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“Vão, pois, para as encruzilhadas dos caminhos e convidem para o banquete todos os que vocês encontrarem.” Mateus 22:9
Os cristãos mileritas sentiam a urgência de advertir o mundo sobre a vinda de Cristo. Um dos principais instrumentos que eles utilizavam eram as reuniões campais, uma forma de agrupamento usada pelos metodistas e outros desde 1800.
A iniciativa para a primeira reunião campal milerita ocorreu na cidade de Boston, em maio de 1842. O ano de 1843 se aproximava rapidamente, e a maior parte do mundo ainda precisava ser advertida.
L. C. Collins expressou a fé de muitos, quando escreveu: “Tenho forte fé na vinda de Cristo em 43. Não faço planos para nada além desta data, a não ser a glória. […] Entretanto, com tão pouco tempo para despertar as virgens sonolentas e salvar almas, devemos trabalhar; trabalhar noite e dia. Deus nos enviou com pressa, para dar o último convite e necessitamos de trabalhar com fervor, instando para que entrem, a fim de que a casa se encha. […] Homens fortes em Israel estão se reunindo para nos ajudar. O clamor da meia-noite ainda deve ser soado e ecoar por todos os vales, colinas e planícies. Um tremor assombroso precisa atingir os pecadores de Sião. A crise deve chegar antes que a porta da misericórdia se feche para sempre contra eles. Todos precisam sentir que é agora ou nunca.”
Um senso de urgência e responsabilidade repousava severamente sobre os mileritas por volta da metade de 1842. Um dia depois que Collins escreveu sua carta, teve início a grande reunião geral de Boston, com José Bates na direção. Naquela ocasião, não só foi votada a realização de reuniões campais, como também nomeada uma comissão para coordená-las. O principal objetivo dos encontros seria “despertar os pecadores e purificar os cristãos ao soar o clamor da meia-noite”.
Alguns mileritas achavam que a ideia de fazer tais reuniões era um pouco presunçosa. Afinal, uma reunião campal era uma grande iniciativa. “O quê?”, questionavam. “Um pingo de adventistas realizando uma reunião campal? Eles mal conseguem fazer reuniões nos lares!” No entanto, a palavra-chave é que eles iriam “tentar”, a despeito das aparências.
Deus lhes recompensou a fé. Josiah Litch estimou que de 500 a 600 pessoas se converteram a Deus durante as duas primeiras reuniões campais adventistas.
Há uma lição a ser aprendida. Não são as aparências exteriores que contam, mas, sim, as bênçãos de Deus. E Ele continua desejoso de abençoar aqueles que dão um passo de fé e se dispõem a “tentar”.
Meu coração anseia que essas pessoas convertidas nessa campal não tenham abandonado a fé diante de tão grande desapontamento experimentado.
Meu desejo sincero também…