Os Sete Selos – Comentário Dr Ranko Stefanovic

A maneira como interpretamos Apocalipse 5 definirá nossa interpretação de Apocalipse 6. O tempo que você coloca e explica no capítulo 5 é o ponto de partida para a interpretação dos 7 selos de Apocalipse 6.

Apocalipse 5 retrata um dos momentos cruciais na história do Plano da Salvação, ou seja, quando Jesus após Sua morte na cruz, Sua ressurreição e, finalmente, Sua ascensão para os lugares celestiais foi até a sala do trono celestial.

E, de acordo com o capítulo 4 toda a assembleia celestial estava lá esperando por Ele para celebrar Seu triunfo e também Sua entronização porque lá nos lugares celestiais Jesus foi entronizado no trono celestial.

Quando Deus criou o primeiro casal humano era o plano de Deus para Adão se um tipo de governante. Ele deveria ser o pai da raça humana (Gênesis 1: 24). Depois temos Gênesis 3, infelizmente um acontecimento trágico na história da humanidade quando Satanás enganou o primeiro casal humano. E, ele pegou para si, ele roubou esse domínio sobre o Planeta Terra (Apocalipse 12).

Jesus chamou Satanás de governante deste mundo. Mas, tudo mudou com a cruz.

Quando Jesus morreu na cruz Ele pagou este preço pelos seres humanos para redimi-los do Reino das trevas e de Satanás.

Então, quando Jesus subiu aos lugares celestiais, na presença de todos aqueles seres celestiais esperando por Ele, representantes de todos os mundos, houve uma transferência do domínio de Satanás para Jesus. Neste momento Jesus foi entronizado à direita do Pai, e Ele Se tornou o governante deste mundo. Por favor, tenha em mente que satanás ainda está bagunçando neste mundo. Veremos que o Apocalipse o apresenta como um inimigo irritado. No entanto, Jesus Cristo ainda está no controle.

Ainda estamos esperando por este tempo quando finalmente Ele Se tornará Rei. É muito importante para o entendimento da próxima seção do livro do Apocalipse.

Vimos que a entronização de Cristo ocorreu no dia de Pentecostes., temos até mesmo o ano 31 dC.

Este é o ponto de partida para Apocalipse 6. Há muitos cristãos com dificuldades, pois veem a importância dos sete selos, mas eles têm dificuldades para colocar estes selos no contexto histórico. Eles não sabem em qual período de tempo colocar.

Se eles estão nos lugares celestiais em 31 dC, por volta do dia de Pentecostes, Jesus foi entronizado e pegou o pergaminho selado, o pergaminho que foi selado com os sete selos, e se em apocalipse 6:1, depois de pegar esse livro Jesus está quebrando os selos um após os outros, em que ponto da história devemos colocar o começo dos selos? Naturalmente é o dia de Pentecostes.

Este é o elemento crucial para a compreensão dos sete selos.  Então, o dia de Pentecostes é um ponto na história do plano da salvação muito importante.

Jesus pegou este pergaminho e então começou a abrir os selos quebrando cada um dos selos. Onde os selos são quebrados? No Céu. Mas, toda vez que Jesus quebra um selo há um evento acontecendo na Terra. Isto nos diz que mesmo quando a história é tão confusa o Céu e a Terra estão intimamente ligados.

A abertura dos sete selos têm um certo padrão.1

Os sete selos do Apocalipse revisam a mesma história das sete igrejas. Começando com os quatro cavaleiros do Apocalipse, os selos relatam a experiência da igreja ao longo das eras. A chave para desvendar o significado teológico dos quatro cavaleiros, bem como do restante dos selos, está no relacionamento pactual entre Deus e lsrael no Antigo Testamento. No Novo Testamento, a chave que ajuda a explicar os selos é o entendimento adequado do sermão apocalíptico de Jesus no Monte das Oliveiras.

No Antigo Testamento, Deus fez uma aliança com lsrael no Sinai, prometendo que, se o povo Lhe obedecesse, Ele o reconheceria como Seu povo escolhido (Êxodo 19:5, 6). Enquanto os israelitas permanecessem dentro do relacionamento de aliança, Deus Se comprometeu a abençoá-los.

