: “Quem poderá ficar de pé?”, é totalmente essencial para os que estiverem vivos quando terminar repentinamente o tempo de graça e se derramarem do céu as 7 pragas. Apocalipse 7 é para alentar o povo de Deus a perseverar até o fim em sua fé em Cristo. É um dos capítulos mais tranquilizadores para a fé cristã. Pela primeira vez encontramos aqui a um grupo denominado os “144.000” israelitas verdadeiros. Estes podem permanecer firmes no dia do Senhor sem temor, porque têm um refúgio contra a ira do Cordeiro. Seu lugar especial na história da salvação é no fim do tempo. Sairão triunfantes da grande tribulação. Este é o marco do fim do tempo de Apocalipse 7 em seu contexto imediato do sexto selo.
“Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma. Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus. Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel” (Apocalipse 7:1-4).
Com esta descrição de libertação divina, o Senhor ressuscitado assegura a seus seguidores que as pragas não destruirão toda a humanidade. Primeiro Cristo colocará um sinal de proteção sobre seus “servos”. “Conhece o Senhor aos que são seus” (2 Timóteo 2:19). Malaquias tinha prometido uma proteção especial para o povo de Deus ao final da história.
“Então, os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros; o Senhor atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome. Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve. Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve” (Malaquias 3:16-18).
Isto expressa a teologia hebraica de que haverá um povo remanescente final de Deus. Isto implica a separação de um Israel que adora a Deus de um Israel nominal.
Daniel também apontou o remanescente de Israel desta maneira: “Mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro” (Daniel 12:1). Daniel distingue entre um Israel nacional e um Israel espiritual. Só os que estão registrados no céu como cidadãos do reino de Deus, serão sacados da tribulação final no fim dos dias (vs. 1, 2). O anjo assegurou a Daniel: “Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão” (v.10). Isaías também predisse que um remanescente santo sobreviveria ao juízo do Deus de Israel:
“Será que os restantes de Sião e os que ficarem em Jerusalém serão chamados santos; todos os que estão inscritos em Jerusalém, para a vida, quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião e limpar Jerusalém da culpa do sangue do meio dela, com o Espírito de justiça e com o Espírito purificador. Criará o Senhor, sobre todo o monte de Sião e sobre todas as suas assembleias, uma nuvem de dia e fumaça e resplendor de fogo chamejante de noite; porque sobre toda a glória se estenderá um dossel e um pavilhão, os quais serão para sombra contra o calor do dia e para refúgio e esconderijo contra a tempestade e a chuva” (Isaías 4:3-6).
Em Apocalipse 7, Deus assegura à sua igreja que sua ira não se derramará até que tenha selado seu verdadeiro Israel. Esse selo os protegerá, não só da morte física, mas também de todos os poderes sobrenaturais de destruição, tanto demoníacos (Apocalipse 9:4) como divinos (cap. 16). Só dessa maneira podem permanecer em pé no último dia. Desta maneira Cristo cumpre sua promessa:
“Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra” (Apocalipse 3:10).
O “selo do Deus vivo”, que os anjos do céu porão sobre a “fronte dos servos de nosso Deus” (Apocalipse 7:2, 3), está em agudo contraste com a “marca da besta”, uma batalha estritamente do tempo do fim contra os santos (ver 13:15-17). Ambos os sinais de identificação operam em forma simultânea no tempo do fim como o cenário final de separação definitiva.
Alguns identificaram este selo apocalíptico com o selo do evangelho do qual Paulo fala no Efésios 1:13; 4:30 e 2 Coríntios 1:21 e 22. Paulo disse que a segurança da salvação do crente estava selada no coração pelo Espírito Santo. Cristo nos “ungiu” e, portanto, “também nos selou, e nos deu os penhor do Espírito em nossos corações” (2 Coríntios 1:22). Mas este selo do evangelho colocado pelo Espírito no coração não deve identificar-se completamente com o único selo apocalíptico que os anjos colocarão sobre a fronte dos servos de Deus (Apocalipse 7:1-3).
O selo do tempo do fim tem um propósito diferente que o de assegurar a salvação pessoal. É um sinal externo acrescentado ao selamento interno do Espírito, como o sinal da aprovação divina durante a última prova de fé, imposta ao povo de Deus pela besta de Apocalipse 13. É também o sinal de proteção contra as sete últimas pragas da ira de Deus (ver Apocalipse 16).
