Por Ellen White
Aquele que incitou a rebelião no Céu, desejava levar os habitantes da Terra a se unirem a ele na guerra contra Deus. Adão e Eva haviam sido perfeitamente felizes na obediência à lei divina — constante testemunho contra a alegação em que Satanás insistiu no Céu, de que a lei de Deus era opressiva. Satanás decidiu-se a causar a queda de nossos primeiros pais, de modo a obter posse da Terra e aqui estabelecer o seu reino em oposição ao Altíssimo.
Adão e Eva tinham sido advertidos contra este perigoso adversário, mas ele operou nas trevas, ocultando seu propósito. Empregando como seu intermediário a serpente, então uma criatura de fascinante aspecto, dirigiu-se a Eva: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” Eva arriscou-se a argumentar com ele, e caiu vítima de seus engodos: “Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal”. Gênesis 3:1-5.
Eva cedeu e, através de sua influência, Adão foi levado a pecar. Aceitaram as palavras da serpente; desconfiaram de seu Criador, e imaginaram que Ele estava restringindo sua liberdade.
Mas como Adão compreendeu o sentido das palavras: “No dia em que dela comeres, certamente morrerás”? Deveria ele ser promovido a uma condição mais elevada de existência? Adão não achou ser este o sentido da sentença divina. Deus declarou que, como penalidade de seu pecado, o homem voltaria à terra de onde fora tirado: “Porque tu és pó, e ao pó tornarás”. Gênesis 3:19. As palavras de Satanás: “Se vos abrirão os olhos”, mostraram-se verdadeiras apenas neste sentido: seus olhos se abriram para discernirem a sua loucura. Conheceram de fato o mal e provaram o amargo fruto da transgressão.
A árvore da vida possuía o poder de perpetuar a vida. Adão poderia ter continuado a gozar de livre acesso àquela árvore, e assim teria vivido para sempre; quando pecou, entretanto, foi despojado da árvore da vida e tornou-se sujeito à morte. A imortalidade fora perdida pela transgressão. Não teria havido esperança para a raça decaída se, pelo sacrifício de Seu Filho Deus não tivesse, trazido novamente a imortalidade ao alcance. Ao passo que “a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”, Cristo “trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho”. A imortalidade só pode ser obtida através de Cristo. “Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho, não verá a vida”. Romanos 5:12; 2 Timóteo 1:10; João 3:36.
O único que prometeu vida na desobediência foi o grande enganador. E a declaração da serpente no Éden — “é certo que não morrereis” — foi o primeiro sermão pregado sobre a imortalidade da alma. Todavia, essa afirmação, repousando apenas sobre a autoridade de Satanás, ecoa dos púlpitos e é recebida pela maior parte da humanidade tão facilmente como o foi pelos nossos primeiros pais. À sentença divina: “A alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18:20), é dada a significação: A alma que pecar, essa não morrerá, antes viverá eternamente. Se o livre acesso à árvore da vida tivesse sido permitido ao homem após a queda, o pecado teria sido imortalizado. Mas a nenhum membro da família de Adão foi permitido participar do fruto doador de vida. Não há, portanto, pecador algum imortal.
Depois da queda, Satanás ordenou a seus anjos que inculcassem a crença na imortalidade natural do homem. Tendo induzido o povo a receber esse erro, deveriam levá-lo a concluir que o pecador viveria em eterna miséria. Agora o príncipe das trevas representa a Deus como um tirano vingativo, declarando que ele mergulha num inferno a todos os que não Lhe agradam e que, enquanto se contorcem em eternas chamas, seu Criador olha para eles com satisfação. Assim o príncipe dos demônios reveste com seus próprios atributos o Benfeitor da humanidade. A crueldade é satânica. Deus é amor, Satanás é o inimigo que tenta o homem a pecar, e então o destrói, se o pode fazer. Quão repugnante ao amor, misericórdia e justiça é a doutrina de que os ímpios mortos são atormentados num inferno eternamente a arder, e que pelos pecados de uma breve vida terrestre sofrerão tortura enquanto Deus existir!
Onde, na Palavra de Deus, se encontra tal ensino? Deverão os sentimentos comuns da humanidade ser trocados pela crueldade do selvagem? Não, este não é o ensino da Palavra de Deus. “Tão certo como Eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que haveis de morrer?” Ezequiel 33:11.