Os livros de Levítico e Deuteronômio (sobretudo Levítico 26:3-9 e Deuteronômio 28) contêm uma longa lista de bênçãos para os israelitas, caso eles vivessem de acordo com a instrução divina. Do contrário, caso transgredissem a aliança, uma série de maldições se seguiriam (Levítico 26:21-36; Deuteronômio 32:23-25).

Essas advertências incluem quatro pragas – bestas selvagens, espada, peste e fome – que recairiam sobre lsrael por quebrar a aliança. A fim de reconquistar as pessoas, as maldições funcionavam como medidas disciplinares, por meio das quais Deus punia Seu povo quando este se afastava. 0 Senhor prometeu perdoar os israelitas se eles se arrependessem e se voltassem para Ele.

0 Apocalipse retrata de maneira vívida a experiência da igreja desde o Pentecostes até a segunda vinda por meio da imagem das maldições da aliança. Os quatro cavaleiros simbolizam a experiência de vitória do povo de Deus, dando-lhe o direito de compartilhar do trono de Jesus (cf. Apocalipse 3:21). 0 cavaleiro sobre o cavalo branco simboliza a proclamação vitoriosa do evangelho. À medida, porém, que a mensagem é pregada,

os cristãos caem em infidelidade e desobediência; por isso Deus permite que o mundo os castigue, assim como acontecia com lsrael no passado. 0 cavaleiro sobre o cavalo vermelho traz perseguição. Já o cavaleiro sobre o cavalo preto traz fome espiritual; e o cavaleiro sobre o cavalo amarelo, praga e morte espiritual. A imagem dos quatro cavaleiros é uma advertência solene aos cristãos de toda a história: não façam pouco caso do evangelho de Cristo.

Existe uma correlação íntima entre os sete selos e o Apocalipse sinótico (Mateus 24; Marcos 13; Lucas 21), o discurso proferido por Jesus pouco antes de Sua crucifixão. Nessa fala, Cristo explicou o que aconteceria até o tempo do fim. Primeiro Jesus descreveu a realidade geral da era cristã, em termos de guerras e rumores de guerras, fome, pestes, perseguição, terremotos, enganos e sinais no céu (Mateus 24:4-14). Esses eventos também aparecem em Apocalipse 6. Em segundo lugar, Cristo fala sobre um longo intervalo na história desde a destruição de Jerusalém até a grande tribulação, durante o qual o povo de Deus sofreria uma perseguição mais intensa (Mateus 24:15-28).

Terceiro, Jesus aponta para os sinais celestes que indicam a proximidade da segunda vinda, os quais são seguidos por sinais específicos que anunciam a chegada de Cristo em poder e glória (v. 29-31).

Essas comparações mostram que tanto Mateus 24:4 a 14 quanto os quatro primeiros selos (Apocalipse 6:1-8) se referem a realidades gerais da era cristã.

Os cavaleiros e as maldições da aliança em Levítico 26 têm a mesma função dos sinais gerais previstos por Jesus (Mateus 24:4-14). Eles mantêm o povo de Deus alerta e o recorda da realidade do retorno de Cristo.

0 Primeiro Selo (6:1- 2): um cavalo branco

Vi quando o Cordeiro quebrou o primeiro dos sete selos e ouvi um dos quatro seres viventes dizendo, como se fosse som de trovão:
— Venha!
Vi, então, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro tinha um arco, e foi-lhe dada uma coroa. E ele saiu vencendo e para vencer.

À medida que Cristo, o Cordeiro, abre o primeiro selo, um cavalo branco entra em cena. 0 cavaleiro montado sobre ele segura um arco e recebe uma coroa. A palavra grega utilizada para “coroa” nesse verso é stefanos, “a coroa da vitória” (cf. 2Timóteo 4:8), em referência à guirlanda dada aos vencedores dos Jogos Olímpicos da Antiguidade. Esse cavaleiro é um conquistador, que sai para a vitória completa. Na época de João, os generais romanos montavam cavalos brancos a fim de celebrar uma grande realização militar.