Depois da descrição do selamento dos 144.000, João viu no céu a uma “grande multidão” de gente redimida e glorificada que havia saído “da grande tribulação” (Apocalipse 7:9, 14). Isto expõe o seguinte problema: Como se relacionam entre si estas duas cenas de Apocalipse 7? Apresentam dois grupos diferentes de redimidos, como foi a conclusão tradicional de muitos? Descrevem a 144.000 judeus e uma inumerável multidão de gentios? Primeiro observemos algumas distinções entre estas duas cenas:
Em primeiro lugar, há uma progressão histórica clara em Apocalipse 7, porque o selamento dos 144.000 está situado na terra, com antecedência à crise final de fé, enquanto a grande multidão está em pé “diante do trono e na presença do Cordeiro” (Apocalipse 7:9). Estes “vêm da grande tribulação” (v. 14). Dessa maneira, as duas cenas descrevem um desenvolvimento na história da salvação.
Em segundo lugar, outra diferença tem que ver com a linguagem figurada das duas cenas deste capítulo. À primeira vista, parece descrever dois grupos diferentes, um que consiste de 144.000 judeus de 12 tribos específicas, e uma grande multidão de todas as nações da terra que não pode contar-se. Mas se se considera o contexto do Apocalipse como um tudo, podemos ver que estas distinções aparentes nã o descrevem duas classes diferentes de redimidos. O livro começa anunciando que a igreja é a que realiza a eleição de Israel: “E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai” (Apocalipse 1:6; cf. Êxodo 19:4, 5). Esta verdade do evangelho se amplia no canto dos anciões:
“Com seu sangue adquiriu para Deus homens de toda raça e língua, e povo e nação; fez deles linhagem real e sacerdotes para nosso Deus, e serão reis na terra” (Apocalipse 5:9,10, NBE).
Esta verdade do novo pacto, quer dizer, que os 12 apóstolos continuam a chamada teológica das 12 tribos do Israel, foi o resultado da proclamação de que Jesus é o Messias de Israel. Todos os crentes em Cristo Jesus são chamados cristãos, quer dizer, o povo do Messias. Seu batismo em Cristo os selou como filhos de Abraão, o pai de todos os crentes (ver Romanos 4:12). As promessas do Deus de Israel estão garantidas por Cristo “para toda sua descendência; não somente para a que é da lei, mas também para a que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós” (v. 16). O apóstolo Paulo não reconheceu já a diferença teológica entre os judeus e os gentis com respeito às promessas do pacto de Deus:
“Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Destarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gálatas 3:26-29).
Sobre esta base, Paulo inclusive pôde chamar a igreja: “o Israel de Deus” (Gálatas 6:16).1 Para Tiago, os cristãos são “as doze tribos que estão na dispersão” (Tiago 1:1; ver também 1 Pedro 1:1; 2:9). Esta verdade fundamental do evangelho é a razão pela qual o Apocalipse assegura à igreja que passa pela aflição que sua meta é a Nova Jerusalém (Apocalipse 21, 22), e que tanto os nomes das 12 tribos do Israel como os dos 12 apóstolos estão escritos na mesma Santa Cidade (21:2, 10-14).
Voltando a Apocalipse 7, reconhecemos que João contempla o remanescente de Israel em promessa e em cumprimento. Primeiro descreve o Israel de Deus em forma simbólica, na grande aflição do tempo do fim na terra. Depois procede a explicar seu tamanho real como um povo inumerável que permanece fiel durante a “grande tribulação” e, portanto, desfrutará da paz eterna do céu. Pode-se expressar isto dizendo que a primeira cena de Apocalipse 7 representa a igreja militante, e a segunda a igreja triunfante. A última cena (Apocalipse 7:9-17) é proléptica, antecipando os gozos futuros da nova terra que estão ampliados em termos similares em Apocalipse 21:1-4 e 22:1-5.
É importante observar que João não declara que viu 144.000 israelitas como os selados. Só declara: “E ouvi o número” (Apocalipse 7:4). Quando João deu a volta para ver os selados, só viu uma grande multidão de vencedores. Esta descrição vívida confirma a verdade do evangelho de que as promessas de Deus a Israel não falharão, mas sim se cumprirão em Cristo e em seu povo.