Porventura Deus Se deleita em testemunhar incessantes torturas? Alegra-se Ele com os gemidos e imprecações de sofredoras criaturas, por Ele retidas nas chamas? Poderão esses terríveis sons ser música aos ouvidos do amor Infinito? Oh, terrível blasfêmia! A glória de Deus não é encarecida ao se perpetuar o pecado ao longo de eras intérminas.
O mal tem sido promovido pela heresia do tormento eterno. A religião da Bíblia, repleta de amor e bondade, é obscurecida pela superstição e revestida de terror. Satanás tem esboçado o caráter de Deus em cores falsas. Nosso misericordioso Criador é receado, temido e até mesmo odiado. As opiniões aterrorizadoras acerca de Deus, que são espalhadas ao mundo pelos ensinos do púlpito têm feito milhões de céticos e descrentes.
O tormento eterno é uma das falsas doutrinas, o vinho das abominações (Apocalipse 14:8; 17:2), que Babilônia faz todas as nações beberem. Ministros de Cristo aceitaram essa heresia de Roma, da mesma forma como receberam o falso sábado. Se nos desviamos do testemunho da Palavra de Deus, aceitando falsas doutrinas porque nossos pais as ensinaram, caímos sob a condenação pronunciada sobre Babilônia; estamos bebendo do vinho de suas abominações.
Numerosa classe é levada ao erro oposto. Veem que as Escrituras representam a Deus como um Ser de amor e compaixão, e não conseguem crer que Ele destine Suas criaturas aos fogos de um inferno a arder eternamente. Crendo que a alma é de natureza imortal, concluem que toda a humanidade deverá salvar-se. Assim o pecador pode viver em prazeres egoístas, desatendendo aos preceitos de Deus, e ainda assim receber o favor divino. Tal doutrina, admitindo a misericórdia de Deus, mas ignorando a Sua justiça, agrada ao coração carnal.
Os crentes na salvação universal torcem as Escrituras. O professo ministro de Cristo reitera a falsidade apresentada pela serpente no Éden: “É certo que não morrereis.” “No dia em que dele comerdes, se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.” Declara ele que o mais vil dos pecadores — o assassino, o ladrão, o adúltero — depois da morte estarão preparados para entrar na bem-aventurança eterna. Fábula aprazível, por certo, muito apropriada para satisfazer o coração carnal!
Se fosse verdade que a alma passa diretamente para o Céu na hora do falecimento, bem poderíamos anelar mais a morte que a vida. Por essa crença, muitos têm sido levados a pôr termo à existência. Dominados por dificuldades e desapontamentos, parece coisa fácil romper o fio da vida e voar para as bênçãos do mundo eterno.
Deus deu em Sua Palavra prova decisiva de que punirá os transgressores de Sua lei. Será Ele demasiado misericordioso para exercer justiça sobre o pecador? Basta contemplar a cruz do Calvário. A morte do filho de Deus testifica que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23), de que toda violação da lei de Deus deve receber retribuição. Cristo, que não tinha pecado, tornou-Se pecado pelo homem. Suportou a culpa da transgressão e o ocultamento da face do Pai, até que Seu coração se quebrantasse e Sua vida se desfizesse. Todo esse sacrifício foi feito para que os pecadores pudessem ser remidos. E todos que se recusam a participar da expiação provida a tal custo devem levar em si próprios a culpa e o castigo da transgressão.
As condições são apresentadas — “Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.” Esta promessa é apenas para os que têm sede. “O vencedor herdará todas estas coisas, e Eu lhe serei Deus, e ele Me será filho”. Apocalipse 21:6, 7. As condições são especificadas. Para herdarmos todas as coisas, teremos de triunfar sobre o pecado.
“Mas o perverso não irá bem”. Eclesiastes 8:13. O pecador está entesourando para si mesmo “ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento. […] Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal”. Romanos 2:5, 6, 9.
“Nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.” “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas. Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras, e todo aquele que ama e pratica mentira”. Efésios 5:5; Apocalipse 22:14, 15.
Deus deu aos homens uma declaração de Seu método de tratar com o pecado. “Os ímpios serão exterminados.” “Quanto aos transgressores, serão à uma destruídos”. Salmos 145:20; 37:38. A autoridade do governo divino será empregada para abater a rebelião, contudo as manifestações da justiça retribuidora serão consistentes com o caráter de Deus como um Ser misericordioso e bondoso.