Essa cena é simbólica. No Antigo Testamento, Deus às vezes é retratado montado em um cavalo branco, liderando os exércitos celestiais na batalha final da história desta Terra. 0 branco também é símbolo de pureza no Apocalipse, associado com frequência a Cristo e Seus seguidores. Além disso, a coroa do tipo stefanos, usada pelo cavaleiro, costuma estar relacionada a Jesus e Seu povo vitorioso. vitorioso. Por fim, o conceito de conquistar ecoa Apocalipse 3:21 e 5:5 – referências à vitória de Cristo no Calvário.

0 cavaleiro sobre o cavalo branco simboliza a proclamação do evangelho de Jesus Cristo, que começou com o Pentecostes. Pouco antes desse evento, Cristo foi exaltado à direita do Pai no trono celestial, iniciando a expansão de Seu reino por meio da guerra contra as forças do mal. Havia muitos territórios a conquistar e muitas pessoas a ganhar para o reino. Na fase inicial, a proclamação do evangelho teve um começo poderoso graças à manifestação do poder do Espírito Santo. Milhares se converteram em um dia (Atos 2:41, 47; 4:4), e essa “conquista do evangelho” continuará ao longo da história até se concretizar seu triunfo final no tempo do fim (cf. Mateus 24:14).

O Segundo Selo: Apocalipse 6: 3-4: um cavalo vermelho

Quando o Cordeiro quebrou o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo:
— Venha!
E saiu outro cavalo, que era vermelho. E ao seu cavaleiro foi dado poder para tirar a paz da terra e fazer com que os homens matassem uns aos outros. Também lhe foi dada uma grande espada.

Quando Cristo abre o selo, entra em cena um cavalo vermelho, da cor do sangue, que corresponde à missão desse animal. 0 cavaleiro carrega uma grande espada, mas não é ele quem provoca a matança. Em vez disso, ele tira a paz da Terra, e as pessoas executam umas às outras.

0 primeiro cavaleiro mostra que, por meio da pregação do evangelho, Cristo está travando uma batalha espiritual contra as forças do mal. Mas estas resistem com intensidade ao evangelho, recrutando quem o rejeita a batalhar contra os cristãos. Dessa forma, a perseguição que se segue é inevitável.

0 relato mostra, é claro, que o evangelho sempre divide as pessoas. Ao passo que sua aceitação traz paz, sua rejeição resulta em perda da paz. Jesus disse: “Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra. Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa” (Mt 10:34-36). Assim como no Antigo Testamento os inimigos do povo de Deus com frequência se voltavam uns contra os outros, na cena do segundo selo, aqueles que resistirem ao evangelho e o rejeitarem perseguirão uns aos outros.

O Terceiro Selo: Apocalipse 6: 5-6

Quando o Cordeiro quebrou o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo:
— Venha!
Então olhei, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão.  E ouvi o que parecia uma voz no meio dos quatro seres viventes dizendo:— Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifique o azeite e o vinho.

0 terceiro selo revela um cavalo preto. Seu cavaleiro é visto segurando uma balança para pesar comida. João também ouve um anúncio feito por um dos quatro seres viventes: “Uma medida de trigo por um denário; trés medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho” (Apocalipse 6:6).

Na Palestina, os cereais, o azeite e o vinho eram as três principais produções agrícolas. Elas são mencionadas no Antigo Testamento como as necessidades básicas da vida. Uma parte das bênçãos da aliança é a promessa divina de que lsrael teria fartura de alimento. Mas a medida cuidadosa aponta para escassez ou fome, uma das maldições da aliança (cf. Lv 26:26; Ez 4:16). Nos dias de João, um denário era o salário de um dia de trabalho (cf. Mt 20:2) e, em circunstâncias normais, compraria os artigos necessários para uma família comer. Em situação de fome, porém, o preço sofria forte inflação. Na cena do terceiro selo, é necessário o salário de um dia para comprar alimento para uma pessoa, uma vez que uma medida de trigo (aproximadamente 1 litro) era a Porção diária para um indivíduo. A fim de alimentar uma família pequena, o salário de um dia compraria três medidas de cevada -um alimento mais barato e rústico para os pobres.

A imagem do cavalo negro e seu cavaleiro aponta para o que acontecerá com aqueles que rejeitarem o evangelho. Correspondentemente à missão do cavalo e de seu cavaleiro, o preto simboliza o contrário do branco e denota a ausência do evangelho. Nas Escrituras, os grãos simbolizam a Palavra de Deus (Lc 8:11); e o pão, as palavras de Jesus (Jo 6:35-58). A rejeição do evangelho resulta em uma fome da Palavra de Deus semelhante à fome espiritual profetizada por Amós a respeito dos israelitas (Amós 8:11~13).