O modelo de ouvir e depois voltar-se para ver, usou-o João em Apocalipse 1:12 e 13. O que João ouviu ficou ulteriormente esclarecido pelo que em realidade viu. Em Apocalipse 5 encontramos outro exemplo. Ouviu que um dos anciões disse “o Leão da tribo de Judá… venceu” (Apocalipse 5:5). Mas quando olhou para ver o Leão, viu “no meio do trono… um Cordeiro como imolado” (Apocalipse 5:6). O que João viu foi uma elucidação do que primeiro só tinha ouvido.
Este estilo de revelação também é usado por João no capítulo 7. Depois de ter ouvido o número de israelitas que foram selados, João diz que: “Vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro” (Apocalipse 7:9). Em uma visão ulterior, João vê os 144.000 também “diante do trono” (14:3) enquanto “seguem o Cordeiro aonde quer que vá” (v. 4). Dessa maneira João identifica os 144.000 israelitas espirituais como os inumeráveis crentes em Cristo, o Cordeiro de Deus. Enquanto Abraão foi gentio, Deus lhe prometeu que sua descendência seria incontável como as estrelas (Gênesis 15:5; 32:12).
As promessas de Deus de abençoar a Abraão e aos outros patriarcas de Israel se cumprirão por meio de Cristo em uma forma que superará todas as expectativas (ver Gálatas 3:29; 6:16). Apocalipse 7 contém a chave para abrir seu próprio simbolismo hebraico: o verdadeiro Israel de Deus não está limitado a 144.000 judeus literais, mas sim é um símbolo da totalidade do Israel espiritual entre toda a raça humana.
No dia final, todos receberão o selo de proteção e não só um pequeno número de crentes judeus, deixando os cristãos de origem gentil desprotegida. Esta é a segurança que apresenta Apocalipse 7 para a igreja do tempo do fim. Alguns eruditos bíblicos destacam com toda razão a ideia de que “o selamento deve ser coextensivo com o perigo, e, portanto, deve incluir a toda a comunidade cristã, judeus e gentios por igual”.2 Outros declaram que “as duas visões, descrevem o mesmo corpo, sob condições totalmente diferentes”.3 Esta conclusão também está confirmada em Apocalipse 14:1-5, onde se descreve a fé cristã dos 144.000 na linguagem simbólica do Joel 2:32 e Sofonias 3:13.
João decompõe o número 144.000 em 12 por 12.000, pelo qual mostra que o número 12 é o número chave, que deve entender-se em seu significado no sistema do pacto como representando o povo do pacto ou o reino de Deus. A multiplicação expressa a totalidade do povo de Deus no tempo do fim. Douglas Ezell o explica desta maneira:
“Como João usou o título do Antigo Testamento (‘um reino de sacerdotes’) reservado para os israelitas para referir-se aos cristãos, assim agora emprega as doze (tribos) multiplicadas por doze (os apóstolos) multiplicado por dez (o número do completo) elevado à terceira potência (o número da deidade), para descrever simbolicamente a todos os redimidos (note também que as portas e os fundamentos da Nova Jerusalém têm os nomes das doze tribos do Israel e os doze apóstolos, Apocalipse 21:12-13) … O número redondo de 12.000 representa simbolicamente uma quota completa”.4
Colocado no contexto do tempo do fim de Apocalipse 7, entendemos que o número 144.000 representa o povo do pacto de Deus em todo mundo durante a crise final da era cristã. Esta lista das 12 tribos de Apocalipse 7 é única em toda a Escritura e assinala a um simbolismo cristão, porque coloca primeiro na lista a Judá, aparentemente para enfatizar que Cristo é a cabeça do novo Israel (Apocalipse 5:5, 6; 7:5). O fato de que se omite a tribo de Dã e se acrescenta a de Manasses embora já está incluído José (Apocalipse 7:6, 8), de novo dá a entender seu significado não literal. Poder-se-ia concluir nas palavras de Beatrice S. Neall que…
“…o número 144.000 deve entender-se como um símbolo da unidade, a perfeição e a consumação da igreja de Deus, completa porque se completou o número dos escolhidos (Apocalipse 6:11)”.5
O significado de Apocalipse 7 chega a ser claro se for visto em sua conexão imediata com os selos do capítulo 6, que termina com a inquietante pergunta: “Porque é vindo o grande dia; e quem poderá ficar de pé?” (Apocalipse 6:17). Apocalipse 7 responde com uma resposta dupla: primeiro, visualiza o remanescente santo como vitorioso no juízo de Deus (Apocalipse 7:1-8), e depois o descreve como glorificado no reino de Deus (vs. 9-17).
