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“Filho do homem, eu o coloquei como atalaia sobre a casa de Israel. Você ouvirá a palavra da minha boca e lhes dará aviso da minha parte. Quando eu disser ao ímpio: “Você certamente morrerá”, e você não o avisar e nada disser para o advertir do seu mau caminho, para lhe salvar a vida, esse ímpio morrerá na sua maldade, mas você será responsável pela morte dele.” Ezequiel 3: 17 – 18
A descoberta de Guilherme Miller em 1818, de que Jesus voltaria à Terra “em aproximadamente 25 anos o encheu de alegria”. Que boa notícia!
Contudo, ele observou: “Senti o peso da responsabilidade com toda força a respeito de meu dever para com o mundo.” Se o fim estava próximo, era importante que todas as pessoas soubessem.
Miller supôs que suas conclusões sobre o advento seriam recebidas com oposição entre os “descrentes”, mas não tinha dúvida de que os cristãos de todas as partes as aceitariam com alegria. Entretanto, temia apresentar suas descobertas, “para que, havendo a possibilidade de estar errado, não fosse um instrumento para iludir muitos”. Por isso, passou mais cinco anos (1818-1823) em estudo contínuo da Bíblia. Quando eliminava uma objeção em relação ao advento, outra lhe vinha à mente. Uma delas foi a declaração de que “a respeito daquele dia e hora ninguém sabe”. Sobre o período de cinco anos, Miller
afirmou em 1845: “Surgiram mais objeções em minha mente do que foram levantadas por meus oponentes desde então; e não sei de nenhuma objeção que tenha sido levantada sem antes haver passado em minha mente.” No entanto, depois de continuar o estudo, sentiu a convicção de que podia responder a todas com a Bíblia. Assim, após sete anos de estudo, ele estava plenamente convencido de que Cristo voltaria “por volta do ano de 1843”.
Naquele período, Miller relata que “o dever de apresentar as evidências da proximidade do advento aos outros voltou a pesar sobre mim com grande força”.
Em decorrência disso, ele começou a declarar mais abertamente suas opiniões em conversas particulares com vizinhos e com o pastor. Para seu espanto, porém, “poucos […] demonstravam interesse ao ouvir”.
Miller continuou a estudar a Bíblia e, quanto mais o fazia, mais sentia a convicção do dever de contar aos outros. “Vá e conte ao mundo do perigo que ele corre”, era a mensagem que o perseguia dia e noite.
Contudo, essa era a última coisa que ele queria fazer. Como muitos de nós, Miller amava estudar a Bíblia, mas lhe faltava a vontade de testemunhar. Esse é o pecado do estudo da Bíblia. Todos sentimos a tentação de transformar a prática num fim em si mesma, em vez de usá-la para nos motivar à ação.