No entanto, a fome do terceiro selo não é fatal. A mesma voz que comissionou o cavaleiro também anuncia que o azeite e o vinho não seriam afetados pela escassez, mas continuariam disponíveis. Na esfera espiritual, o Óleo simboliza o Espírito Santo, e o vinho representa a salvação em Jesus
Cristo. Mesmo quando a Palavra de Deus se torna escassa, o Espírito Santo ainda trabalha em meio às pessoas, e a salvação permanece acessível a todos que a desejarem.

O Quarto Selo: Apocalipse 6:7-8

Quando o Cordeiro quebrou o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizendo:
— Venha!
Vi, então, e eis um cavalo amarelo. O seu cavaleiro se chamava Morte, e o inferno o estava seguindo. E lhes foi dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio dos animais selvagens da terra.

0 quarto selo é aberto, e um cavalo pálido, de cor amarelada, aparece.

A palavra grega para designar a coloração do cavalo é cÁ/Óros, denotando o tom acinzentado de um cadáver em decomposição. 0 nome do cavaleiro é Morte e é seguido pelo lnferno ou Hades – o lugar dos mortos. Eles recebem permissão para destruir as pessoas pela espada, fome, praga e feras selvagens sobre a quarta parte da Terra. É perceptível que os atos do quarto cavaleiro abrangem as ações dos três cavaleiros anteriores.

0 quarto selo chama tanto a peste quanto a morte. A imagem vívida desses cavaleiros apresenta mais uma advertência para aqueles que rejeitam o evangelho. 0 cavalo amarelo que vem depois do preto transmite a verdade de que a fome espiritual da Palavra de Deus resulta em morte espiritual. A boa notícia, porém, é que o poder da Morte e do lnferno é limitado.

Eles recebem autoridade sobre a quarta parte da Terra. 0 início do Apocalipse dá a garantia de que, por meio de Sua morte e ressurreição, Jesus conquistou a vitória sobre esses dois inimigos da raça humana. Quando o evangelho é aceito, a vida é recebida como um presente. A morte não tem poder nem autoridade sobre aqueles que aceitam o evangelho, pois Cristo tem as chaves da Morte e do Hades (cf.`Apocalipse 1:18).”

O Quinto Selo: Apocalipse 6:9-10

Quando o Cordeiro quebrou o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram. Clamaram com voz forte, dizendo:
— Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
Então a cada um deles foi dada uma veste branca, e lhes foi pedido que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como eles tinham sido.

A cena do quinto selo retrata a alma daqueles que foram martirizados por causa do evangelho, a alma destes está debaixo do altar. Na Bíblia, a palavra alma denota o ser completo (Gênesis 2:7; cf. Atos 2:41; 27:37, ACF). Nessa cena, os mártires debaixo do altar aludem ao sangue derramado na base do altar de sacrifício do santuário terrestre (Êxodo 29:12; Levítico 4:7; 8:15). A morte dos mártires é retratada nessa passagem como o derramamento de seu sangue em sacrifício perante Deus (2Tmóteo 4:6).

João ouve os mártires clamando ao Senhor por sua vindicação contra aqueles que os perseguiram: “Até quando, Ó Soberano Senhor?” (Apocalise 6:10). Essa tem sido a súplica do povo oprimido e perseguido ao longo de toda a história (cf. Salmo 79:5; Daniel 12:6, 7; Habacuque 1:2). Logo, a súplica dos mártires na cena do quinto selo representa o clamor do povo sofredor de Deus no decorrer da história, desde a época de Abel até o momento em que o Senhor julgar e vingar “o sangue dos Seus servos”, derrotando seus inimigos (Apocalipse 19:2). Deus responde à súplica dos santos martirizados de duas maneiras. Em primeiro lugar, eles recebem vestes brancas (um símbolo da justiça de cristo), com as quais Deus cobre aqueles que foram aceitos por Jesus (Apocalipse 3:18). Essa roupa também representa a recompensa futura dos vencedores (v. 5).

