Leitura Bíblica: Lucas 9:46-48
“Surgiu entre os discípulos uma discussão sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, sabendo o que se passava no coração deles, pegou uma criança, colocou-a junto de si e lhes disse:
— Quem receber esta criança em meu nome é a mim que recebe; e quem receber a mim recebe aquele que me enviou; porque aquele que for o menor de todos entre vocês, esse é que é grande.”
O Livro de Lucas
Por George Knight – Caminhando com Jesus no Monte das Bem Aventuranças – CPB
É curioso que a última palavra do Sermão do Monte seja “grande”. Isto não fica tão patente na passagem bíblica de Mateus 7:27, na versão Almeida Revista e Atualizada, mas é a última palavra no grego e também na versão de Lucas da história dos dois construtores, segundo a versão King James, que diz: “E a ruína daquela casa foi grande” (Luc. 6:49). Foi um grande desmoronamento, uma grande queda, um grande desabamento.
O que é mais interessante é que essa mesma palavra era bastante apreciada pelos que não conseguiam compreender a mensagem de Jesus, tanto por parte dos que eram inimigos dEle como dos Seus amigos.
Desejo de grandeza foi o problema de Satanás, que queria ser semelhante a Deus. Esse era o problema dos escribas e fariseus, que queriam os melhores lugares nos banquetes, visto que o assento era de acordo com o nível social. Eles também desejavam ser considerados grandes homens de oração e jejum.
Até mesmo os discípulos acalentavam o desejo de ser grandes. Essa discussão os preocupou até mesmo quando Jesus Se encaminhava para a cruz.
Desde o início do Seu ministério, Jesus declarou guerra ao desejo de ser grande, e jamais deixou de advertir contra ele. Por quê? Porque o desejo de grandeza humana constitui a essência do problema do pecado. Certo escritor sugeriu que a palavra de encerramento do Sermão do Monte, proferido por Jesus, dá a entender que “a única coisa realmente grande nos cristãos que buscam grandeza é a grandeza de sua queda”.
Aos olhos de Cristo, o caminho da grandeza é o caminho do serviço e da humildade, da pobreza espiritual e da fome e sede de justiça. O sermão termina, portanto, com o mesmo pensamento com que se iniciou.