Deus não força a vontade. Não tem prazer na obediência servil. Deseja que as criaturas de Suas mãos O amem porque Ele é digno de amor. Quer que Lhe obedeçam porque reconhecem inteligentemente sua sabedoria, justiça e benevolência.
Os princípios do governo divino estão em harmonia com o preceito do Salvador: “Amai vossos inimigos”. Mateus 5:44. Deus executa justiça sobre os ímpios para o bem do Universo, e até mesmo para o bem daqueles sobre quem Seus juízos são executados. Ele os faria felizes, caso fosse possível. Cerca-os de manifestações de Seu amor e os faz acompanhar de ofertas de Sua misericórdia; eles, porém, desprezam Seu amor, anulam a lei e rejeitam a misericórdia. Constantemente recebem Seus dons, e ainda assim desonram o Doador. O Senhor suporta longamente a sua perversidade; contudo, acorrentará estes rebeldes a Seu lado, forçando-os a executarem a Sua vontade?
Despreparados para entrar no Céu — Os que escolheram a Satanás como chefe não estão preparados para comparecer à presença de Deus. Orgulho, engano, licenciosidade e crueldade fixaram-se em seu caráter. Podem eles entrar no Céu, para morar para sempre com aqueles a quem odiaram na Terra? A verdade nunca será agradável ao mentiroso; a humildade não satisfará o que se tem em alta conta; a pureza não é aceitável ao corrupto; o amor abnegado não parece atrativo ao egoísta. Que fonte de gozo poderia o Céu oferecer para os que se acham absorvidos em interesses egoístas?
Poderiam aqueles cujo coração está cheio de ódio a Deus, à verdade e santidade, unir-se à multidão celestial e unir-se aos seus cânticos de louvor? Anos de graça lhes foram concedidos, porém nunca exercitaram a mente no amor à pureza. Jamais aprenderam a linguagem do Céu. Agora é demasiado tarde.
Uma vida de rebeldia contra Deus os incapacitou para o Céu. A pureza e santidade dali seriam uma tortura para eles; a glória de Deus um fogo consumidor. Almejariam fugir daquele santo lugar e saudariam a destruição, para que pudessem esconder-se da face dAquele que morreu para os remir. O destino dos ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua exclusão do Céu é espontânea, de sua parte, e justa e misericordiosa da parte de Deus. Semelhantes às águas do dilúvio, os fogos do grande dia declaram o veredicto divino, de que os ímpios são incorrigíveis. Sua vontade foi exercitada na revolta. Ao terminar a vida, é demasiado tarde para volverem seus pensamentos da transgressão à obediência, do ódio ao amor.
O salário do pecado — “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.” Ao passo que a vida é a herança dos justos, a morte é a porção dos ímpios. A “segunda morte” é posta em contraste com a vida eterna. Romanos 6:23; Apocalipse 20:14.
Em consequência do pecado de Adão, a morte passou a toda a raça humana. Todos igualmente descem ao sepulcro. E através do plano da salvação, todos devem ressurgir da sepultura. “Haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos.” “Porque assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.” Uma distinção, contudo, se faz entre as duas classes que ressuscitam: “Vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a Sua voz e sairão; os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”. Atos dos Apóstolos 24:15; 1 Coríntios 15:22; João 5:28, 29.
A primeira ressurreição — Os que foram “tidos por dignos” da ressurreição da vida, são “bem-aventurados e santos”. “Sobre esses a segunda morte não tem autoridade”. Lucas 20:35; Apocalipse 20:6. Mas os que não asseguraram o perdão, através do arrependimento e a fé, devem receber o “salário do pecado”, ou a punição “segundo as suas obras”, que finaliza com a “segunda morte”.
Visto ser impossível para Deus salvar o pecador em seus pecados, Ele o despoja da existência, que perdeu por suas transgressões, e da qual se mostrou indigno. “Mais um pouco de tempo e já não existirá o ímpio; procurarás o seu lugar, e não o acharás”. Salmos 37:10; Obadias 16. Mergulham, sem esperança, no esquecimento eterno.
