Leitura Bíblica: Romanos 14:12
“Assim, pois, cada um de nós prestará contas de si mesmo diante de Deus.”
Por George Knight – Caminhando com Jesus no Monte das Bem Aventuranças
“Não julgueis.” O que Jesus quis dizer com essa declaração?
A semelhança de muitos versos bíblicos, Mateus 7:1 também pode ser lido de maneira errada e distorcida. Alguns acham que o verso deve ser entendido literalmente. Nesse caso, um cristão nunca deve expressar a opinião a respeito de ninguém. Os que assim raciocinam, dizem que devemos ser complacentes e tolerantes, permitindo que todos sejam o que quiserem ser. Amor e união é o que interessa, prossegue o raciocínio. Essa interpretação é bastante popular numa cultura permissiva, e até mesmo em igrejas permissivas.
Embora esse ensinamento possa parecer confortável e cristão, certamente não é bíblico. Se lermos, por exemplo, os seis primeiros versos de Mateus 7, vamos descobrir que não devemos dar aos cães o que é santo, nem lançar nossas pérolas aos porcos. Como podemos obedecer a esse verso sem exercer julgamento? E evidente que não podemos. Nesses seis versos Jesus nos diz ao mesmo tempo para não julgar (verso 1) e para julgar (verso 6).
Também nos diz para acautelar-nos dos falsos profetas no verso 15 e para avaliarmos os frutos, nos versos 19 e 20. E em vários lugares nas epístolas de Paulo e de João recebemos instrução para não seguir o exemplo das pessoas imorais.
O que devemos entender de tudo isso? Que não devemos julgar, mas também que devemos julgar.
O julgamento que não devemos praticar é o julgamento da condenação. Não devemos condenar ninguém. Não devemos julgar-lhes os motivos, nem falar como se conhecêssemos seu verdadeiro caráter ou o veredicto final de Deus sobre a vida deles.
Por outro lado, recebemos ordens expressas para discriminar (com base nas ações externas) os que se rebelam obstinada e abertamente contra Deus. Nessa conformidade, Paulo aconselhou os coríntios a não tolerarem um homem que viva maritalmente com a própria madrasta (I Coríntios 5:1-5).
Senhor, ajuda-me hoje a ter a capacidade de saber a diferença entre a discriminação necessária e o julgamento ilícito.
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