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“Busquei o Senhor, e Ele me acolheu; livrou-me de todos os meus temores.” Salmo 34:4
O pai de Bates era um homem religioso que tentara, sem sucesso, criar seu filho para ser uma pessoa espiritual. Em 1807, uma das ondas de reavivamento do Segundo Grande Despertamento mexeu com o jovem Bates, mas o interesse durou pouco, pois a carreira no mar levou sua vida para outro rumo.
Todavia, o mar tem uma forma de fazer os olhos dos marinheiros se voltarem para Deus, sobretudo quando viajam em pequenos navios de madeira. Como Bates expressou posteriormente: a única coisa no mar turbulento “que nos separava da eternidade tinha a espessura de uma tábua”. Segundo ele, suas primeiras inquietações religiosas surgiram quando percebeu essa barreira de separação. No meio de um furacão furioso de quatro dias, que fez as ondas chegarem até a altura do topo dos mastros, o jovem capitão desesperado fez duas coisas: lançou 40 toneladas de ferro ao mar e deu o passo inédito de pedir ao cozinheiro do navio que orasse.
O cozinheiro não era o único em oração. Prudy, esposa de Bates, também orava. Além disso, achando que o esposo levava romances e novelas demais nas viagens, Prudy acrescentou um Novo Testamento e outras publicações cristãs à bagagem dele. Por meio delas, o Espírito Santo fez Sua obra. Logo Bates perdeu o interesse em ler simplesmente como passatempo e começou a devorar livros como Rise and Progress of Religion in the Soul [Crescimento e Progresso da Religião na Alma], de Philip Doddridge. O capitão de 32 anos estava se tornando religioso, mas temia que seus oficiais e subalternos descobrissem e zombassem dele.
O ponto de virada aconteceu por ocasião da morte de um marinheiro chamado Christopher. Por ser o capitão, era dever de Bates supervisionar o funeral, mas ele sentia-se muito indigno para isso.
Bates fez o melhor que pôde. Quatro dias depois do sepultamento, entregou a vida a Deus: “Prometi ao Senhor que eu O serviria pelo resto da vida.”
O sentido do enterro de Christopher afetou não só a Bates. Ele usou o acontecimento para tocar seus tripulantes também. No domingo seguinte, fez um sermão sobre a vida eterna.
Bates recordava sua conversão como “a pérola de grande valor, equivalente a mais riquezas do que minha embarcação é capaz de conter”. Observou também qual era seu único desejo: “poder ensinar [aos outros] o caminho da vida e da salvação.”
E foi isso que ele fez. Tal missão dominou o restante de sua existência.
Servimos a um Deus poderoso, capaz de transformar nossa vida.