Os mártires santos recebem a certeza da salvação e da vida eterna; não por causa do martírio que sofreram, mas por aquilo que o Senhor fez por eles Segundo, os mártires ficam sabendo que precisam esperar um pouco até que seus irmãos por experiência – aqueles que passariam por um martírio semelhante – se tornassem completos. Deus prometeu que “vingará o sangue dos Seus servos” (Deuteronômio 32:43; cf. Salmo 79:10). Em Apocalipse 8, os juízos divinos já têm sido derramados sobre os “que moram na terra” ao longo da história cristã (v. 13). Contudo, está chegando o dia em que Cristo virá em juízo contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do Seu poder, quando vier para ser glorificado nos Seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho) (2Tessalonicenses 1:8-10).

0 cumprimento dessa profecia é o assunto da cena do sexto selo. Ao passo que a cena do quinto selo representa a experiência do povo oprimido de Deus ao longo da história, também pode se aplicar a um período específico. Durante aquele período, milhões de cristãos sofreram martírio por causa de sua fidelidade à Bíblia. As profecias de Daniel falam de um poder inimigo, descrito como um chifre pequeno que “fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles” (Daniel 7:21;cf.v.25). A pergunta que surge então é: Por quanto tempo essa situação duraria? A resposta é que ela duraria pelo período profético de 1.260 dias, que significam 1.260 anos (Apocalipse 12..6, 7). A abertura do sexto selo nos leva a esse momento.

O sexto selo: Fenômenos Celestiais e Terrestres – Apocalipse 6: 12- 17

“Vi quando o Cordeiro quebrou o sexto selo. Houve um grande terremoto, o sol se tornou negro como pano de saco feito de crina, a lua ficou toda vermelha como sangue, as estrelas do céu caíram sobre a terra, como a figueira deixa cair os seus figos verdes quando sacudida por um vento forte, e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola.

Então todos os montes e as ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos:

— Caiam sobre nós e nos escondam da face daquele que está sentado no trono e da ira do Cordeiro! Porque chegou o grande Dia da ira deles, e quem poderá subsistir?”

A abertura do sexto selo por Cristo, o Cordeiro, resulta em sinais cósmicos e cataclísmicos, como o escurecimento do Sol e da Lua, uma chuva de meteoros, um grande terremoto e a convulsão do céu. Esses sinais cósmicos trazem à mente os eventos preditos por Jesus em Mateus 24:29 e 30, que ocorreram no período seguinte ao da tribulação da ldade Média.

No Antigo Testamento, esses acontecimentos normalmente eram acompanhados por uma manifestação de juízo.

Esses eventos sobrenaturais serão testemunhados quando Cristo voltar à Terra. Isaías profetizou que o dia do Senhor virá “como destruição da parte do Todo~poderoso” (Is 13:6, NVI). Nesses versos, João observa pessoas de todas as esferas da vida, cheias de temor, tentando se esconder da terrível calamidade que sobrevirá por ocasião da vinda de Jesus. Pedem às rochas e montanhas que os protejam da ira de Deus e do Cordeiro.

0 dia da ira divina finalmente terá chegado. É com a vinda de Cristo em poder e glória que as orações dos mártires santos debaixo do altar, na cena do quinto selo, finalmente são atendidas (Apocalipse 6:9-11). Chega então o momento de se fazer justiça, quando Jesus “vier para ser glorificado nos Seus santos e ser admirado em todos os que creram” (2Tesselonicenses 1:10).

A cena termina com a pergunta retórica daqueles que estão tomados pelo terror: “Chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?” (Apocalipse 6:17). Essa pergunta ecoa àquela feita pelo povo em Naum: “Quem pode suportar a Sua indignação? E quem subsistirá diante do furor da Sua ira?” (1:6), e em Malaquias: “Mas quem poderá suportar o dia da Sua vinda?

E quem poderá subsistir quando E[e aparecer?” (Malaquias 3:2). Apocalipse 7 responde à pergunta com clareza: aqueles que foram selados por Deus e lavados no sangue do Cordeiro (v. 14).

Continuaremos …

Referências:

1- Vídeo 9 – Tempo 4:35 até 12:22

Primeiro Selo: até 21:37

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