O Anjo do Oriente ou do Nascimento do Sol
“Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma. Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus” (Apocalipse 7:1-3).
Esta passagem sugere uma certa “demora” do fim, similar à do quinto selo (Apocalipse 6:11). Os quatro ventos de luta de guerra (ver Jeremias 49:36-39; Daniel 7:2) e destruição são refreados por intervenção divina. É a vontade de Deus a que determina o curso da história humana. Realizar-se-á o propósito mais elevado do Deus que guarda o pacto. Deus enviará uma mensagem especial de seu trono (o oriente cósmico) para proteger a um povo que permanecerá fiel a Deus durante “a hora da prova que tem que vir sobre o mundo inteiro, para provar aos que moram na terra” (Apocalipse 3:10).
A missão deste anjo antecipa a do anjo de Apocalipse 10, que se desenvolve mais na tripla mensagem de Apocalipse 14:6-12. Com respeito a isto, Uriah Smith concluiu: “O anjo que tem o selo do Deus vivo é, pois, o mesmo que o terceiro de Apocalipse 14”.6 O anjo com o selo do Deus vivo vem de “onde nasce o sol”. Esta frase particular anunciou na profecia de Isaías a chegada da libertação de Israel do cativeiro babilônico (ver Isa. 41:2, 25). Ezequiel também viu a glória de Deus “que vinha do oriente” (Ezequiel 43:2). E Malaquias predisse que para os que temem o nome do Deus de Israel, “nascerá o Sol de justiça, e em suas asas trará salvação” (Malaquias 4:2). Heinrich Kraft comenta sobre Apocalipse 7:2 o seguinte:
“Este anjo, por sua origem do nascimento do sol, representa a Cristo como o sol de justiça… o anjo aqui representa o poder salvífico e preservador de Cristo”.7
O Selamento no Tipo e no Antítipo
O propósito do “selo do Deus vivo” pode entender-se melhor na perspectiva de seus antecedentes na história de Israel. Dois momentos críticos para Israel, um no Egito e outro em Jerusalém, proporcionam os tipos históricos para entender o significado teológico do selamento do povo de Deus no tempo do fim. Para salvaguardar a seu povo do pacto do anjo da morte, Deus tinha ordenado a Israel que colocasse o sangue de um cordeiro nos batentes de suas casas:
“O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito” (Êxodo 12:13).
Aqui notamos a essência do selamento do tempo do fim. Deus designou um sinal determinado, o sangue do cordeiro pascal, como a expressão exterior de sua confiança em Jeová, como o sinal de que pertenciam ao Deus do pacto de Israel. Israel precisava aceitar e aplicar pela fé este selo da proteção de Deus, para sobreviver ao juízo de Deus sobre o Egito. Não menos significativa é a visão de Ezequiel, onde 6 anjos são enviados a Jerusalém para executar a maldição que estava no pacto de Deus. O Senhor ordenou aos anjos que matassem a todos os idólatras que havia no templo e na cidade. Não obstante, a graça de Deus se manifestou ao enviar a um anjo especial com um tinteiro de tabelião na frente dos verdugos:
“Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela” (Ezequiel 9:4).
Deus mostrou sua misericórdia ao separar o remanescente arrependido e espiritual de um Israel apóstata. Aqueles identificados pelo sinal do anjo encontraram proteção do “derramamento” da ira divina. Deus ordenou: “Não toquem a nenhum dos marcados. Comecem por meu santuário” (Ezequiel 9:6, NBE). Executou-se a justiça de Deus sobre os impenitentes só depois que o anjo da misericórdia teve completado sua tarefa de assinalar (ver o V. 10; Ezequiel 8). Tanto em Êxodo 12 como em Ezequiel 9 notamos a mesma sequência: primeiro o selamento; depois segue a maldição do pacto sobre os que não receberam a marca de proteção.
