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Então Jesus disse aos discípulos: […] “Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas.” – Mateus 26: 31
Guilherme Miller temia o fanatismo mais do que qualquer outra coisa. Seu movimento ficara relativamente livre desse problema até outubro de 1844, mas, por volta da primavera de 1845, fanatismos e excessos carismáticos corriam soltos em meio a certos segmentos dos espiritualizadores.
Em abril de 1845, Miller estava extremamente incomodado com essa situação. Naquele mês, ele escreveu a Himes: “Vivemos em uma época estranha. Toda sorte de interpretação fantasiosa das Escrituras é agora prescrita por novos luminares, que refletem seus raios de luz e calor para todos os lados. Alguns deles são estrelas cadentes e outros só emitem luz fraca. Estou cansado dessas mudanças constantes; mas, meu querido irmão, precisamos aprender a ter paciência. Se Cristo voltar nesta primavera, não necessitaremos dela por muito tempo; e se Ele não vier, precisamos de muito mais. Estou preparado para o pior, esperando pelo melhor.”
Infelizmente, o tempo continuou a tardar. Miller e seus seguidores testemunharam algo diferente do “melhor” tão esperado. Um ano e meio depois, já enfermo, escreveu: “Estou tomado pela dor. Tenho sido assolado por dores de cabeça, nos dentes, nos ossos e no coração desde outubro; mas bem mais pela última dor, quando penso em tantos dos amados irmãos do passado que, depois do desapontamento, caíram em fanatismos de toda natureza, deixando os primeiros princípios do aparecimento glorioso de nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo.”
Ele não era o único que ficou confuso e perturbado pelo caos de desorientação entre os espiritualizadores no início de 1845. Em maio, Himes observou que “o movimento do sétimo mês [produzira] mesmerismos profundos”.
O problema de todos os mileritas, nesse período, era a questão da identidade. Diferentes setores do movimento sugeriram respostas diversas para ela, mas todos lidavam com as mesmas inquietações.
Expressando da forma mais clara possível, é difícil se manter no caminho certo em períodos de grande perturbação. Sempre foi e sempre será. Nossa oração diária deve ser para Deus nos ajudar a manter os dois pés no chão e a mente tão clara quanto possível, sobretudo em tempos turbulentos. E assim como Miller, na prova devemos esperar pelo melhor, mas preparados para o pior.
Ajuda-nos hoje, ó Pai, a ter uma atitude de equilíbrio e uma prece no coração.