Assim será o fim do pecado. “Destróis o ímpio, e para todo o sempre lhe apagas o nome. Quanto aos inimigos, estão consumados”. Salmos 9:5, 6. João, no Apocalipse, ouve uma antífona universal de louvor, imperturbada por qualquer nota de discórdia. Não haverá almas perdidas para blasfemarem de Deus, contorcendo-se em tormento interminável. Não existirão seres desditosos no inferno, unindo seus gritos aos cânticos dos salvos.
Sobre o erro da imortalidade inerente, repousa a doutrina da consciência na morte. Semelhantemente ao tormento eterno, opõe-se aos ensinos das Escrituras, à razão, e aos sentimentos de humanidade.
Segundo a crença popular, os remidos no Céu estão a par de tudo que ocorre na Terra. Mas como poderiam os mortos ser felizes sabendo das dificuldades dos vivos, vendo-os suportar todas as tristezas, desapontamentos e angústias da vida? Quão revoltante é a crença de que, logo que o fôlego deixa o corpo, a alma do impenitente é entregue às chamas!
Que dizem as Escrituras? O homem não se acha consciente na morte. “Sai-lhes o espírito e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia perecem todos os seus desígnios.” “Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma. […] Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” “A sepultura não Te pode louvar, nem a morte glorificar-Te; não esperam em Tua fidelidade os que descem à cova. Os vivos, somente os vivos, esses Te louvam, como hoje eu o faço.” “Pois na morte não há recordação de Ti; no sepulcro, quem Te dará louvor?” Salmos 146:4; Eclesiastes 9:5, 6; Isaías 38:18, 19; Salmos 6:5.
Pedro, no dia de Pentecoste, declarou que Davi “morreu e foi sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje”. “Porque Davi não subiu aos Céus”. Atos 2:29, 34. O fato de Davi permanecer na sepultura até a ressurreição prova que os justos não ascendem ao Céu por ocasião da morte.
Disse Paulo: “Se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo, pereceram”. 1 Coríntios 15:16-18. Se durante quatro mil anos os justos, ao morrer, tivessem ido diretamente para o Céu, como poderia Paulo haver dito que, se não há ressurreição, “os que dormiram em Cristo pereceram”?
Quando estava para deixar Seus discípulos, Jesus lhes disse que logo iriam ter com Ele: “Vou preparar-vos lugar. E quando Eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que onde Eu estou estejais vós também”. João 14:2, 3. Diz-nos ainda Paulo que “o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos Céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor”. Ele acrescenta: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”. 1 Tessalonicenses 4:16-18. Na vinda do Senhor, os grilhões do túmulo serão quebrados e os “mortos em Cristo” ressuscitarão para a vida eterna.
Todos serão julgados de acordo com as coisas escritas nos livros e recompensados segundo suas obras. Este juízo não ocorre por ocasião da morte. “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça.” “Eis que veio o Senhor entre Suas santas miríades, para exercer juízo contra todos”. Atos 17:31; Judas 15.
Se, porém, os mortos já estão gozando a bem-aventurança celestial ou contorcendo-se nas chamas do inferno, que necessidade há de um juízo futuro? A Palavra de Deus pode ser entendida pela mente comum. Qual o espírito imparcial, contudo, que é capaz de ver sabedoria ou justiça na teoria corrente? Receberão os justos o elogio: “Muito bem, servo bom e fiel […] entra no gozo do teu Senhor” se estiveram morando em Sua presença durante longos séculos? Serão os ímpios convocados do lugar do tormento eterno a fim de receber a sentença do Juiz: “Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno”? Mateus 25:21, 41.
A teoria da imortalidade da alma foi uma das falsidades que Roma tomou emprestadas do paganismo. Lutero classificou-a entre as “monstruosas fábulas que fazem parte do monturo romano das decretais”.1. Petavel , The Problem of Immortality, p. 255. A Bíblia ensina que os mortos dormem até a ressurreição.
Bendito descanso para o justo cansado! Seja longo ou breve o tempo, não é para eles senão um momento. “A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. […] Quando este corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória”. 1 Coríntios 15:52-54.
Ao serem eles chamados de seu profundo sono, começam a pensar exatamente onde haviam parado. A última sensação foi a agonia da morte; o último pensamento, o de que estavam a cair sob o poder da sepultura. Ao se levantarem da tumba, seu primeiro alegre pensamento se expressará na triunfante aclamação: “Onde está, ó morte, a tua vitória? onde está, ó morte, o teu aguilhão?” 1 Coríntios 15:55.
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