O propósito do selamento nos tipos históricos, que era proporcionar uma proteção sobrenatural contra o derramamento iminente da ira de Deus, constitui a essência do selamento do tempo do fim em Apocalipse 7. O selamento apocalíptico será o prelúdio ao derramamento da ira de Deus nas 7 últimas pragas de Apocalipse 16 (ver Apocalipse 15:1). Apocalipse 7 deve entender-se como o antítipo mundial dos tipos históricos de Êxodo 12 e Ezequiel 9. Por conseguinte, não se descreve os 144.000 selados como missionários que trazem uma multidão de salvos de todas as nações.
Em nenhum lugar indica Apocalipse 7 que a multidão inumerável deve sua salvação à pregação dos 144.000 como afirmaram alguns escritores dispensacionalistas. Ao contrário, este capítulo descreve os 144.000 como o remanescente de Deus, o único que pode permanecer no dia da ira. Só os selados sobreviverão ao Armagedom (Apocalipse 16). Todos os outros, os “moradores da terra”, receberão a “marca da besta” (13:15-17). Se toda pessoa receber ou o selo de Deus ou a marca da besta, então ninguém pode permanecer moralmente neutro ou sem comprometer-se na prova final de fé. Esta última separação da humanidade se expressa no Apocalipse da seguinte maneira:
“Que o injusto continue sendo injusto; e o sujo continue manchando-se; o justo continue fazendo justiça, e o santo continue santificando-se” (Apocalipse 22:11; ver também Daniel 12:10).
Esta declaração implica que o selamento apocalíptico significa a fixação definitiva do caráter. R. H. Charles apresenta esta explicação profunda:
“Em seu sentido mais profundo, este selamento significa a manifestação exterior do caráter. A bondade oculta dos servos de Deus é no fim proclamada exteriormente, e o nome divino que foi escrito em segredo pelo Espírito de Deus em seus corações se grava agora abertamente sobre suas frontes pelo mesmo anel de selar do Deus vivo… No reinado do anticristo, a bondade e o mal, a justiça e o pecado, vêm em sua manifestação e antagonismo mais completos. O caráter entra, em última instância, na etapa da finalidade”.8
Este momento final ocorre durante a prova final de lealdade, como explicou Ellen White:
“Ao passo que uma classe, aceitando o sinal de submissão aos poderes terrestres, recebe o sinal da besta, a outra, preferindo o sinal da obediência à autoridade divina, recebe o selo de Deus”.9
A outorga simultânea do selo de Deus e da marca da besta implica que este evento apocalíptico ainda está no futuro. João expõe o significado dessa hora de prova mais amplamente em Apocalipse 12-14.
É evidente que só os que tenham recebido o selamento do evangelho do Espírito de Cristo em seus corações e experimentem dessa maneira o poder santificador de Deus, são candidatos para o selo apocalíptico. Os anjos de Deus colocarão esse selo sobre a fronte dos que já são os “servos de nosso Deus” (Apocalipse 7:3).
A Segurança da Vitória dos 144.000
Todos os redimidos estão vestidos de “roupas brancas” e têm “palmas em suas mãos” (Apocalipse 7:9). E clamam a grande voz: “A salvação pertence a nosso Deus que está sentado no trono, e ao Cordeiro” (v. 10). Não atribuem a salvação à sua própria justiça, a suas boas obras ou méritos, nem sequer a seu arrependimento, a não ser exclusivamente à graça salvífica de Deus. Esse povo é verdadeiramente espiritual, porque louvam a Deus e a Cristo. Desviam seus olhos de sua própria vida de sacrifício para concentrar sua vista no sacrifício expiatório do Cordeiro. Essa é a adoração que precisamos cultivar agora se esperamos nos unir aos santos de todos os tempos na doxologia: “Digno… é o Cordeiro!” (Apocalipse 5:12).
