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“— Mas, aos dez dias deste sétimo mês, será o Dia da Expiação; façam santa convocação e humilhem-se; tragam uma oferta queimada ao Senhor.” Levítico 23:27
A esperança renasceu entre as fileiras dos desanimados adventistas mileritas, em agosto de 1844, quando um pastor metodista chamado Samuel S. Snow demonstrou, com base na Bíblia, que eles estavam procurando o cumprimento da profecia das 2.300 tardes e manhãs de Daniel 8:14 nas datas erradas.
O próprio Miller havia expressado a lógica da nova interpretação em um artigo no periódico Signs of the Times, em 17 de maio de 1843. Ele argumentou que o primeiro advento de Cristo havia cumprido as festas de primavera do ano cerimonial estabelecido em Levítico 23, mas que as festas do outono, ou do sétimo mês, precisavam estar conectadas ao segundo advento.
A lógica parecia sensata o bastante. Afinal, a oferta das primícias, a morte de Cristo como o cordeiro pascal e o derramamento pentecostal já haviam acontecido, de acordo com o Novo Testamento. No entanto, nenhuma das festas do sétimo mês ligadas ao período da colheita se cumprira durante o Novo Testamento.
Tais fatos levaram Miller a sugerir que seus seguidores deveriam aguardar o sétimo mês do ano religioso judaico para que se cumprisse a profecia que haviam identificado com o segundo advento.
Miller tinha desenvolvido o argumento do sétimo mês em maio de 1843, mas deixou a questão de lado e voltou a defender uma data no primeiro mês ou na Páscoa. Snow, porém, seguiu a lógica de Miller, chegando a sua conclusão natural. Aguardando o retorno de Cristo no fim das 2.300 tardes e manhãs, predisse que Jesus voltaria em 22 de outubro de 1844, o sétimo mês do ano judaico, no Dia da Expiação.
Snow publicou suas descobertas pela primeira vez em The Midnight Cry, no dia 22 de fevereiro de 1844, mas ninguém estava preparado para ouvir. Já em agosto, todos se encontravam prontos para escutar isso com atenção.
O movimento do sétimo mês arrebatou o milerismo. Na edição de 3 de outubro, de The Midnight Cry, George Storrs escreveu: “Pego a pena com u sentimento que nunca experimentei antes. Sem dúvida, em minha mente, o décimo dia do sétimo mês testemunhará a revelação do Senhor Jesus Cristo nas nuvens do céu. Faltam poucos dias para esse acontecimento. […] Agora vem o verdadeiro Clamor da Meia-Noite. O anterior não passava de alarme. Agora o real está soando!
Isso é empolgação de verdade. Como você viveria se acreditasse poder calcular matematicamente que Jesus voltaria em menos de três semana exatamente assim que devemos viver todos os dias.
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