Apocalipse 7 apresenta outra característica importante dos 144.000. Um ancião no céu pergunta: “Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram?” (Apocalipse 7:13). João responde: “Meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (v. 14). Aqui falha todo literalismo. Ninguém pode lavar nunca um vestido branco em sangue literal. Temos que compreender seu significado espiritual, quer dizer, que lavaram as roupas de seu caráter pela fé e confiança na morte expiatória do Cordeiro de Deus. Esta imagem descreve graficamente a eficácia da cruz de Cristo. Pedro assinalou a mesma realidade da graça redentora quando declarou que os crentes foram salvos de uma “vã maneira de viver” por meio do “sangue precioso de Cristo” (1 Pedro 1:18, 19). Deste modo João escreveu: “O sangue do Jesus Cristo seu Filho nos limpa de tudo pecado” (1 João 1:7). A vitória da fé se assegura de um modo especial à última geração.
A Grande Tribulação do Tempo do Fim
Diz-se que os 144.000 israelitas espirituais saíram da “grande tribulação”. É obvio, esse tempo de aflição para o povo de Deus em Apocalipse 7 está determinado por seu tempo na história da salvação. O Novo Testamento assinala vários períodos principais de aflição para o povo fiel de Cristo:
1. O tempo de perseguição por meio dos concílios e sinagogas judias: Marcos 13:9-13; Mateus 10:17; João 16:2; Lucas 21:12; Feitos 4:1-3; 5:17, 18, 40; 1 Tessalonicenses 2:14-16; 3:3, 4.
2. O tempo de perseguição por parte do Império Romano: Mateus 24:15-21; Marcos 13:14-19; Apocalipse 2:10.
3. O tempo de perseguição durante o domínio papal na Idade Média: Apocalipse 12:6, 14 (ampliando Dan. 7:25 e 8:11-13).
4. A perseguição do tempo do fim, pelo anticristo revivido ou Babilônia: Mateus 24:22; Apocalipse 12:17; 13:15-17 (ampliando Dan. 12:1).
Jesus não especificou 4 períodos diferentes de perseguição, mas sim se referiu às perseguições vindouras de uma maneira geral: “No mundo tereis aflições [thlípsis]” (João 16:33). Disse Jesus: “Se me perseguiram, também vos perseguirão” (15:20). Paulo também disse, em termos gerais, que “é necessário que através de muitas tribulações [thlípseon] entremos no reino de Deus” (Atos 14:22). Mais adiante explicou: “E também todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus padecerão perseguição” (2 Timóteo 3:12).
Mas estas declarações de oposição e de sofrimento esperados pelos seguidores de Cristo, não anulam as predições de Daniel e do Apocalipse a respeito de períodos específicos de grande tribulação para o povo de Cristo. A tribulação mais severa virá no tempo do fim, especificamente para a última geração do povo de Deus. Daniel assinalou explicitamente uma perseguição intensificada (Daniel 12:1), a qual também se referiu Jesus em sua profecia de Mateus 24:21 e 22 (e Marcos 13:19, 20) e que seria “abreviada” por intervenção divina. Esta guerra do tempo do fim contra os santos está ampliada ainda mais em Apocalipse 12:17 e 13:15-17. Pheme Perkins apresenta este comentário perspicaz:
“Esta promessa [de abreviar] mostra que os sofrimentos do tempo do fim são qualitativamente diferentes das perseguições que os discípulos podem esperar sofrer durante seu testemunho habitual do evangelho. A última pode suportar-se até o fim (Mar. 13:13b), mas para que os escolhidos perseverem até o fim do tempo, Deus deve abreviar esse tempo (Marcos 13:20)”.10
No meio da proscrição universal dos seguidores do Cordeiro, esta profecia assegura seu resgate repentino por parte do Guerreiro divino (ver Apocalipse 17:14; 19:11-21). Finalmente se levantará Miguel para liberar sua guerra santa e todas as perseguições no mundo inteiro serão abreviadas (Daniel 12:1; Mateus 24:22; Marcos 13:20).
Podemos reconsiderar o amplo alcance dos períodos principais de perseguição no diagrama seguinte:
PERSEGUIÇÕES AMPLIADAS
A interrogante é: A que “grande tribulação” refere-se Apocalipse 7 quando declara da grande multidão: “Estes são os que saíram [ou ‘estão chegando’, G. Caird da grande tribulação (v. 14)?”11 Esta “grande tribulação” é o tempo de prova para o qual Cristo prepara a sua igreja: “Também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para provar os que habitam sobre a terra” (Apocalipse 3:10). Esta “hora da prova” cumpre essa perseguição final pela qual os mártires anteriores tiveram que esperar durante o sexto selo (6:11). Mounce comenta o seguinte sobre Apocalipse 7:14: “A intensidade do conflito final da justiça e do mal se elevará a um tom tal como para chegar a ser a grande tribulação“.12
João ainda não explicou a natureza da “hora da prova” que virá sobre a geração do fim da história. Apocalipse 7 prevê esse tempo final de prova e suas promessas da proteção de Deus. João antecipa em frases curtas o que mais tarde desenvolverá em forma mais extensa. Revela “o grande conflito de lealdades” detalhadamente em Apocalipse 12 a 14.
João coloca a recompensa dos 144.000 israelitas à luz de todos os redimidos que serão salvos no reino de Deus. Sua recompensa será a de todos os redimidos: “Vestidos de roupas brancas, e com palmas em suas mãos”, enquanto estão diante do trono e na presença do Cordeiro (Apocalipse 7:9). Requeriam-se “ramos de palma” em Israel para celebrar a festa dos Tabernáculos, quando tinham que regozijar-se “diante de Jeová seu Deus por sete dias” (Levíticos 23:40). O significado desta festividade anual era recordar sua liberação milagrosa do Egito e sua viagem segura à terra prometida (v. 43). Nestes termos, Apocalipse 7 assegura que a consumação da festa dos Tabernáculos na casa do Pai é algo indubitável.
No judaísmo tardio, a ondulação dos ramos de palma chegou a significar as boas-vindas do Messias que vinha em nome de Jeová: “Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei do Israel!” (João 12:12, 13; Salmo 118:25, 26). Este aspecto messiânico se cumpre no cântico da grande multidão:
“Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação” (Apocalipse 7:10).
João explica que o companheirismo com o Cordeiro de Deus é a razão (“por isso”, 7:15) pela qual estão diante do trono de Deus e o servem. Servir a Deus é adorá-lo com louvores (ver Lucas 2:37; Romanos 12:1).
Em última instância, o gozo da salvação é a experiência da contínua presença de Deus. “E aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo” (Apocalipse 7:15). A glória da shekinah, ou seja, o resplendor da presença de Deus, estará entre eles (ver 22:3-5). Esta promessa foi a esperança de todos os santos. Isaías o expressou maravilhosamente:
“Criará o Senhor, sobre todo o monte de Sião e sobre todas as suas assembleias, uma nuvem de dia e fumaça e resplendor de fogo chamejante de noite; porque sobre toda a glória se estenderá um dossel e um pavilhão, os quais serão para sombra contra o calor do dia e para refúgio e esconderijo contra a tempestade e a chuva” (Isaías 4:5, 6).
Esta promessa messiânica foi repetida pelos profetas Ezequiel (37:27) e Zacarias (2:10). As promessas da segurança eterna em Apocalipse 7:16 e 17 também estão tiradas do Antigo Testamento, principalmente das promessas de Isaías a respeito da restauração de Israel (ver Isaías 25:8; 35:10; 49:10; 51:11; 65:19). O cumprimento destas promessas de restauração será imensamente mais esplêndido do que foi concebido por Israel. A fome e a sede de justiça serão satisfeitas amplamente pelo próprio Messias, como assegurou Jesus: “O que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (João 6:35; ver também 7:37). Dessa maneira, os desejos mais profundos do coração humano serão gratificados para sempre. Que promessa emocionante!
Apocalipse 7 culmina com a declaração de que “o Cordeiro que está no meio do trono” será o divino “Pastor” (Apocalipse 7:16, 17; cf. Isa. 49:10). Isto também cumprirá a promessa messiânica de Ezequiel: “Suscitarei para elas um só pastor, e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as apascentará; ele lhes servirá de pastor” (Ezequiel 34:23). O Deus de Israel também guiará seu novo povo do pacto ao futuro eterno. No Apocalipse se repete duas vezes uma promessa particular de Deus ao Isaías:
“Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o Senhor falou” (Isaías 25:8).
A promessa que assegura que “o Senhor enxugará as lágrima de todos os rostos” agora se faz duplamente segura por Cristo para os seguidores do Cordeiro (ver Apocalipse 7:17 e 21:4). Comentando a promessa de Apocalipse 7:16 e 17, diz Bruce M. Metzger:
“O capítulo [Apocalipse 7] termina com palavras que levaram alívio e consolação a milhões. Não há palavras mais consoladoras nos ouvidos dos que estiveram angustiados que a promessa final: ‘Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima’ (Apocalipse 7:16, 17)”.13
Referências
1. Para um estudo em profundidade, ver o livro de LaRondelle, O Israel de Deus na profecia.
2. Ver Charles, The Revelation of St. John, T. 1, P. 200.
3. Swete, Commentary on Revelation, p. 99; I. T. Beckwith, quem afirma: “Eles [os 144.000] são todo o corpo da igreja, judeus e gentis por igual” The Apocalypse of John, p. 535.
4. Ezell. Revelations on REVELATION, p. 60.
5. Neall, “Sealed Saints and the Tribulation”, Simpósio sobre o Apocalipse, T. 1, p. 262.
6. Smith, Las profecías de Daniel y el Apocalipsis; t. 2: El Apocalipsis, p. 116.
7. Kraft, Die Offenbarung des Johannes, p. 125.
8. Charles, The Revelation of St. John , T. 1, pp. 205, 206.
9. Ellen White, GC 605.
10. Perkins, Commentary on Mark, T. 8, p. 690.
11. Caird, The Revelation of St. John the Divine, p. 102.
12. Mounce, The Book of Revelation, p. 173.
13. Metzger, p. 62.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS PARA APOCALIPSE 7
Livros
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Charles, R. H. The Revelation of St. John [O Apocalipse de São João], 2 ts. ICC. Edimburgo: T & T Clark. T. 1 (1920, 1975), pp. 188-218.
Damsteegt, P. G. Foundations of S.D.A. Message and Mission [Fundamentos da Mensagem e Missão dos Adventistas do Sétimo Dia]. Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans, 1981.
Ford, Desmond. Crisis! A Commentary on the Book of Revelation. T. 2, pp. 381-395.
Ezell, Douglas. Revelations on REVELATION [Revelações sobre o APOCALIPSE]. Waco, Texas: Word Books, 1977.
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LaRondelle, H. K. Chariots of Salvation. The Biblical Drama of Armageddon [Carruagens de Salvação. O Drama Bíblico do Armagedom]. Hagerstown, MD: Review and Herald Pub. Ass., 1987. Cap. X.
________. O Israel de Deus na Profecia. Princípios de Interpretação Profética.
Metzger, Bruce M. Breaking the Code. Understanding the Book of Revelation [Decifrando o Código: Entendendo o Livro do Apocalipse]. Nashville, TN: Abingdon Press, 1993.
Moore, Marvin. The Refiner’s Fire [O Fogo do Refinador]. Boise, ID: Pacific Press Pub. Ass., 1990. Cap. 13.
_______. La crisis del tiempo final. Florida, Buenos Aires: Asociación Casa Editora Sul-Americana, 1993. Caps. 13 e 14.
Mounce, Robert H. The Book of Revelation [O Livro do Apocalipse]. The New International Commentary on the New Testament [O novo comentário internacional sobre o Novo Testamento]. Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans, 1977.
Neall, Beatrice S. The Concept of Character in the Apocalypse with Implications for Character Education [O Conceito de Caráter no Apocalipse com Implicações para a Educação do Caráter]. Washington: University of America Press, 1983. Pp. 145-167.
Perkins, Pheme. Commentary on Mark [Comentário sobre Marcos], The New Interpreter’s Bible [A Bíblia do Novo Intérprete]. 12 ts. Nashville, TN: Abingdon Press, 1995. T. 8.
Swete, Henry B. Commentary on Revelation [Comentário sobre o Apocalipse]. Grand Rapids, MI: Kregel Publications, 1980 (reimpressão de 1977).
Were, Louis F. 144.000 SEALED! When? Why? [144.000 Selados! Quando? Por que?]. East Malvern, Vitória, Austrália: A. F. Blackman, 1960.
Artigo
Neall, Beatrice S. “Sealed Saints and the Tribulation” [Os Santos Selados e a Tribulação], Simpósio sobre o Apocalipse. T. l, cap. 12.
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